Huawei aumenta as receitas em 39% e aproxima-se da Samsung
É a maior fabricante mundial de equipamentos de redes, de acordo com a IDC, e continua a aproximar-se da Samsung graças aos seus smartphones Android. A Huawei partilhou agora o seu relatório fiscal alusivo ao primeiro trimestre de 2019 e o crescimento nas receitas é inegável, tratando-se, aliás, de um novo recorde.
Ainda que as pressões de Washington se mantenham (e reafirmem), a empresa chinesa continua a crescer.
De acordo com o relato da SCMP, no primeiro relatório fiscal do ano a Huawei apresenta lucros recorde para o primeiro trimestre de 2019. Com efeito, vemos um aumento das receitas em 39%, comparativamente com o período homólogo de 2018. Dessa forma, a empresa continuou a crescer, contrariando todas as pressões.
A Huawei continua a crescer em 2019
Apoiada no segmento de redes e nos seus smartphones Android, a fabricante faturou cerca de 26,8 mil milhões de dólares, ou cerca de 23,8 mil milhões de euros durante os primeiros três meses do ano (janeiro a março). É, para a empresa, um grande salto, principalmente quando enfrenta um cenário político adverso nos EUA.
Com a CIA a sugerir um financiamento pelo estado chinês à Huawei, de Washington surgem cada vez mais entraves aos objetivos da empresa. Ainda assim, a fabricante de smartphones e equipamentos de redes está confiante que conseguirá ultrapassar a Samsung, já em 2019. Algo que pode efetivamente materializar-se.
Recordamos, a propósito, o anterior relatório de várias agências de mercado. Segundo a mesma orientação, veja-se ainda a pretensão de venda de 250 milhões de smartphones Android em 2019. Destes, 20 milhões deverão residir nas vendas da sua mais recente geração de gama alta, os novos P30.
As redes e os smartphones Android
Com o seu segmento de redes, mercado por si liderado, a Huawei quer implementar infraestruturas para o padrão 5G em vários mercados mundiais. Todavia, é aqui que os maiores temores dos EUA residem, obstando aos seus esforços. Aproveitando esta conjuntura, a Samsung também está a apostar no mercado de redes.
Já, por outro lado, na Europa as redes estão entregues principalmente à Huawei. Ao mesmo tempo, esta é a primeira fabricante com um smartphone certificado para as redes 5G na Europa, o seu Mate X. O primeiro dispositivo dobrável da empresa, e um dos terminais mais promissores neste novo nicho.
A fabricante chinesa de redes e smartphones Android deu também a saber que a sua margem de lucro durante o primeiro trimestre aumentou cerca de 8%. Temos, portanto, um ligeiro aumento neste índice face ao período homólogo do ano passado. Foi a primeira vez que a Huawei partilhou um relatório fiscal deste género.
A Huawei vendeu 59 milhões de smartphones Android
Ainda que não tivessem detalhado as cifras correspondentes aos lucros obtidos por cada segmento (smartphones, redes, entre outros), o balanço final e global é extremamente positivo. Aliás, de acordo com a IDC tivemos um crescimento de 50% no volume de smartphones vendidos durante este primeiro trimestre.
Em 2018, no mesmo período, a marca vendeu 39,3 milhões de unidades. Já nos primeiros três meses de 2019 esse valor cifrou 59 milhões de unidades. Um aumento de 50%, tal como aponta a agência de análise de mercado supracitada. A fabricante voltou também a apostar no mercado brasileiro com os seus smartphones.
Ainda que o seu crescimento no mercado de smartphones tenha sido geral, em todos os mercados, os resultados do primeiro trimestre estão ainda aquém das nossas expetativas - aponta Zaker Li, analista de mercado na agência IHS Markit sobre a Huawei em declarações aos SCMP.
A Huawei pode superar a Samsung em 2019
Ainda de acordo com a opinião do analista de mercado, "a Huawei vai ultrapassar a Apple no volume de smartphones vendidos em 2019. Ao mesmo tempo, aproximar-se-á da Samsung e da liderança do mercado até ao final do ano".
