As baterias também têm um fim de vida. O que acontece depois?
Se considerarmos um conjunto de baterias de um Tesla Model S, encontramos milhares de células cilíndricas com componentes que transformam o lítio e os eletrões em energia suficiente para alimentar e fazer o carro andar, durante centenas de quilómetros, sem emissões. No entanto, quando a bateria atinge o seu fim de vida, levantam-se novas questões.
E depois?
O “pós” das baterias dos carros elétricos
Apesar de serem a opção mais sustentável (na maioria das opiniões) num carro com zero emissões, quando atingem o seu fim da vida, as baterias podem representar todo um novo problema. Se acabarem num aterro, por exemplo, as células que as constituem podem libertar toxinas problemáticas.
Mais do que isso, a reciclagem das baterias, conforme adverte a cientista Dana Thompson, da Leicester University, pode ser um processo perigoso. Este que é apenas mais um dos problemas identificado pelos investigadores que procuram entender como reciclar milhões de baterias de carros elétricos. Aliás, Thompson acrescenta que as baterias utilizadas atualmente “não são concebidas para serem recicladas”.
Embora seja ainda uma preocupação emergente, ganhará cada vez mais força, à medida que as marcas e os cidadãos forem correspondendo às medidas governamentais criadas no sentido de diminuir as emissões de CO2.
Afinal, os governos estão, lentamente, a fazer progressos na questão da reciclagem. Em 2018, a China impôs novas regras destinadas a promover a reutilização de componentes de baterias usadas nos carros elétricos. Agora, temos vindo também a conhecer as medidas ambiciosas da Europa para este setor.
A dificuldade em reciclar
Na realidade, o sucesso na reciclagem das baterias utilizadas nos carros elétricos é um caminho difícil. Isto, porque estas diferem bastante na composição química e na própria construção, dificultando a criação de sistemas de reciclagem eficientes.
Além disso, as células são frequentemente fixadas com pastas resistentes, tornando-as de difícil desmontagem. Portanto, torna-se mais fácil comprar novas, ao invés de reciclar as que já existem.
No entanto, os investigadores estão a trabalhar para garantir que as baterias dos carros elétricos vendidos agora são recicladas, pelo menos, até 2030. A ideia é encontrar uma forma homogénea de as produzir, para que se torne mais fácil perceber um método de reciclagem que se adeque a todas.
Leia também:
Este artigo tem mais de um ano
Fonte: Foro Coches Eléctricos
Neste artigo: baterias, carros elétricos, reciclagem
Se ainda nem sequer conseguiram que os carregadores dos telemóveis sejam “universais”…o negócio da reciclagem é demasiado lucrativo (para alguns) para que venha a existir (a curto/medio prazo) uma espécie de standard nos componentes de fabrico! Vamos esperar sentados…eu certamente já a “fabricar tijolo”!
Vou querer ficar muito atento ao que aqui se vai comentar.
Espero que o desenrolar da conversa não se estenda em insultos como tem sido hábito. Aguardo que os comentários possam ajudar a perceber os pontos de vista com sentido critico e baseados em bom senso.
Ahahaha…
Redin ao contrário lê-se Nider!
Nider! Perceberam?
Ahahaha…
EVs já está mais que provado que de bom senso não tem nada, pegada ecológica igual aos veículos a combustão, único selling point é o custo de energia mais baixo, no entanto ao custo de mais poluição e destruição de habitats devido à necessidade incessante de lítio níquel e cobalto. Cada vez os EVs se demonstram por aquilo que são, um produto de transição para fazer gerar vendas ao adormecido segmento do transporte pessoal. Parabéns a quem foi atrás.
Parece-me que estás a ser um pouco radical quando dizes que a pegada ecológica é igual a combustão. Atrevia-me a dizer que nem sequer pensas nas consequências de que se tal fosse assim, não era só meia dúzia de pessoas que iria saber.
Basta saber na redução de equipamento interno na motorização, filtros, oleos, manutenção.
Apesar que eu sou mais defensor do hidrogénio. Isto de EVs são uma transição urgente.
De tudo o que leio por aí retiro que o hidrogénio é ineficiente para veículos de uso familiar, perde-se energia mesmo ao converter a fonte para a pasta de hidrogénio e ao retirar essa energia da pasta para o motor. Hidrogénio é uma desculpa para petrolíferas continuarem a poluir na indústria dos hidrocarbonetos. O futuro do hidrogénio passa por acumulação de energia de fontes renováveis e meios de transporte pesados nomeadamente navios e aviões.
Mas que importa o desperdicio de energia se a mesma é renovavel e a podes armazenar “infinitamente” sem necessidade de litio?
Falam disso só porque não têm mais argumentos, mas isso em si é um não argumento.
A extracção de petróleo não destrói habitats, muito menos a de plataformas marítimas ou derivada de fracking. As partículas finas respiráveis que saem do escape de um ICE, em particular de um bom turbodiesel, não causam problemas seja de que natureza forem nem aos habitats dos animais nem dos humanos ou aos seus biosistemas. Eu conheci um patrão que dizia que as partículas emanadas por um arco de solda tinham substâncias que faziam bem à saúde. Saúde!
Esta resposta sem ironias é ao Zé Fonseca.
Você já ouviu falar em reciclagem de diesel ou gasolina ? Os Rockefellers agradecem a sua atenção
Então… baterias… baterias vão para Marte!!!
Umda das alternativas aos processos convencionais : https://www.duesenfeld.com
Resposta: Lixo
Daí o hidrogénio ser a solução perfeita e o futuro.
Retira-se das várias fontes de informação que o ciclo de vida das baterias não acaba quando estas já não estão aptas locomover um veículo. Estas baterias “gastas” podem e estão a ser convertidas para sistemas de armazenamento de energia quer de fontes renováveis quer como “pulmão” de redes eléctricas locais.
Porque é que a abordagem não foi à volta de que já é possível reciclar mais de 80% (e mais de 95% em alguns casos) dos componentes de uma bateria? E que a utilização de materiais reciclados reduz até 90% as emissões de CO2 na produção?
Toxina: “Uma toxina, num contexto científico, é uma substância de origem biológica que provoca danos à saúde de um ser vivo ao entrar em contacto ou através de absorção, tipicamente por interacção com macromoléculas biológicas, tais como enzimas e receptor.”
Ademais, pergunto eu, o que será uma toxina não problemática?
Ou-lá-lá!
Deste puseram o dedo bem dentro da ferida: este é um assunto quente e explosivo, que vai fazer correr muita tinta nos anos vindouros…
Talvez tenhamos menos problemas com o CO2 mas vamos ter outros que não serão mais fáceis de resolver: as baterias em fim de vida têm uma toxicidade elevadíssima e cada vez vamos ter mais baterias bessas condições. Os Governos deveriam impor obrigação legal de quem as produz, resolver o assunto quando chegarem ao final do ciclo de vida…!
O mesmo deveria ser com os fabricantes de telemóveis: o equipamento chega ao fim de vida e eles deveriam ser obrigados a recebê-los para reciclagem.
Talvez assim, algumas marcas produzissem menos lixo eletrónico e mantivessem os modelos à venda durante mais de 6 meses…!