Cientistas captaram o som de um buraco negro a devorar uma estrela
Nos últimos anos, a tecnologia tem permitido conhecer determinados sons produzidos em Marte, no Sol e até durante as viagens espaciais. Sabemos mais sobre determinados ambientes através dos ruídos produzidos, do silvar dos ventos noutros mundos e conseguimos agora "ouvir" o som de um buraco negro a devorar uma estrela. As técnicas para a captação, por vezes, estão debaixo do nosso nariz, ou melhor, penduradas de nariz para baixo.
O som emitido por um buraco negro foi divulgado pelos cientistas do MIT, como parte de uma investigação sobre binários de raios X de baixa massa (e candidatos) para assinaturas de reverberação.
Cientistas do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) conseguiram transformar em ondas sonoras audíveis o momento em que um buraco negro engole uma estrela. Num áudio disponibilizado na segunda-feira passada, é possível ouvir um forte som que varia entre tom grave e agudo.
Este som é a reprodução de ecos de luz emitidos pelos grandes poços gravitacionais ao sugar gás e poeira de uma estrela em órbita.
Estes sons representam ondas sonoras da emissão de ecos de luz, chamados de eco de raios-X, produzidas no momento em que o buraco negro devora a estrela. A conversão em ondas sonoras foi feita com ajuda de especialistas de educação e música do MIT.
Método usado para captação e conversão
Os cientistas usaram o telescópio NICER (Neutron Star Interior Composition Explorer), da NASA, para captar o momento. Este é um dos mais avançados equipamentos de raios-X de alta resolução a bordo da Estação Espacial Internacional.
O telescópio captou 26 sistemas de raios-X de buracos negros e 10 deles estavam tão próximos do telescópio que foram escolhidos para a observação, por estarem numa posição ideal para captar e discernir os ecos.
Oito dos dez sistemas não eram conhecidos anteriormente. Primeiro, o buraco negro, escuro e sem luz, endurece e provoca uma coroa de fotões de alta energia com um jato de partículas — o começo do eco de luz; depois, o poço gravitacional emite um flash de alta energia e aí o fenómeno volta para um estado “suave” de baixa energia e volta a ser negro.
Segundo referem os especialistas, o flash é o fim do processo de esparguetificação e provoca uma expansão da região de plasma de alta energia fora do buraco negro. Os cientistas transformaram então este processo de eco em ondas sonoras.
No vídeo em que há a simulação do som, o círculo branco é a localização do horizonte de eventos do buraco negro e os ecos de luz são as ondas de cores. Cada cor representa os ecos de luz, de acordo com a potência emitida pelo buraco negro. Os ecos com menor frequência são de tom mais baixo e as de maior frequência são mais agudas.
Máquina de Reverberação
Conforme refere Erin Kara, professora assistente de física no MIT, a equipa está a usar ecos de raios-X para mapear a vizinhança de um buraco negro, da mesma forma que os morcegos usam ecos sonoros para navegar pelos arredores.
Quando um morcego emite uma chamada, o som pode ricochetear num obstáculo e voltar ao morcego como um eco. O tempo que leva para o eco voltar é relativo à distância entre o morcego e o obstáculo, dando ao animal um mapa mental do seu redor.
De forma semelhante, a equipa do MIT procura mapear a vizinhança imediata de um buraco negro usando ecos de raios-X. Os ecos representam atrasos de tempo entre dois tipos de luz de raios-X: a luz emitida diretamente da coroa e a luz da coroa que reflete no disco de acreção de gás e poeira inspiradores.
O tempo em que um telescópio recebe a luz da coroa, comparado com quando recebe os ecos de raios-X, dá uma estimativa da distância entre a coroa e o disco de acreção. Observar como estes atrasos mudam pode revelar como a coroa e o disco de um buraco negro evoluem à medida que o buraco negro consome material estelar.
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Fantastico!
depois qdo falei q o som propaga no espaço, me fuzilaram falkando q falai maior besteira no mundo..
“Este som é a reprodução de ecos de luz emitidos pelos grandes poços gravitacionais ao sugar gás e poeira de uma estrela em órbita.”
Ler o artiga as vezes ajuda, e não, o som não se propaga no espaço.
E tinham razão, é a maior besteira.
Não estamos a falar de ondas sonoras, estamos a falar de radiação electromagnética que é convertida para ondas sonoras. Como por exemplo, um simples rádio não capta ondas sonoras, mas sim ondas electromagnéticas que são traduzidas para os conteúdos que ouves.
Parece que estava a ver o Alien o 8º Passageiro quando a Ripley rebenta com a Nave Nostromo
Chamando indevidamente MACROS CANAIS ENERGÉTICOS, de BURACOS NEGROS?
Assim fazem os mesmos que dizem existir, ENERGIA ESCURA.
Não se pode atribuir uma cor a ENERGIA, e sim, ao resultado da AÇÃO DA MESMA.
Para os que fazem isso, pergunto:
A cor CINZA ESCURO deixada após INTERRUPÇÃO ABRUPTA da ENERGIA ELÉTRICA num circuito, processo conhecido como “CURTO CIRCUITO”:
Seria a cor da ENERGIA ELÉTRICA?
Ou da AÇÃO DA MESMA, após abrupta interrupção?
Digo e provo, que a cor CINZA ESCURO projetada e existente em todo MACRO CÓSMO ATÔMICO que chamam erradamente de UNIVERSO MATERIAL… Resultado foi, do GRANDE CURTO CIRCUITO “BIG BANG”.
Traduzindo BIG BANG para belíssima língua portuguesa, “GRANDE EXPLOSÃO”.
Traduzindo, não percebes tanto de cosmogonia como eu percebo de tricot. Primeiro, eu nunca conheci uma cor com o nome de escuro. Segundo, o termo escuro não é relacionado de forma alguma com a sua cor, mas sim que embora tenhamos detectado os seus efeitos, ainda não sabemos ao certo o que é.
Nuno V;
Tu esquecestes o CINZA, e também de criticar os que citam indevidamente ENERGIA ESCURA.
Será que tenho que me repetir? O termo escuro tanto em matéria escura ou energia escura não é referente a qualquer tipo de propriedade desta, é sim referente ao que nós não sabemos sobre estes fenómenos. Sabemos que existem, porque observamos os seus efeitos e pouco mais.
Já agora, a título de curiosidade, que tipo de formação é que possuis na área da cosmogonia?
bom