Europa será responsável por 31% da produção mundial de baterias
A vontade de eletrificar o setor automóvel cresce substancialmente a cada ano. Além do desafio das novas tecnologias, existe claramente uma obrigação de diminuir as emissões poluentes. Como resultado, a indústria já se mobilizou na direção de haver mais oferta de produção de baterias.
Embora o setor dos elétricos seja dominado pela China, a Europa poderá vir a ser responsável por 31% da produção global de baterias, até 2030.
A supremacia asiática no segmento
No ano passado, a Europa ultrapassou a China, tornando-se no maior mercado de veículos plug-in do mundo. Embora o mercado asiático tenha sido líder durante muitos anos, as novas medidas de regulamentação da poluição impulsionaram as vendas dos eletrificados na Europa.
No entanto, apesar dos esforços da Europa, os fabricantes asiáticos continuam à frente quando o assunto é a produção de baterias. À frente da Renault e da Volkswagen continuam empresas como a LG, Panasonic e CATL.
Ainda assim, de acordo com um estudo, a Europa estabelecer-se-á como o epicentro da transição para a mobilidade elétrica durante esta década.
Europa vai crescer na produção global de baterias
Um estudo da BloombergNEF revela que a realidade que conhecemos quanto à produção de baterias na Europa vai mudar a curto prazo, passando de 7% da produção mundial para 31%, até 2030.
Para que este crescimento seja possível, surgem nomes de empresas como a ACC, em França, Britishvolt, no Reino Unido, e Northvolt, na Suécia.
Estamos a criar uma nova indústria na Europa, estamos a criar um ecossistema totalmente novo. Os investimentos estão realmente a entrar.
Disse Marcos Sefcovic, vice-presidente da Comissão Europeia, que estima que os investimentos feitos na Europa em 2019 foram três vezes superiores aos feitos na China no mesmo período.
De forma a atingir estes objetivos, é importante que as fabricantes colaborem. Em destaque está o plano do Grupo Volkswagen que, até 2030, planeia ter um total de seis fábricas com 40 GWh de capacidade, em funcionamento na Europa. Aliás, uma delas será gerida em conjunto com a Northvolt.
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Cá em Portugal aparentemente existe muita matéria prima, parece que uns espertos andavam a comprar uns terrenos sob falsa premissa (turismo ou coisa do género) para ficarem com acesso ao recursos e depois conseguirem explorar. Não tenho a certeza mas acho que é lítio.
O problema é que como deve ser só para exportar a matéria prima para outros, o país não vai beneficiar da exportação da mesma como um produto final devidamente valorizado.
Do ponto de vista estratégico da nação não gosto da ideia de exportar matéria prima com grande potencial e utilidade até cá em Portugal ao “desbarato” para outros se beneficiarem. Gostava de ver a matéria prima transformada aqui mesmo em Portugal de forma a também beneficiar os portugueses que cá vivem do desaparecimento desse recurso, e não ser tudo mau (já se sabe que a extracção costuma ser um desastre ambiental quase garantido independentemente das eventuais “garantias”).
Pois é, a verdade é que vamos destruir montes e vales, espalhar as lamas ácidas por terrenos férteis, consumir milhões de litros de água potável que se vai infiltrar no subsolo e contaminar os aquíferos e o que é que ganhamos? Uns trocos, mais nada. Ganham os fabricantes de baterias, pelos vistos ninguém quer cá investir numa fábrica, ganham os fabricantes de automóveis pois o processo de montagem é mais simples e com menor horas de mão de obra. Nos exportamos o lítio recebendo uma bagatela e depois importamos veículos elétricos caríssimos que nos restantes países da europa são mais baratos, lá vai o nosso dinheirinho, estou mesmo a ver!
Enquanto o nível de impostos for o que é em Portugal ninguém quer vir cá investir em valor acrescentado.