Maioria dos proprietários de elétricos não está satisfeita com a rede pública de carregamento
O calcanhar de Aquiles dos elétricos é a autonomia. Embora essa questão pudesse ver-se solucionada por uma vasta rede pública de carregamento, ela ainda não é tão extensa quanto desejado. Aliás, os resultados de um novo inquérito indicam que a maioria dos proprietários de carros elétricos está insatisfeita com aquela de que dispõe atualmente.
A amostra foi recolhida no Reino Unido e os resultados são um reforço daquilo que temos vindo saber.
De acordo com um inquérito conduzido pela organização britânica Which?, quase três quartos dos proprietários de automóveis elétricos, No Reino Unido, estão insatisfeitos com a rede pública de carregamento.
A organização, que se foca na necessidade de trabalhar para melhorar o número de carregadores e o funcionamento da infraestrutura, entrevistou cerca de 1500 proprietários de elétricos, por forma a recolher as opiniões sobre a sua experiência de utilização da rede pública de carregamento rápido.
Os resultados dessas entrevistas mostram que um dos principais desafios para conseguir uma expansão em massa da mobilidade elétrica é a infraestrutura necessária para dar resposta aos proprietários, com 74% dos inquiridos a revelar que não está satisfeito com a atual rede.
Além disso, 40% disse ter encontrado um carregador que não estava a funcionar, ao passo que 61% teve dificuldade em fazer pagamentos. Relativamente à distância, 45% indicou que o ponto público de carregamento mais próximo da sua casa está instalado a mais de 20 minutos a pé. O formato de pagamento foi criticado por 84% dos inquiridos, que revelaram preferir ter à disposição um sistema de pagamento com cartão bancário, ao invés de depender de aplicações ou cartões web.
A nossa investigação mostra que a infraestrutura pública de cobrança de elétricos está a ficar insuficiente, com muitos condutores a lutar para encontrar pontos de cobrança fiáveis em boas condições de funcionamento, e a ter de navegar em sistemas de pagamento confusos ou a ser incapaz de encontrar pontos de cobrança adequados perto de casa ou para viagens longas. O governo deve agir rapidamente para implementar os seus planos, para melhorar a experiência do consumidor na utilização de redes de tarifação pública, alargando os padrões de fiabilidade em toda a rede.
Lê-se na apresentação de resultados do inquérito.
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Este artigo tem mais de um ano
Nem daqui a 10 anos …
eu tenho um carro elétrico e não quero outra coisa, mas carrego sempre em casa… na rua não compensa carregar, ainda fica caro, para isso preferia ter o meu antigo carro GPL, quando faço viagens mais longas é que uso o carregar de rua, tenho dificuldades em usar a aplicação do telemóvel, com o cartão físico tem sido fácil, efetuar o carregamento, agora ainda existe muitas pessoas que deixam ficar o carro a ocupar o carregador mesmo sem estar a usar…
Das vezes que usei não tive problemas, mas não sou grande exemplo, este ano ainda só usei uma vez, no ano passado 2.
Mas do que tenho visto, a informação que as aplicações passam tem andado atualizada sobre o estado dos mesmos.
Não sei bem como funciona esta rede Inglesa.
Quando comprei o meu primeiro em 2014, sim senti que havia alguns problemas com locais onde carregar agora já nao.
Ainda este verao fui a Portugal, mais de 10 mil km percorridos durante as férias, para além de nunca ter tido problemas alguns, só carreguei uma vez fora do network da Tesla e o custo total da viagem (transporte claro), foram cerca de 40Euros.
eu só tive problemas para ativar carregadores powerdot pela aplicação da miio, mas com o cartão físico nunca tive
10mil Km =40€? Na rede Tesla? sim, sim claro, Deve ter sido.
Existem teslas com carregamento gratuito para a vida, portanto os 40€ foi nos carregamentos fora.
Não se percebe como este governo socialista dá o monopólio á mobie. Se houvesse concorrência isto não estaria assim
Calma rapaz, isto é no Reino Unido, por cá pode não estar muito diferente, mas….
Castelo Branco tem 8 superchargers da Tesla prontos a usar a quase 2 anos e estão interditos
Burocracia do costume.
Se facilitassem a iniciativa privada havia muitos mais.
https://www.uve.pt/page/processo-instalacao-pcve-portugal/
Depende do país do Reino Unido.
