Renault Morphoz, um SUV elétrico que estica e encolhe e consegue 700 km de autonomia
O Salão Automóvel de Genebra foi cancelado por causa do Coronavírus. Nesse sentido, algumas marcas, como a Renault, não puderam mostrar de forma habitual os seus produtos. Contudo, a marca francesa tem preparado um elétrico muito interessante, uma espécie de "transformer". O Renault Morphoz é um espetacular protótipo futurista que vai de urbano a SUV em poucos segundos.
Segundo a empresa, muitos dos aspetos e tecnologias presentes neste protótipo poderão em breve ser vistos nos carros elétricos que a marca irá lançar.
Renault traz um carro com um conceito Transformer
A Renault apresentou um interessante veículo elétrico. Apesar de ser ainda um protótipo, este carrega características que são viáveis colocar já nos automóveis. Assim, para que tenhamos uma perceção do que foi anunciado, vamos conhecer a característica fundamental do Morphoz.
O nome sugere logo algo ligado à morfologia, à forma. Na verdade, este carro tem a capacidade de se transformar, é flexível e não apenas no exterior.
No Modo Cidade o carro é um crossover urbano de 4,4 metros, mas se o seu proprietário precisar viajar, ativa o Modo Viagem e o seu tamanho estende-se, em poucos segundos, até 4,8 metros.
A coreografia é impressionante uma vez que o chassi, na área do eixo dianteiro, cresce. Conforme podemos perceber, os painéis sobrepostos na área das asas são aqueles que permitem este 'puxão' na frente.
Na traseira, o espaço de carga é aumentado, embora desta vez a posição do eixo traseiro permaneça inalterada.
O espaço interior, logicamente, também é aumentado. Temos um habitáculo mais ou menos convencional para uso diário - embora a plataforma específica para veículos elétricos em que o Renault Morphoz nasceu já tire o máximo partido das possibilidades destes automóveis.
Na verdade, ao colocar o Modo Viagem, há um ganho de espaço extra e até o banco do condutor pode girar para ficar de frente com os passageiros traseiros.
Logicamente, esta propriedade é hoje apenas um fruto da imaginação dos designers, mas no futuro, com a introdução de sistemas de condução autónomos, a liberdade do condutor será muito maior, dado que este não terá a responsabilidade permanente na condução.
Bateria extra permite passar dos 400 aos 700 km de autonomia
Por outras palavras, com o Morphoz temos um carro para todos os usos, também no aspeto funcional. Se o utilizarmos como um carro de uso diário, o crossover elétrico é alimentado por uma bateria mais pequena (40 KWh, o que nos dá autonomia para 400 km).
Contudo, se o que exigimos é um veículo para viagens longas, podemos aumentá-lo para aumentar a capacidade da bateria, uma vez que poderíamos acoplar uma bateria adicional de 50 kWh para somar um total de 90 kWh, semelhante à de um quattro Audi e-tron, por exemplo. Segundo a Renault, neste modo é possível percorrer 700 km com uma única carga.
Morphoz terá carregamento por indução e não só!
Além da novidade do carro esticar e encolher, ele também apresenta algo que já se fala há algum tempo, carregamento sem fios. Assim, o Renault Morphoz poderá carregar por indução, até mesmo em movimento. Isto, claro, se as estradas permitirem esta funcionalidade um dia.
Outros detalhes interessantes são a direção nas quatro rodas (a tração está na traseira) e a conectividade 5G, tanto no interior do automóvel como para a comunicação com o exterior.
Agora, é um facto que o Renault Morphoz é um exemplo com muita ficção científica, no entanto, a sua plataforma não é. Esta baseia-se na CMF-EV, desenvolvida pela Aliança Renault-Nissan, sobre a qual serão construídas as futuras gamas elétricas dos dois fabricantes. Esta está já a ser utilizada pela primeira vez num Renault.
Os designers franceses combinaram o conceito de flexibilidade com componentes ecológicos no interior. Um bom exemplo é a consola central que se estende através do painel de instrumentos como uma coluna vertebral.
A sua camada superior é uma folha muito fina de madeira sobre látex flexível. Se for colocado um smartphone sobre esta superfície, o carro deteta a sua presença e é capaz de combiná-lo com a inteligência artificial que rege os sistemas do Morphoz.
Inteligência artificial ao serviço do carro elétrico
As marcas estão a trazer para dentro dos seus carros a Inteligência Artificial. Assim, com o intuito de controlar determinadas rotinas, os assistentes virtuais controlam vários aspetos relacionados com a usabilidade e segurança. Também aqui este assistente tem um papel ativo.
O assistente pessoal controla a informação mostrada no imenso ecrã digital Living Screen, que é diferente se estivermos no modo Cidade. Neste modo urbano os dados irão predominar sobre a nossa agenda. Já no Modo Viagem, será a navegação que predominará.
