Empresa quer um carregador rápido de 3 MW para carregar os seus camiões elétricos
Já falámos na aposta elétrica nos camiões gigantes para o transporte de minério. Também houve quem apostasse no hidrogénio. Ambas as tecnologias parecem ser capazes de servir esta indústria. A Fortescue Metals, gigante da energia verde e do minério, persegue o seu objetivo de ter uma exploração mineira mais sustentável. Como tal, anunciou a implementação do seu primeiro protótipo de estação de carregamento rápido de 3 MW.
Mark Hutchinson, diretor da Fortescue Energy, partilhou que a equipa da "frota verde" da empresa está a testar um camião de 240 toneladas. Este veículo, desenvolvido em parceria com a Liebherr, utiliza uma bateria de 1,4 MWh (que pesa 15 toneladas) produzida pela equipa de Engenharia Avançada Williams (Williams Advanced Engineering com acrónimo WAE) da Fortescue.
Carregador de energia de alta capacidade
O responsável pelo projeto também revelou que a empresa está a colocar em funcionamento um protótipo de carregador rápido de 3MW para recarregar o camião. O veículo está em funcionamento na mina de Christmas Creek, que obtém parte da sua energia de um parque solar de 60MW nas proximidades.
Estamos no bom caminho para começar a testar o carregador rápido no local neste trimestre.
Isto ajudar-nos-á a compreender e a desenvolver os ciclos completos de utilização e carregamento do camião. Ter uma tecnologia desta escala pronta para ser testada no local é um feito impressionante. É um desenvolvimento empolgante.
Disse Mark Hutchinson.
Para contextualizar a dimensão destes camiões elétricos, das suas baterias e dos carregadores rápidos, os automóveis elétricos de passageiros pesam uma a duas toneladas, têm baterias com capacidades que variam entre 50 kWh e 100 kWh e estão geralmente ligados a carregadores rápidos que variam entre 50 kW e 350 kW.
Testes com camiões de células de hidrogénio
A Fortescue está também a testar o primeiro camião de célula de combustível de hidrogénio na mina, em linha com os seus ambiciosos planos globais de hidrogénio verde. No entanto, este tipo de tecnologia pode não ser capaz de competir com os camiões elétricos nas minas.
Estamos a testar ambas as tecnologias no local este ano para compreender a eficiência do ciclo completo e utilizar estes conhecimentos para tomar uma decisão final sobre o futuro das nossas frotas.
Disse Christiaan Heyning, diretor de descarbonização.
Inovação em baterias e veículos elétricos
Hutchinson afirma que a Fortescue continua a sua investigação e desenvolvimento de veículos elétricos e baterias no WAE. Para além dos camiões, estão também a trabalhar em comboios, como o chamado "comboio do infinito", que esperam instalar nas suas minas de Pilbara.
Conforme já demos a conhecer, a ideia deste comboio é que, ao descer da mina para o porto totalmente carregado, carregue suficientemente as baterias através da regeneração para trazer os comboios vazios de volta à mina, e assim sucessivamente.
Além disso, a Fortescue está a testar o seu primeiro comboio "bicombustível" que utiliza amoníaco verde, principalmente para outros clientes que poderão não ter a diferença de altura necessária para fazer funcionar o conceito de "comboio infinito".
Este artigo tem mais de um ano
Digam me uma coisa… Se eu tiver uma semana sem eletricidade em casa, consigo carregar um elétrico com uma roda pedaleira? Ou tenho que queimar gasóleo para ligar o meu gerador de 20kva?
É que a última vez que houve uma tempestade aqui na minha zona, tivemos quase uma semana sem eletricidade da rede. E sim foi em Portugal.
Nem geradores havia para ligar o PT.
Se no inverno o PT já dispara por sobrecarga de consumo com 200 kVA de ponta e com 2/3 carros elétricos.na zona…. Nem quero ver quando houver mais.
Xiu essas coisas não interessa dizer, o importante é o povo ser todo verde… Só na Europa se começa a casa pelo telhado, um feito de facto, só alcançado pelos iluminados esquerda caviar
Interessa dizer sim, o que não interessa dizer é quando inventam, todos sabemos que as redes têm de levar updates, mas até parece que isso é coisa de agora.
Mas olhe, parto-me a rir é quando dizem que esta solução tem estes problemas todos e depois até dão como soluções outras que consomem muito mais.
Sim, como se os veículos a combustão só começaram a ser vendidos quando já havia postos de combustivel no mundo todo…
Coisas diferentes, quando o carro apareceu só meia dúzia de pessoas tinha, a coisa foi evoluindo equilibradamente.
Coisa que não está acontecer aqui, estão a impingir os carros a pilhas sem tratarem das redes primeiro. Se não houvesse imposição de datas era-me indiferente, eventualmente as estruturas iriam adaptar-se com tempo, mas com as obrigações e imposições que estão haver com datas limite sem ninguém mexer uma palha para tratar da infraestrutura é que mexe com o meu sistema
Impingir carros a pilhas ? onde ? É que além de não haver cá carros a pilhas, ninguém os está a impingir, compra quem quer.
Sem tratarem ? mas vive em que pais ? a rede em Portugal cresce a um ritmo de +- 60 carregadores por semana.
Existem obrigações sim para o crescimento da rede, e até estão em constante aceleração.