Não confunda a rede com os operadores. Uma coisa é a rede Multibanco. Outra, são os bancos que emitem os cartões e cobram taxas e anuidades pela utilização de cartões.
A Mobi.e é a rede, à semelhança da rede Multibanco. Mas, depois, tem vários Comercializadores de Eletricidade para a Mobilidade Elétrica (CEME) — cada um com os seus preços e em concorrência entre si — que estão ligados à rede Mobi.e.
A ideia, aqui, é evitar ter três postos de carregamento, um ao lado do outro, e cada um com a sua marca e você não poder utilizar nenhum dos 3 porque não é cliente!
A mobi.e apenas faz a gestão e unificação de todos os postos. Graças a neste País existir esta solução, podemos carregar o nosso veículo sem nos preocuparmos em ter um cartão de cada operador – galp, edp, prio, etc.
Lá por fora elogia-se o funcionamento em Portugal.
Mas é típico os portugueses falarem mal só porque sim. Só porque não gostam do governo. Só porque não percebem nada do assunto mas dão opinião, etc.
Teno veiculo elétrico desde 2018, o meu veículo já tem cerca de 150.000. Carrego maioritáriamente em casa, mas para viagens carrego nos postos rápidos, e ainda bem que existe a Mobi.e
Nem mais, até porque este estudo nem se refere a Portugal. :D:D
@Antonio Ramos, bem verdade.
Verdade também que pode ter um cartão de cada operador para ter melhores preços, mas aí já é critério de cada um 🙂
eu carrego sempre em casa, quando vou visitar a família ao Algarve é que preciso carregar 15 a 30 minutos para ter a certeza que chego a casa dos meus pais, normalmente é em Grândola são powerdot, gostava de fazer um cartão deles para ver a diferença de preço, mas para quem carrega quase sempre nos mesmos postos pode fazer o cartão do comercializa-dor desses postos e ter o miio para segurança
O pagamento nos postos de carregamento elétrico devia ser como num posto de abastecimento normal, e não andar para a frente e para trás com cartões apps, contratos de fidelização, etc… Os meus pais têm muita dificuldade em usar estas apps no telem para carregar o carro num posto público (quando é mesmo necessário). Foi em parte a questão dos carregamentos que os levou a ir para um tesla.
Porque não usam cartões físicos ?
Exacto, o pagamento deveria ser similar ao de uma bomba de gasolina.
Alias o comentário do artigo reflecte exactamente esse desejo por parte dos utilizadores (“…O formato de pagamento foi criticado por 84% dos inquiridos, que revelaram preferir ter à disposição um sistema de pagamento com cartão bancário, ao invés de depender de aplicações ou cartões web.”)
Para não porem um terminal de pagamento em cada carregador porque não colocar um por local de carregamento (que tem normalmente vários terminais)?
Aqui em Munique deixo sempre o meu tesla na rua a carregar porque não tenho garagem, sempre impec. No trabalho também ponho a carregar, vou para italia de carro e ha sitio para carregar e, todo o llado. Portugal como sempre fica atras, mas também num pais de ignorantes de salario minimo não e preciso mais.
Alguns ignorantes já não moram cá. Foram para Munique….
Burn!!
Não diria melhor caro Art.
TOP!!! 😀
Se lesse a notícia, via que refere-se ao Reino Unido e não a Portugal. Felizmente em Portugal a área dos carregamentos elétricos até funciona positivamente. É verdade que alguns postos estão avariados, ou sem funcionar, mas são uma minoria. É verdade que às vezes chagamos e não podemos carregar porque alguns senhores deixam os seus veículos mesmo já carregados ou sem os colocar a carregar, mas isso é a falta da civismo (e esta é transversal a todos os países).
Por isso, pode comentar nos artigos aí em Munique, em vez de vir falar mal das nossas condições, muitas vezes sem conhecimento.
Em Portugal também tens postos de carregamento e nao há grandes problemas com isso.
Até 2016/2017 sim, havia alguma dificuldade em encontrar onde carregar, nos dias que correm nao.
Quando se abastece um carro a combustível fóssil com pagamento automático, basta inserir o cartão de debito/crédito, abastece-se e pronto. Porque que é que nos carregamentos eléctricos há tanta complicação com APPs, contratos com os diversos fornecedores e mais não sei quê? Não seria muito mais útil e prático o mesmo procedimento através dos cartões bancários independentemente do fornecedor?
Quando se carrega nos elétricos é só encostar o cartão e pronto.
