Nave espacial Starliner da Boeing já apresentou 5 fugas de hélio
O voo histórico que representou o início dos serviços da Boeing sob um contrato multimilionário com a NASA para transportar astronautas para a Estação Espacial Internacional (ISS) não parece estar de boa saúde. Depois de vários problemas detetados, o regresso dos passageiros para casa está ainda sob avaliação da NASA.
NASA avalia os problemas na nave Starliner da Boeing
Após literalmente anos de atrasos, a Boeing enviou finalmente astronautas para a Estação Espacial Internacional (ISS) a bordo da sua nave Starliner na semana passada.
Os astronautas Butch Wilmore e Suni Williams deverão regressar à Terra e concluir o voo de demonstração com tripulação nos próximos dias.
Entretanto, a NASA e a Boeing estão a analisar mais de perto o sistema de propulsão da Starliner, que já registou um total de cinco fugas de hélio.
Mesmo antes do lançamento bem sucedido, a NASA e a Boeing tinham conhecimento de uma fuga de hélio persistente. No mês passado, a NASA adiou brevemente a missão para a investigar, depois de um outro atraso para substituir uma válvula do foguetão. No entanto, o veículo desenvolveu mais duas fugas durante o voo e, de acordo com a recente atualização da NASA sobre a missão, surgiram mais duas enquanto a Starliner estava estacionada na ISS.
A NASA disse anteriormente que dois dos vazamentos foram selados, mas o aparecimento de mais sugere que não será uma solução simples.
A agência espacial norte-americana decidiu permitir o lançamento da Starliner com a fuga porque a taxa de perda de hélio era extremamente lenta.
Podemos lidar com esta fuga em particular se a taxa de fuga aumentasse até 100 vezes.
Disse Steve Stich, da NASA, na altura.
O hélio é um átomo minúsculo, o que o torna difícil de conter. Não é raro que o hélio se escape através de válvulas noutras naves espaciais, mas o gás inerte não representa um perigo direto.
O hélio é necessário para aumentar a rigidez dos tanques de combustível e pressurizar o sistema de modo a que o combustível esteja disponível para os motores sempre que estes precisem de disparar.
Enquanto a Starliner está na ISS, a tripulação fechou temporariamente os coletores de hélio para estancar as fugas. No entanto, terão de ser reabertos para a partida e a reentrada. A NASA não está preocupada com isso de momento. De acordo com a agência, serão necessárias apenas dez horas de voo para levar a tripulação de volta à Terra e, mesmo com as fugas, a Starliner tem cerca de 70 horas de operações de voo.
A NASA anunciou há alguns dias que a missão seria prolongada, fazendo regressar Wilmore e Williams à Terra não antes de 18 de junho. Isso dará tempo à NASA e à Boeing para analisarem em pormenor os problemas que surgiram durante o voo de lançamento da Starliner.
Para além das novas fugas, a nave espacial demorou mais de uma hora a atracar na estação devido a falhas nos propulsores, e um dos seus propulsores RCS tem-se mostrado instável. No entanto, é pouco provável que tudo isto esteja relacionado com as fugas de hélio.
Após esta missão, a Starliner está teoricamente aprovada para transportar astronautas de e para a ISS para rotações regulares da tripulação.
A Boeing seria o segundo veículo com certificação humana para o Programa de Tripulação Comercial da NASA, depois da SpaceX Crew Dragon, que iniciou voos tripulados em 2020. A NASA poderá exigir que a Boeing efetue algumas correções antes de a Starliner voltar a voar, para que a tripulação não tenha de se preocupar com fugas na canalização.
O que está previsto é que, além das Soyus, russas, os voos para a ISS passem a ser feitos, alternadamente, pela Space X e pela Boeing.
“A Starliner tem uma estrutura inovadora e sem solda e é reutilizável até 10 vezes com um tempo de resposta de seis meses.”, diz a Boeing
Se não tens nada que fazer na vida porque não te dedicas ao voluntariado? Há tantas instituições a precisarem…
loolll +1
Pelo menos disse algo de útil e relacionado com a questão. Já outras pessoas só critiam. Parecem aqueles adeptos do partido que usa a palavra “vergonha” em todas as frases.