A tecnológica chinesa deu a saber que quer conquistar 50% de todo o mercado chinês até ao final de 2019. Para tal, mostra-se confiante nos seus smartphones Android, querendo vender entre 250 a 260 milhões de unidades este ano. Enquanto isso, prepara os equipamentos para redes 5G que chegarão ao mercado em 2020.
Será também a primeira vez, em dois anos, que o seu segmento de redes voltará a crescer. A propósito, podemos ver os dados partilhados pela própria no seu relatório anual para 2018, com uma quebra de 1,3% no segmento de redes. Aliás, já em 2017 este segmento havia caído em 2,5%.
As redes 5G e o crescimento da Huawei na Europa
A partir de agora, o investimento nas redes 5G e todo o tipo de equipamentos associados será um motor de crescimento para a Huawei. Assim o diz Ken Hu, um dos executivos de topo da tecnológica chinesa.
Para a indústria, o 5G será o novo motor de investimento. Serão o tema quente deste ano, pautando-se pelo valor acrescentado, com investimentos mais sólidos e confiáveis.
Ainda de acordo com Hu, a Huawei já terá firmado mais de 40 contratos para implementação de redes 5G em todo o mundo. O SCMP aponta ainda que metade destes contratos destinam-se à Europa, provando assim o papel crucial da empresa chinesa para um futuro "com 5G".
Dos smartphones aos equipamentos de redes, o futuro das telecomunicações passará cada vez mais por esta gigante tecnológica.
Este artigo tem mais de um ano
Imagem: REUTERS/Tyrone Siu
Neste artigo: Huawei, redes, samsung, smartphones
Eu nao aposto na huhuuhawei, nem na xiaomi…..nao confiaria a segurança nessas empresas.
EMBORA o governo mais espião e trava tudo americano, insinue que as duas fizeram e fazem n coisas.
Dispenso.
Tu é que sabes….se não confias nas Chinesas e na Americana ainda te resta a Sul Coreana Samsung mas eu me fico pela XIAOMi/Redmi
Equipamentos de rede à parte,
Pessoalmente, não gosto mesmo nada dos ecrãs AMOLED dos smartphones da Samsung… Pois, começam logo a degradar-se (“burn-in”) com as primeiras utilizações. iPhones, vêm metade ou mais dos modelos com problemas. E, de entre as companhias que fabricam equipamentos com maior qualidade, sobra a Huawei – com a qual nunca tive (sérios) problemas.
Se é este o raciocínio que eu faço, só posso concluir que, certamente, muito mais gente também o fará. E, tendo o mercado dos smartphones o peso que tem…
Nunca tive problemas com o écran Super Amoled do meu XIAOMi Mi 8 de origem Samsung…a Xiaomi deve o calibrar à maneira dela para não ter problemas
A mim, que pouco percebo, é uma marca que não me atrai muito… se fizer uma comparação com outras marcas (specs vs. preço) não vejo grande razão para optar por um Huawei, mas isto sou eu que, como disse, não percebo muito sobre o assunto.
Acho a marca satélite deles mais interessante e barata.
Eu cá tinha smartphone e tablet Samsung topos de gama, mudei de smartphone para o topo de gama Huawei quando comprei, gostei tanto que troquei também o tablet pelo M5 10.8″ e sinceramente estou muito satisfeito e nada arrependido, nada mesmo! Quero lá saber do governo Chinês, de fundos do governo Chinês, sou um mero cidadão do mundo sem posição alguma de interesse para a Huawei ou governo Chinês e se formos entrar pelo campo segurança e privacidade teremos de voltar aos 3310 e companhia porque hoje em dia isso não existe. Nem com Huawei, nem com Samsung, Apple, Sony etc… As próprias apps o fazem sem nossa permissão portanto é relativo, embora respeite como é óbvio a mentalidade e opinião de cada um, na minha que vale o que vale não gostar dos equipamentos, da Emui, da interface, do preço o que seja é uma coisa, agora usar a privacidade e segurança da Huawei como argumento… Mas pronto, cada um sabe de si!