Apple para já não fala em despedimentos, mas pode haver 3 razões para isso
O mundo da tecnologia assiste a um abrandamento preocupante e as empresas que lideram este setor já começaram a despedir em massa. A Amazon despediu 28 mil funcionários, a Microsoft 10 mil, a Google anunciou 12 mil despedimentos, a Meta no final do ano despediu 11 mil, o Spotify mais uns milhares, o Twitter, a Xiaomi, e muitas outras. Contudo, até agora não houve sinal de demissões da Apple. Qual será a razão para este cenário tão positivo?
Segundo um novo relatório apresentado hoje, por trás desta estabilidade poderão estar três razões.
Empresa de Cupertino mantém-se, para já, ao largo dos despedimentos
O mundo acabou o ano de 2022 e iniciou 2023 com uma nuvem negra sobre a economia. Esta sombra da recessão já fez vítimas no mundo da tecnologia e são milhares um funcionários já no desemprego. Algumas das maiores empresas neste segmento começaram uma verdadeira arrumação a fundo e poderá ainda haver muitos outros novos desempregados.
Como falamos em gigantes da tecnologia, tais com a Google, Amazon, Meta ou Microsoft, fica a questão: então e a Apple?
Tendo em conta um relatório partilhado recentemente, haverá 3 razões basilares para manter a Apple ainda estável e sem sinais do fumo preto dos despedimentos.
A primeira razão tem sido mais cautelosa do que outras empresas de tecnologia quando se trata de expansão.
O Wall Street Journal diz que, enquanto outros gigantes da tecnologia aumentaram o seu número de funcionários em algo na faixa de 57% a 100%, a contratação da Apple foi mais contida.
A fabricante do iPhone está melhor posicionada do que muitos rivais até o momento, em parte porque contratou funcionários num ritmo muito mais lento do que estas empresas durante a pandemia […]
Do final do ano fiscal em setembro de 2019 a setembro de 2022, a força de trabalho da Apple cresceu cerca de 20%, para aproximadamente 164.000 funcionários em período integral.
Enquanto isso, aproximadamente no mesmo período, a contagem de funcionários na Amazon dobrou, a da Microsoft aumentou 53%, a Alphabet Inc., empresa que controla a Google, aumentou 57% e a dona do Facebook, Meta, aumentou 94%.
Em segundo lugar, a Apple evitou o erro cometido por empresas como a Meta e Google: contratar muitos funcionários para projetos que provavelmente não darão lucro tão cedo. O investimento maciço da Meta no metaverso é o exemplo mais óbvio deste cenário.
A empresa de Cupertino contrata para projetos com futuro menos certo, como o Apple Headset (Glass) e o Apple Car, mas numa escala muito menor do que os seus rivais tecnológicos.
Apple não dá muitas regalias aos funcionários
Em terceiro lugar, o WSJ diz que a Apple tende a gerir as condições de trabalho dos funcionários de forma mais rígida que os demais gigantes da área tecnológica, que gastam muito dinheiro com regalias. No Apple Park, por exemplo, os funcionários pagam os seus próprios almoços na cantina, ao contrário da comida gratuita disponível em empresas como o Google.
Claro, estes argumentos e gastos, no meio de tanto dinheiro movimentado, pode parecer residual. E sendo relativamente triviais, podem de facto ter um impacto positivo no resultado final, ao ajudar no recrutamento e manutenção dos funcionários. A Apple vê de outra forma e, curiosamente, o facto de ter uma clínica médica no local no seu campus principal, pode ser um indício da sua mentalidade.
É muito mais barato prevenir a doença do que tratar pessoas que já estão doentes. De acordo com os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças dos EUA, os problemas de saúde resultam na perda de 69 milhões de trabalhadores por ano, reduzindo a produção económica em 260 mil milhões de dólares por ano.
Para além dos papéis típicos envolvidos numa clínica de cuidados primários, a Apple procura também contratar "designers" que ajudarão a implementar um programa centrado na prevenção de doenças e na promoção de um comportamento saudável.
Ter uma clínica no local no Apple Park significará, adicionalmente, menos tempo perdido dos funcionários em consultas médicas.
Bom, é sabido que estes criativos, profissionais de alto desempenho que estas empresas contratam necessitam acima de tudo de uma saúde mental sempre bem cuidada.
Embora não se possam excluir futuros despedimentos da Apple, o relatório sugere que a empresa pode reduzir o número de efetivos através da não renovação dos postos, quando os funcionários deixam a empresa.
