Investigação da UE sobre elétricos chineses está a “avançar”. Medidas em breve?
Em prol de uma concorrência justa nos mercados mundiais, que estão agora inundados de carros elétricos chineses mais baratos, a União Europeia (UE) abriu uma investigação relativamente aos modelos oriundos do país asiático. Muita água tem corrido e, agora, sabe-se que a investigação está a "avançar". Seguiremos os passos dos Estados Unidos da América (EUA)?
Recentemente, os EUA tomaram a arrojada decisão de, entre outras coisas, exigir um imposto de 100% sobre carros elétricos fabricados na China, numa decisão que quadruplica as taxas sobre esses modelos. A Europa parece estar perto de tomar, também, uma decisão.
De acordo com Valdis Dombrovskis, comissário de Comércio da UE, ao Brussels Playbook do POLITICO, a investigação da Comissão Europeia sobre os subsídios chineses aos carros elétricos está a "avançar", dando a entender, além disso, que Bruxelas poderia impor taxas ainda "antes das férias de verão".
Recorde-se que a Comissão Europeia está num processo que visa avaliar, no prazo de 13 meses, se deve impor taxas acima da taxa padrão de 10% da UE para automóveis, nomeadamente chineses, por acreditar que estes poderão estar a beneficiar de subsídios no seu país.
O prazo legal para a introdução de medidas provisórias, tais como taxas ou quotas, termina a 4 de julho, nove meses após a Comissão Europeia ter iniciado a sua investigação.
Quando o Brussels Playbook do POLITICO questionou Dombrovskis sobre a possibilidade de adoção de medidas provisórias, o vice-presidente executivo afirmou que "é de esperar que os próximos passos sejam dados antes das férias de verão".
Contudo, questionado sobre se as medidas provisórias seriam anunciadas antes ou depois das eleições de junho para o Parlamento Europeu, Dombrovskis disse que não está em posição de "pré-anunciar datas específicas" e que o quadro jurídico "estabelece determinados prazos que teremos de respeitar".
Mais um tiro nos pés para os europeus!
Se a UE por as taxar depois não se admirem que eles taxem os produtos europeus no mesmo valor. Se o fizeram aos produtos dos EUA. O maior problema vai ser que será impossível o fim da venda de carros térmicos.
Como se os chinos ficassem impávidos e serenos a ver os franceses e alemães a tentar fazer-lhes a folha.
Nos EUA a taxa sobre a importação de veículos elétricos chineses passou de 25% para 100% (4 vezes mais). Mas, como os EUA importam uma quantidade relativamente pequena de veículos elétricos chineses, a medida terá pouco impacto.
O post diz que na UE a taxa de importação é de 10%. Custa-me a crer. Quando se importam produtos de fora da UE, em Portugal pagam-se direitos aduaneiros e impostos, de acordo com a pauta alfandegária.
Na importação de bens de fora da UE o habitual é pagar o IVA.
Quem consultar a pauta alfandegária para importação de veículos elétricos (posição pautal 8501 53 50 20 e 8507 60 00 88) o que aparece são 23% (Continente), 16% (Açores) e 22% (Madeira), que corresponde à taxa normal de IVA no Continente, Açores e Madeira, respetivamente. Na importação de veículos elétricos pelo menos o valor do IVA pagam.
A UE vai mexer … há quem diga que para ter significado terá que passar para, pelo menos, 50%.
Se pagassem só o IVA isso significaria taxa alfandegária zero, porque IVA já pagam também os bens comunitários.
Não te esqueças que a UE, é um mercado com livre circulação de bens. Podes importar para outro país que seja mais “amigo” das importações, e desse país importas para Portugal. Os carros elétricos estão isentos de ISV.
Llivre circulação de bens mas com (grandes) limitações. Os de combustão, usados ou novos, pagam ISV aqui mesmo que importados para outro país mais “amigo”.
Mas como estamos a falar de: “Investigação da UE sobre elétricos chineses está a “avançar”. Medidas em breve?”, os carros a combustão e as suas taxas de importação, pouco importam.
“beneficiarem de subsídios?”
Espera lá, onde já ouvimos falar disso? pois a Europa faz isso há dezenas de anos. Lá estão os Chineses a copiar a Europa a financiar as suas empresas locais (algumas a beneficiar até são de marcas estrangeiras tipo Tesla, Nissan, Polestar, etc..)
E tanta empresa a beneficiar de subsidios na própria União Europeia… Dos Fundos estruturais, FSE, FEOGA, FEDER, FEADER, FEAGA, FEG, etc.. etc..
Então e as grandes empresas como as que estão nos Países Baixos, Luxemburgo, Irlanda, vejam a Amazon o que tem direito para estar pela Irlanda, a própria Auto Europa o real contrato com o Estado.. o que foi feito para a empresa laborar e as condições vantajosas desde os terrenos, benefícios fiscais e aduaneiros, favorecimento de criação de infra-estruturas com dinheiros públicos…
Agora queixam-se dos Chinocas ajudarem por um nome de linha de apoio qualquer as empresas.. eles estão a copiar a Europa nos apoios. ^_^
Venham é os chinocas e copiem os bancos da europa sem que o pessoal tenha que pagar manutenções e outros custos à banca… menos taxas e impostos.
A UE podia era vender os inúmeros carros electricos chineses sem qualquer imposto e a preço de custo a quem se disponibilizar em entregar o seu carro diesel em troca. Afinal não é o o ambiente e o combate ás alterações climáticas que contam? Ou será que é o dinheiro?
A indústria automóvel alimenta muitos postos de trabalho por essa Europa fora. Portanto até a as marcas chinesas começarem a produzir por cá não vejo problema nenhum em algumas medidas protecionistas. Dito isto, claro que é preciso ter em conta a reciprocidade destas medidas, pelo que a China estará no seu direito de impor as suas próprias restrições se assim o desejar.