O Renault Morphoz também possui um sistema de condução autónomo de nível 3 que permite aos seus ocupantes passarem todo o tempo a desfrutar da viagem, e os designers da Renault também confirmaram que a linguagem de design deste concept car irá marcar as linhas de uma futura família de modelos elétricos da marca.
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Este artigo tem mais de um ano
Gostei!
Mais um componente para avariar… boa!
Anda a pé, que assim não avaria nada!
Mais uns pontos de avarias…
primeiro toque de lado nunca mais fica direito
Como qualquer um, depois de um toque tem de ser arranjado.
aumenta 40 cm é isso?
Enquanto conceito é bem interessante
Excelente era os carros electricos virem de fabrica com bateiras de 40 kW, e pudermos alugar e instalar no carro de forma facil outra de 40 Kw para quando tivessemos necessidade de viagens longas.
Eu quero ver onde vão começar a enfiar toda a química das baterias daqui a 3 anos.. ou talvez até antes…
3 anos? ou até menos, grande previsão que aí fazes…
Uma bateria que já não serve para automóveis tem outras finalidades
Não tive aulas com a Maya não sou lá muito bom nas previsões.
Mas sim, daqui a 3 anos, já muitos Leaf e Zoe vão ter 5 a 7 anos, o que, dependendo da utilização estão em fim de vida para circulação.
Eu sei muito bem que outras finalidades podem ser dadas. A questão é se o vão mesmo fazer.
Se pegassem nos módulos de cada carro e vendessem a preço JUSTO para montagem de “power wall”, seria óptimo.
É uma diferença abismal os preços que se praticam por esses módulos retirados de EV nos EUA ou por cá (Europa).
Há pessoal a vender células 18650 ou 21700 usadas mais caras que novo..
É esse o problema..
https://batteryhookup.com/collections/frontpage/products/nissan-leaf-complete-battery-module-24kwh-gen-1-2011-2012
Isso é baratíssimo…
E não é pelos restantes componente para transformar numa powerwall que fica caro…
Por isso sim, se forem bem aproveitadas podem ter a sua vida prolongada e permanecerem em uso durante anos.. a questão é só se o vão fazer…
Muita coisa pode ser reciclada e não o é.
Vai ser diferente com as células de lithium? Espero que sim.
muitos leaf estão a fazer 10 anos agora.
o resto écomo tudo a reciclagem e reutilização vale o que vale, ou para onde acham que vão as toneladas dos pontos eletrão? para a asia queimar para retirar apenas os rare materials, o resto pode ser 100% reciclado que vai tudo para o lume
A capacidade das baterias mede-se em wh ou kwh, é uma medida de energia. O W ou kW é uma medida de potência.
A capacidade das baterias mede-se em wh ou kwh, é uma medida de energia. O W ou kW é uma medida de potência.
O conceito dos farois é que é bem bonito, sem duvida… agora o resto…deixa um pouco a desejar, já para não falar no encolhe ou desencolhe… não tem mt fundamento… mas…
a Nissam esta em 4 lugar….formulaE é o top dos EV,s . queremo ganhar aos Chineses.
https://www.fiaformulae.com/results/race-results/?championship=2022019
Se a Renault/Nissam souberem uzar a tek vão ser lideres (trabalhar da sempre frutos), e gostava de ter a Tesla como aliada em imfraestrotura e software IA.
E a Renault tem três títulos de Formula E, que isso tem a haver?
O que é que isto tem de impressionante mesmo?? lol
E muito menos isto “com muita ficção científica”.
Não se vê aqui nada de impressionante, mas pronto…lol
Sim, porque um carro destes que tem nível 3 de condução anda todos os dias nas estradas 😉 além de todas as novidades como o controlo gestual de muitas ações no carro, a interpretação por realidade aumentada, os recursos de inteligência artificial…
Sim, mas isso ainda impressiona? Portaram tecnologia existente para um veículo. Controlo gestual, nada de especial; realidade aumentada também não…Condução autónoma melhorada.Pelo menos a mim, não impressiona 🙂
Quando estiver na estrada toda aquela tecnologia, falamos 😉
Combinado 😉
Muito interessante, principalmente a abertura de portas e possibilidade em virar o lugar do morto para trás. O design também aparenta bom gosto mas não vejo sentido de utilidade no estica-encolhe (excepto disparar o preço), mais valiam duas versões separadas. Só a autonomia é que ainda deixa a desejar mesmo com pack extra, 3 dias para chegar a Barcelona é um pouco muito.. e vai faltar o principal, uma versão com motor a combustão nem que fosse 5L a gasolina.
3 dias para chegar a Barcelona? Realmente é muito…
Eu ajudo. Fica aqui o planeamento de uma viagem de Lisboa até Barcelona no meu carro (Tesla Model 3 LR AWD): https://abetterrouteplanner.com/?plan_uuid=7214f8f4-590e-4d17-89b2-b8e8f348fd20
Spoiler: demora 11h51 já com 1h30 de carregamentos (34 min o mais longo) e custa 60€ em energia (para mim até ficava de borla porque ainda tenho 1500km de carregamentos gratuitos).
