Taxas da UE: fabricantes chinesas poderão mais do que duplicar a produção no estrangeiro
Com a imposição de taxas sobre os seus carros elétricos produzidos na China pela União Europeia (UE), as fabricantes de automóveis chinesas poderão mais do que duplicar a sua capacidade de produção no estrangeiro.
De acordo com a Bloomberg, as fabricantes de automóveis chinesas poderão mais do que duplicar a sua capacidade de produção no estrangeiro, por forma a superar as taxas aduaneiras e satisfazer a procura crescente nos mercados emergentes.
À medida que o mercado de veículos elétricos na China se satura, o aumento da concorrência interna e o excesso de capacidade estão a empurrar as marcas chinesas de veículos elétricos para o estrangeiro, na procura de novos mercados em crescimento.
As exportações e a montagem knockdown - em que as peças-chave dos automóveis são fabricadas na China e, depois, enviadas para o estrangeiro para serem montadas - têm sido a abordagem tradicionalmente adotada pelas fabricantes de automóveis chinesas para explorar os mercados estrangeiros.
Contudo, com as taxas por parte dos Estados Unidos e da UE, os investimentos na produção integral podem aumentar.
Fabricantes chinesas estão a expandir-se
As fabricantes de automóveis chinesas construíram e colocaram em funcionamento fábricas de produção em nove países, com uma capacidade de produção anual de 1,2 milhões de veículos a partir de 2023.
Até 2026, segundo a Bloomberg, esse número deverá mais do que duplicar para 2,7 milhões de unidades em mais de uma dúzia de países, se os planos das empresas forem cumpridos a tempo.
Relativamente à Europa, exemplificando, a BYD está a construir uma fábrica na Hungria e anunciou planos para outra na Turquia, que lhe dá acesso à UE. A Polónia, que tem acordos com fornecedores chineses de baterias, está, também, a tornar-se popular entre as fabricantes chinesas de veículos elétricos.
Enquanto Espanha e Itália procuram investimentos chineses, a Geely, a Dongfeng e a Xpeng procuram locais para a construção de uma fábrica na Europa.
Nem assim me convencem!
Se a Europa não fizer nada, eventualmente daqui a uns nos não teremos mesmo escolha, até porque as restantes marcas vão ter dificuldade em sobreviver. Just my 2 cents
Se as marcas Europeias não fizerem, nada. Os fabricantes é que estao a dormir
Penso que eles não devem estar muito preocupados contigo em particular. 🙂 🙂
Claro que não. Se for só um, ou dois, individualmente, a renunciar, não. Não causa mossa. Se cada um, individualmente, tiver a mesma atitude, serão muitos “uns”, e aí o estrago já é enorme. Como dizia um anúncio nos anos 70, de uma conhecida marca de carros europeia: ” e eu a vê-los passar”.
se criam leis protecionistas de modo a ajudar as marcas europeias e terem menos concorrência, aí é que elas nao saem da cepa torta.
A concorrência dos chineses não vai diminuir, antes pelo contrário e ainda bem. O bom das tarifas é que força-os a construirem cá fábricas para não perderem quota de mercado e margens. É win-win!