Enquanto isso a spacex já tem cápsulas que já fizeram 5 voos e a boeing depois de anos de atraso fez agora o 1º voo de teste com astronautas e tem sido um voo cheio de problemas não entendo o porque da NASA continuar a insistir na boeing mais vale usar só a da spacex que está mais que provado que é segura
Já agora …
A referência que fiz à nave da Boeing foi à boleia deste post, de 5 de junho: “Europa corta amarras com a SpaceX e anuncia data de lançamento do foguetão Ariane 6”.
Foi preciso esperar por notícias de problemas para merecer um post.
Já posts sobre a Space X e peidos de Musk é coisa que não falta 😉
https://pplware.sapo.pt/ciencia/europa-corta-amarras-com-a-spacex-e-anuncia-data-de-lancamento-do-foguetao-ariane-6/
Qual europeu? Francês, ao serviço da Agência Espacial Europeia. A Ariane Group pertence ao consórcio Airbus da qual a França é membro e à empresa Francesa a Safran detentora maioritária do capital.
É um mistério para mim a NASA continuar a insistir na Boeing se não matarem ninguém vai ser uma sorte eles já nem na aviação se safam
Agora falam fininho.
Como é que conseguiram ir a lua se 50 anos depois andam com estes problemas, é que cada dia que passa as duvidas se chegaram a ir a lua são maiores é que parece que só agora começaram são erros atras de erros .
Com tragédias – Apollo 1
Em 27 de janeiro de 1967, a missão seria o primeiro voo tripulado da Apollo, Os astronautas Virgil Grissom, Edward White e Roger Chaffee perderam a vida quando um incêndio varreu o módulo de comando.
E muita sorte – como a Apollo 13
A Apollo 13 foi a sétima missão tripulada do programa Apollo Space (1961-1975) e deveria ser a terceira missão com pouso lunar, mas os três astronautas a bordo nunca chegaram à Lua. Em vez disso, a tripulação e a equipe de controle de solo passaram por uma missão de resgate arrepiante. Em 13 de abril de 1970, um tanque de oxigênio a bordo explodiu. O controle terrestre em Houston correu para desenvolver um plano de emergência enquanto milhões ao redor do mundo assistiam e as vidas de três astronautas em jogo.
Recomenda-se o filme “Apollo 13”, protagonizada por Tom Hanks, Kevin Bacon, Bill Paxton, Gary Sinise e Ed Harris.
Comparado com isso, umas fugazitas de hélio não são nada.
Percebo a questão, mas tens de ver que o orçamento da NASA na altura era substancialmente superior ao de hoje.
Estávamos na guerra fria na altura e a América queria mesmo chegar à lua primeiro. Foi despejado muito $$$ na corrida ao espaço. Depois de feito, foi cortar o orçamento à maluca até ao ridículo de hoje.
Se passarmos muito tempo sem fazermos uma coisa deixamos de saber fazê-la bem. Ainda mais com 1/100 do $$$ disponível.
Porque na altura era giro toda a gente adorava estávamos em plena corrida espacial o orçamento para a NASA era praticamente ilimitado desde que chegassem lá era o que interessava, e sabes quantas pessoas morreram no programa Apollo mais os que estiveram bem próximos de morrer hoje em dia temos umas fugas de hélio aqui em cima e já estão nervosos são outros tempos com outros orçamentos já não há interesse nenhum em ir à lua espetar uma bandeira ou vais lá com algum objectivo ou não vais é nesse patamar que estamos agora construir uma base na lua tal como temos a ISS mas neste momento o orçamento da NASA é bem mais reduzido já não dá para brincar às bandeiras se hoje em dia mandassem dinheiro ilimitado para a NASA para ir espetar uma bandeira a Marte eles também iam mas já não é esse o objectivo já nem há dinheiro para isso
Nos anos 60 tinhamos voos supersónicos, hoje em dia demora-se o dobro do tempo para atravessar o atlantico