Existe, é além do cartão físico, a possibilidade de usar uma app – pode ser uma genérica, a Miio, por exemplo, ou a de algum operador (Continente, EDP, etc)
Por isso é igualmente simples o carregamento como é o abastecimento.
Não fique só pelo que lê Kito.
Muitos dos comentários que lê são de pessoas sem conhecimento de causa, ou que comentam só porque sim, ou porque “têm um amigo de um amigo que…”
Realmente tem razão, no que toca aos VEs e Covid anda muito palpiteiro por cá…
É começar a bloquear este tipo de assunto para que as vítimas não fiquem incomodadas…
Claro que sim.
Mas, aqui os Comercializadores de Electricidade resolveram complicar só porque todos querem mamar à grande!
@Eu… não é mamar, a eletricidade tem de ser comprada a alguém…
O problema em Portugal até nem é os vários cartões e APP dos CEME (a meu ver) pois se há pessoas de idade que sabem por likes e bonequinhos em Facebook e Instagram, também, também podem usar as app e cartões do CEME, o grave problema é mesmo não saber quanto se vai pagar por aquele carregamento.
Pois na app/posto informa que o carregador é de 120kWh o meu carro carrega a 100kWh ou seja tento a bateria 45kWh deveria do 0 aos 100% carregar em menos de meia hora mesmo o carro reduzindo a velocidade de carga apartir dos 90% nunca deveria demorar mais de digamos 35 minutos, mas dando um exemplo prático que me aconteceu num posto operado pela EDP, na A2 junto ao Seixal onde o posto era de 160kWh demorei 25 minutos para colocar 56% da bateria, onde o posto operou a pouco mais de 70kWh, isso não seria grave se o posto não cobrasse além da energia (como é lógico) um valor de ativação, um valor ao minuto, e mais um valor por cada kWh colocado ou seja quanto mais lento for o posto, mais o OPC ganha com isso.
Se houvesse legislação em que se o posto é de 100kWh e o carro carrega a 100kWh e isso não fosse cumprido o cliente não pagaria a parte OPC, seria muito mais justo para o cliente pois os OPC ganham muito mantendo os postos a velocidades mais baixas mesmo anunciando que são super rápidos.
Outra questão é ficar logo disponível na plataforma do CEME o valor daquele carregamento, pois um outro exemplo ainda estou a espera, e já passou mais de 2 semanas que a Galp me informe de quanto foi o meu carregamento no posto do Lidl em São Tiago do Cacem.
Como se disse aqui o problema nem é a rede apesar de ter de se expandir mais o problema são os vários intervenientes nela que fazem o que querem.
Então mas isso é quase impossível, porque vai depender da carga do carro. Quando o carro chega aos 80% de carga, a potência de carregamento diminui drásticamente por razões obvias.
Claro mas de por exemplo 29% até esses 80% deveria de ir a velocidade máxima que no meu carro em DC é de 100kWh, mas os posto que tenho utilizado não, os de mais de 100 faz média de 70 kWh, e os de 50, faz média de 30 kWh, ora se eu não pagasse o OPC ao minuto estava-me a borrifar, mas pagando ao minuto e nesses postos serem caríssimos isso conta muito para o preço final.
Eu sou apologista de os OPC terem um valor fixo (a dita ativação) consoante a potência, e uma vez carregado se o cliente não desligasse o carro após 30 minutos começava a pagar um valor que iria aumentado em % conforme o tempo ligado
As unidades estão erradas, potência KW, energia KWh.
Que carro é o seu ?
Opel Mokka-e bateria de 50 kW, mas 45 úteis. Carrega a 7,4 em AC, e 100 em DC.
Independentemente das unidades poderem estar erradas, é uma verdade os postos nunca cumprem o prometido em termos de potência entregue.
@Jose, por vezes depende da bateria não estar à temperatura ideal. Entre outros fatores… por vezes também por problemas nos carregadores.
@ Lelo, por vezes é o que eles informam, pois acontece sempre, e a “quase” toda a gente, basta ver os comentários na app MIIO.
Ou seja o problema não será com quase 100% de certeza que não será problemas de temperatura da bateria, mas sim problemas dos postos de carregamento.
Coisa que os OPC não querem saber nem lhe interessa corrigir, pois assim ganham muito mais dinheiro. Se o valor pago ao OPC fosse um valor fixo ao invés de um valor ao minuto isso seria pouco relevante e até protegia a bateria, mas chegar a um postos com a prespectiva de carregar digamos 50% de bateria em 15 minutos e depois demorar 25, pagando esses 10 minutos a preço de ouro, isso é eticamente errado.
