Coronavírus: 38% deixou de comprar online produtos da China
O surto do Coronavírus iniciou-se em Wuhan, na China e, consequentemente, teve impacto um pouco por toda a parte. Exemplo disso foram as empresas e fábricas que fecharam portas, cidades que foram isoladas, grandes eventos tecnológicos cancelados, entre outros.
Assim, questionámos os leitores se deixaram de comprar online produtos da China devido ao Coronavírus. Vamos conhecer os resultados.
Deixou de comprar online produtos da China devido ao Coronavírus?
Nesta questão, obtivemos 6.652 respostas, e os resultados mostram que maioria, dos leitores, com 62% dos votos diz que não deixou de comprar online produtos da China devido ao Coronavírus (4.130 votos).
No entanto, um úmero significativo de 38% leitores responde que deixou de comprar do país asiático em razão do surto (2.522 votos).
Resultados em gráfico
Coronavírus afetou várias áreas por todo o Mundo
O surto do Coronavírus, que levou à doença Covid-19, já é responsável pela morte de quase 3.000 pessoas e infeção de mais de 83 mil pessoas, sendo a maioria na zona de Hubei, em Wuhan, na China.
As consequências nas empresas tecnológicas têm sido devastadoras, pois a capacidade de produção chega a ser menos de 50% em várias empresas. Por exemplo, a Samsung fechou a fábrica do Galaxy Z Flip, após o vírus chegar à Coreia. A Apple, Xiaomi e Tesla fecharam os seus espaços comerciais e fábricas. Também a entrega de PC está a ser fortemente afetada, podendo baixar até 9%.
O panorama não é animador e há rumores de que a Google e a Microsoft podem estar prestar a dizer adeus à China. Como se não bastasse, foi também criada um criptomoeda para apostar nas mortes da epidemia.
Se não respondeu diga-nos agora: Deixou de comprar online produtos da China devido ao Coronavírus?
Questão desta semana:
Está a pensar comprar um smartphone com rede 5G?
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Está a pensar comprar um smartphone com rede 5G?
Nesta rubrica colocamos uma questão sobre temas pertinentes, atuais e úteis, para conhecer a opinião e tendências dos nossos leitores no mundo da tecnologia, sobretudo no nosso país.
Assim, caso queiram ver algum tema votado nas nossas questões semanais, basta deixarem um comentário com o mesmo ou enviem para marisa.pinto@pplware.com.
Este artigo tem mais de um ano
Só parolos(as).
Depois deste show, alguém já sabe em que dia e mês vai ser inventada a próxima crise económica?
Acho que problema é mais com alfandega e os CTT
+1 nos ultimos anos não tenho tido problema, mas este ano já me estavam a cobrar mais pelo desalfanegamento e impostos do que o que paguei pelo produto… foi a última vez até saber métodos alternativos
A pergunta foi se as pessoas tinham deixado de comprar devido ao surto, e não que se viram impedidas de o fazer.
Na minha modesta opinião, em termos económicos há uma relevante lição a reter com esta crise provocada pelo COVID-19. O aforismo “nunca meter todos os ovos no mesmo cesto” assume agora uma assertividade e dimensão nunca antes testemunhadas.
A visita de Nixon e Kissinger à R.P. China ocorrida em 1972 – facto que até inspirou uma ópera : “Nixon in China” de John Adams – marcou o início de um processo de globalização económica ainda em curso essencialmente instruído por três vectores, a conquista do país mais populoso do mundo para o ocidente, a procura de mão de obra barata e ilimitada, quando já se adivinhava que a chegada da computação e das novos meios tecnológicos às massas, sem esquecer a mobilidade, só seria possível se estes fossem produzidos com a menor incorporação dos custos laborais, algo impensável para os níveis salariais ocidentais que o “new deal” e a ininterrupta e pujante prosperidade do pós-guerra tinham tornado impossíveis em economias que cresciam a um ritmo surpreendente em paridade com os salários tendo resultado numa superveniente classe média ávida de consumismo e, finalmente, aproveitar um por si espoletado e emergente mercado chinês para garantia dos investimentos, ou seja, os investimentos pagar-se-iam por si próprios em economia de escala num mercado com potencialidades de procura tão gigantescas.
Tal ofensiva viria a ajustar-se ao pragmatismo de um reformador reabilitado das agruras da conturbada revolução cultural que o tinha aprisionado, Deng Xiaoping, autor da frase bem ilustrativa : “Não importa se o gato é preto ou branco, desde que cace os ratos”.
O benefício foi óbvio para ambas as partes, a R.P. China, no papel de um interessado aprendiz de feiticeiro, não só conseguiu aprisionar as grandes tecnológicas americanas à barata mão de obra chinesa, como até se tornou o maior credor dos USA, ou seja, a própria economia americana passou a jogar-se dentro da grande muralha da China, a tal ponto que o actual presidente Trump ao impor tarifas aos produtos chineses para contrabalançar o colossal desequilíbrio comercial que manifestamente ainda perdura, pouco mais faz do que repercutir tarifas nas próprias tecnológicas americanas ali instaladas.
Agora, com a superveniência do COVID-19, a exagerada concentração do investimento ocidental na R. P. China revela-se como um passo temerário e arriscado em que o feitiço nas mão do aprendiz se volta contra o feiticeiro, bem patente no índices das praças financeiras internacionais que esta semana caíram para os níveis mais baixos desde a crise do “subprime” de 2008, ainda que o dólar americano tenha vindo a valorizar-se devido a uma excepcional procura como moeda de reserva que continua a ser, sobretudo em alturas críticas de grande insegurança.
Repescando aqui a frase inicial, importa que, no futuro não se coloquem todos os ovos no mesmo cesto, ainda mais quando em caso de calamidades como esta, a economia digital é fundamental para assegurar o funcionamento de uma economia geral em que os agentes económicos podem
estar retidos em casa, os eventos a decorrer com participação mínima, escolas fechadas, fábricas fechadas, logísticas estranguladas etc., ou seja, quando o mundo mais precisava de tecnologia o COVID-19 fez desta sua refém e sem alternativa sucedânea à vista.
Passa a ser um imperativo categórico e de ordem soberana que sectores fundamentais não se concentrem mais numa exclusiva e determinada localização.
As autoridades de saúde dizem que o vírus fica nas superfícies, pelo menos, dez dias. EU não arrisco a minha saúde. NENHUMA encomendas da china > ZERO!