Não tem nada que agradecer 😉
Mas o tesla tem ou vai ter muito em breve autonomia para mais de 1000km, verdade? Neste suv falam em 700. Que devem cair significativamente com a climatização, luzes e um som ambiente ligados, mesmo que conduzindo sempre de forma suave e dentro dos limites. Pela minha parte apenas e só pondero trocar para um eléctrico pós existirem tantos ou mais postos de carregamento quantos os convencionais e o tempo de carga for praticamente igual a combustão. A tecnologia de baterias lá chegará assim o permitam. Este modelo achei bem conseguido e tenho preferência por suv. Apenas teria desejo que os assentos fossem confortáveis que nem poltronas como tem actualmente apenas a gama alta e não como cadeiras de esplanada.
O meu Tesla tem 518 km de autonomia EPA (560 em WLTP). A simulação foi feita tendo em conta todos os consumos necessários, incluindo climatização. O consumo calculado é ~200Wh/km. Achar que as luzes ou o som ligado que, no máximo, significam uns 200Wh por hora, é simplesmente não ter a mínima noção do que se fala…
Os 700km deste protótipo são como os 480km EPA que foram anunciados com o protótipo do Porsche Taycan (Mission E na altura), que na realidade de produção tem apenas 321km EPA. Apresentar protótipos e dizer que fazem 30 por uma linha é fácil. Já produzir a sério é não tem sido fácil para os construtores estabelecidos.
Em autoestrada não gastas 200Wh/km. Pelo menos eu gasto 265.
E não te esqueças que vais perdendo capacidade de carga. No meu já foram 5%.
@Paulo Santos, num Model 3 LR AWD 19′ à velocidade legal? Estou a achar muito. No FDS do Carnaval subi a A8 e a A17 e, apesar do ABRP me dar ~200Wh/km até fiz cerca de 190Wh/km.
O meu não tem praticamente degradação mas o ABRP até já conta com 5%. O setting está na parte do planeamento em “Show Settings” e depois em “Show More Settings”.
Num model S LongRange de 2019. A andar 90% em AE e um pouco acima do limite. Respeitando os limites faz 225. Não baixa disso.
Errata, afinal as 11h51 não incluem as paragens para carga. Sendo assim são 13h21 no total.
Ah bem me parecia…o primeiro tempo que indicaste é mais 20 minutos do que aquele que o Google Maps indica (velocidade dentro dos limites legais).
Quanto aos custos, um bom motor a gasóleo gasta essa quantia para essa distância, a velocidade dentro dos limites legais.
Com motor de combustão interna faz-se em 9Horas sem problemas com velocidades excessivas e polícias. Em velocidades muito elevadas, em muito menos. Já fiz Porto -San Sebastian em 5 horas, com paragens curtas.
Mas menos 3 ou 4 horas não é muito relevante caso o destino final seja esse (Barcelona) e não exista pressa. Se houver outros destinos (género road trip, com muitos locais a visitar e distantes) então no final, 3/4 horas aqui, 3/4 horas acolá, já serão significativas prejudicando coisas que se podem fazer (ver pontos de interesse, descansar, etc), o que pode ser resolvido planeando bem os pontos de carregamento para fazer aproveitar bem o tempo enquanto carrega.
Os carregamentos rápidos são relativamente caros. Mais ou menos ao preço do diesel. A poupança dos EVs vem principalmente (mas não só) do carregamento em casa, que pode ficar a 1/5 do diesel.
Dá para fazer mais rápido se for acima dos limites de velocidade. Mesmo contanto com o tempo extra de carregamento. Como é óbvio, não vou aqui sugerir um trajecto que inclui infracções…
Seja nesta viagem ou noutra qualquer, não percebo qual é o problema de parar 1h30 em 1200kms. Antes pelo contrário, só vejo benefícios e quem não o faz é um perigo para o resto dos utentes da via…
Claro..Nessa distância até é perigoso circular dentro dos limites legais sem efectuar paragens.
Com a rede de postos de carregamento a aumentar, vejo que a única diferença é que tem que se planear um pouco melhor (enquanto no diesel nem se pensa nisso). E a verdade é que o pessoal acaba por fazer paragens de meia hora ou mais (lanchar, almoçar, etc).
@Wishmaster, o Autopilot ajuda bastante nestas viagens, mas é sempre bom parar para esticar as pernas, ir ao WC e, como disseste, para as refeições.
No meu caso e com quase um ano de EV, já fiz algumas viagens grandes e os carregamentos nunca foram um factor limitador. Antes pelo contrario. Já tive que tirar o carro do carregador por já ter carga mais que suficiente para chegar à próxima paragem, antes mesmo de eu estar pronto para seguir viagem.
A rede de carregamentos era e ainda é em alguma medida, deficiente e pouco confiável (a Tesla é uma excepção, mas não vamos nem seria bom obrigar todos a comprar Tesla) mas como referes, está a aumentar e sempre foi um erro pensar que isso não iria acontecer.