Portanto o seu problema é o desconhecimento.
Eu entendi o teu ponto mas acho que estás errado sobre não haver investimento na estrutura. Está a haver e, por vezes, até em locais que não deveriam.
E troca está a ser feita faseadamente…
Alinda se vendem mais veículos a gasolina que elétricos e eles vão andar por cá durante muito tempo porque são bens que a substituição não ocorre frequentemente e demora alguns anos.
Para além disso ninguém está a dizer que a partir da data X nenhum carro a combustão pode circular, mas sim que nenhum carro a combustão pode ser vendido novo, que é uma coisa completamente diferente.
Assim os carros vendidos a X-1 (e X-n) vão continuar por cá a circular durante n tempo.
Basta usar o senso comum, mas as vezes parece que o fumo do escape atrofiou o sistema de muita gente…
@JL a partir do momento que dizem que a partir de data x os carros a combustão vão deixar de ser feito é impingir as pessoas. A partir do momento que proíbem carros a combustão de entrar em cidades a partir de data x é impingir as pessoas.
Sim os carros a combustão vão continuar aí por muitos anos, mas se não conseguir ir com ele a lado nenhum de que me vale? A bem ou mal é forçar as pessoas a comprar.
“Sem tratarem ? mas vive em que pais ? a rede em Portugal cresce a um ritmo de +- 60 carregadores por semana.”
Diz-me que és de uma das grande cidades do litoral do pais sem me dizeres. Talvez seja uma realidade das grandes cidades, não vivo nelas para dizer que sim ou não, mas na minha cidade que é no interior tem havido zero investimento! Existem meia dúzia de carregadores e o ultimo a ser feito foi no Pingo Doce.
Só na cidade somos 10 mil habitantes e garantidamente existem meia dúzia de carregadores de pilhas. Se milagrosamente todos formos para carros de pilhas quero ver onde carregamos, porque não sei se estas a par nem todos tempos garagens.
Mas hey Portugal é só Lisboa, se lá fazer 60 carregadores por semana, então o pais está safo a nível de infrastructuras
@Realista tens razão em tudo que dizes, no entanto se a partir de uma certa data os carros a combustão não puderem entrar nas cidades de que me adianta o facto de ainda se poder comprar em segunda mão? De que serve um carro que não pode circular?
https://www.standvirtual.com/blog/quais-as-cidades-que-vao-proibir-os-carros-de-combustao-interna/
Caso não saibas já existe proibição de circulação em Lisboa desde 2015 para veículos anteriores ao ano 2000 e esse limite tem sido atualizado à medida que o tempo passa… neste momento está em carros anteriores a 2005.
Aliás, não é nada de novo porque esta medida já têm quase uma década.
O plano é bloquear todos os carros, sejam eles de combustão ou elétricos do centro da cidade.
Correção: A iniciativa começou em 2011 para veículos anteriores a 1997.
Portanto à 12 anos.
Ah, bem que parecia que não estavam a impingir nada.
Mas pode comprar a combustão na mesma, ou não sabe das novidades?
E quantos carros por ai existem ? O investimento é feito consoante o número.
E não, não são carregadores de pilhas, esses chamam-se postos de abastecimento.
E não, não sou de Lisboa apesar de ir la algumas vezes, na minha aldeia são cerca de 1000, existem alguns 10 carros eléctricos, e estão ali 2, para quem vem de fora, porque aqui todos podem carregar em casa.
Duvido que esse PT dispare por sobrecarga provocada pelos carros, já que todos os evse dos carros previnem que isso aconteça.
Embora acho errado a maneira como estão a enfiar os elétricos goela abaixo e que as tecnologias de baterias têm muito a melhorar a algo a reter.
A vantagem principal é serem agnósticos a termos energéticos, em teoria sim, se com uma bicicleta estática ou roda pedaleira conseguir produzir kW suficientes, deverá conseguir carregar. Assim como conseguirá carregar com eletricidade a partir de carvão, gasóleo, etc.
Então qual é a maneira correta ?
Elas evoluem sim, desde que comercializadas, um produto sem saída não evolui, ninguém investe só porque sim. No entanto o que fazem hoje já satisfatório para muita aplicação.
A maneira correta é fazer primeiro a estrutura e fazer os carros depois, foi tudo ao contrário, houve pioneiros como a Toyota e a Tesla e bem, mas uma casa não se começa a construir por cima.
E sim, com vendas há investimento e tudo melhora, incluído a infraestrutura e baterias.
E foi assim que começou, em 2010 foi feita primeira infraestrutura para carregamento.
A toyota pioneira ? em quê ? ainda hoje tem veículos de outras tecnologias que não criou nem uma infraestrutura para os usar.
Exacto, por isso mesmo as vendas estarem a melhorar e até já passam as vendas de veículos de outras tecnologias.
@JL
Veja o ‘Who Killed The Electric Car’, a Toyota também foi pioneira no inicio do milénio
Foi e ainda o é, no entanto nunca criou nenhuma rede de carga nem de abastecimento. O que tem neste momento são parcerias com redes de carga e abastecimento já existentes.
Sim conheço esse documentário.
Em vez de carregar o electrico é melhor usar essa energia para se locomover diretamente na bicicleta, até porque um ser humano não consegue mover uma pedaleira que produza pelo menos 1200 watts, que é o minimo necessário para carregar um carro.