Este artigo tem mais de um ano
Nunca passei por tal coisa, nunca perdi o meu emprego, mas tenho familiares e amigos que perderam é uma coisa terrível, pelo menos para aqueles que gostão de trabalhar e depois há os oportunistas e o típico tuga que se aproveita e faz vida de esquemas, foi educado pelos meus pais a tentar ser o melhor na profissão que escolhe-se, o meu pai dizia-me se fores varredor de ruas a tua rua vai-se poder lamber, e tenho pautado a minha vida por este principio, não sou o mais inteligente mas sou um dos mais aplicados, digo constantemente ao meu chefe, compenso a minha falta de conhecimentos com empenho.
Quero deixar um forte abraço a quem neste momento esteja no desemprego e desejar que melhores dias viram .
Amigo, um comentário honesto. É isso. Não é o trabalho que nos define; somos nós que definimos o nosso trabalho. A varrer a rua ou a calcular trajetórias de naves espaciais, se pusermos dedicação e vontade no nosso trabalho, ele vai ser nosso testemunho perante os outros.
Em Portugal há pleno emprego (taxa de desemprego de 6%).
Quem quiser procurar trabalho encontra (a salários baixos).
os salários variam conforme a cidade, a empresa e a área.
juntas lisboa + multinacional + IT, Finance, RH e os salários não são nada baixos e já se aproximam de outros países europeus.
**gostam
**fui
**escolhesse
**princípio
**virão
Nunca mais chega o virao, tou farto deste frio!
lol
Portugal está com 6% de desemprego.
Não me lembro de uma taxa tão baixa nem conheço ninguém no desemprego neste momento, acho que ao dia de hoje só não está a trabalhar quem não quer.
Eu tive 2 anos desempregado (comecei a trabalhar há bem pouco tempo) e todas as semanas andava a bater às portas para trabalhar. Fiz muitas entrevistas (perdi-lhes a conta) e contam-se pelos dedos das mãos as que responderam.
Pedi os subsidios a que tinha direito, mas não me foi cedido (apenas o de desemprego e trabalhei mais de 10 anos antes do desemprego). Nem sei como sobrevivi…
Teve você 2 anos desempregado e estivemos nós todos.
Normalmente a malta só arranja emprego já mais crescido!
Embora o seu comentário me tenha tocado e tenha sentido que realmente foi do coração, não se nasce com conhecimento seja ele qual for, tudo é uma aprendizagem… Compreendo que a partir de uma certa idade comece a ser difícil adquirir mais conhecimento, mas tal como me esforcei e parti a cabeça nas aulas, e mesmo pós escola estou sempre a aprender novas áreas e novas coisas em geral, qualquer pessoa também o pode fazer a internet é quase grátis e hoje em dia tudo se aprende com esforço e dedicação! tenho a certeza que se aplicasse essa dedicação a um curso iria ver a sua vida melhorar bastante!
Eu aponto 2 outras razões para a Apple para já não despedir:
– A enorme liquidez que tem, motiva pelos novos valores premium que cobra;
– A outra, como empresa global e ao contrário do mercado americano, uma empresa que despeça em massa, tem logo um estigma negativo em cima de si. E a Apple ganha ao evitar seguir o rebanho!
Tirando os 3 pontos no artigo as tuas duas razões não corresponde à realidade porque tanto Google como a Microsoft não têm problemas de liquidez, aliás apenas um dia após a Microsoft anunciar os despedimentos anunciou investimento na empresa responsável pelo Chat GPT por isso dinheiro é coisa que não lhes falta, e quanto ao teu segundo ponto nenhuma destas empresas perde com o possível “estigma” de despedir em massa porque honestamente o consumidor final não quer saber…
Achas realmente que algum consumidor deixará de comprar o seu iPhone só porque a Apple despediu 30% dos seus funcionários? Isto é notícia hoje, daqui a um mês quantas pessoas se vão lembrar que a Amazon despediu 28 mil funcionários, e mesmo das que se lembram quantas é que vão deixar de usar os seus serviços por causa disso.
A Amazon: tem 1.554.000 de trabalhadores, vai despedir 18.000 pessoas (1,16%). Diz o post que contratou 50% do pessoal no período da pandemia.
Os despedimentos são muito limitados.
Com tantos milhares de programadores e engenheiros disponíveis, será de prever uma nova onda de inovação?
o que te diz que estão disponiveis? com desemprego zero na area e com falta de pessoas para as posições em aberto são imediatamente absorvidos no mercado de trabalho.
Penso que programadores nao vao ter dificuldade em arranjar trabalho, ou isso ou criarem eles proprios projectos. Ou entao ajudar o pessoal do linux nos tempos livres. Se meia duzia deles acertassem as agulhas na mesma direccao posso dizer que saia uma coisa boa tal como o kernel do linux. Uma das melhores invencoes do sec.
Eles só estão a espera que todas as outras empresas da área despeçam pessoal para depois começarem eles a despedir e anunciarem como mais uma inovação apple, o habitual portanto.