Daí eu dizer que a componente OPC deveria ser um fixo dependendo da potência tornando o valor dos carregamentos mais justos e homogéneos.
Voltando as questão das baterias, a diferença entre os OPC e as WallBox caseiras não deveria ser a mesma? É que carregando em casa a velocidade de 7,4 demora sempre o mesmo tempo, mas carregando ao mesmo 7,4 no OPC além de demorar mais tempo (coisa que agrada ao OPC) analisando a linha de carga a mesma flutua bastante entre os 7 e os 3,4 ou seja é por aí que demora muito mais tempo, ganhando o OPC muito mais dinheiro com isso.
Concordo que o tempo não faz muito sentido, faz apenas sentido para tempo de inatividade, ou seja, o carro acaba de carregar e fica a impedir o carregamento de outro, o dono recebe uma notificação e como tal deve tirar o carro, tal como diz.
Vamos lutar para que seja assim. Pelo que li já andam a propor esse modelo. Porque se querem rentabilizar os carregadores, têm de fazer por isso.
Um carregamento que fiz no posto da EDP localizado na área de serviço da BP na A2 sentido Lisboa Algarve, o posto indicava ser de 160 kW, o meu carro carrega a 100 em DC deveria colocar 60% da bateria (20%-80%) ou seja cerca de 27kW em cerca de 15 minutos, mas demorou 25 minutos para colocar 24kW, além de pagar a energia, o posto cobra, ativação + valor ao minuto + valor por kW carregado ou seja um roubo descarado permitido por ausência de legislação.
Há por aí umas ANACOM a imporem coberturas mínimas, e preços mínimos aos operadores, mas não vejo uma ERSE, ou uma MOBI.E a fazer o mesmo aos CEME, ou OPC sendo estes privados (a única empresa pública é a gestora da rede a mobi.e) fazem o que querem e quem se lixa é o cliente final.
Do que estive a ver em alguns vídeos, o Opel mokka-e que tem a mesma bateria do e-208, entre outras, com o sw mais antigo só carrega até aos 100kw até aos 20%, depois passa para 70 a 90 kw, e nos 50% já vai pelos 50 kw.
Depois fizeram uma atualização em que nesses a 50% ainda se aguenta nos 80 kw.
É uma grande diferença, agora qual o sw que o seu tem, não sei. Mas parece ser a versão mais antiga.
Hoje carreguei de forma gratuita em Espanha – Badajoz – 30,7kWh em 56 minutos segundo a informação de bordo do Mokka-e até aos 88% carregava a “250km/h após os 88% passou a 134km/h” ou seja teve uma média de praticamente 30kWh, mas tento em conta que quando está ligado ao meu carregador lá de casa carrega a 42 km/h estando nos 7kWh ora os 252km/h da cerca de 42kWh sendo o posto anunciado de 50kWh nada mal, os últimos 12% carrega a 22kWh.
Mas o melhor de tudo é que o posto é gratuito se carregasse em Portugal num posto tipo o Lidl que tem postos a 50kWh custava entre 14€ e os 23€, dependendo do CEME.
Estando a 44km de distância não compensa ir de propósito carregar como fazia com o gasóleo, mas como vamos lá às compras (visto muitas coisas serem mais baratas) e haver coisas que do lado de Portugal estão a no mínimo 180km sempre que lá for vou carregar de certeza.
https://photos.app.goo.gl/LZdR7NugcB8QNRch6
Algo que eles já não saibam ?! …
Algo que eles já não saibam ?! …
Por aqui, o maior problema é continuarem a instalar carregadores AC até 22kwh em vez de PCRs…
Esses até não são mau de todo se funcionarem sempre a 22kWh, agora imagina no aeroporto de Lisboa haver 6 carregadores de 3,4kWh, mas que na realidade debitam menos de 1kWh, ou seja que espera carregar o carro enquanto espera um passageiro, fica quase igual a como chegou, mas só em OPC paga mais que a energia e o estacionamento, e olhem que o estacionamento no aeroporto é um roubo.
Sim. Esses de 3,4kwh foram um desperdício de €.
Mas, com o aumento de EVs, os de 22khw também se vão tornar inúteis.
Porque não permitem a rapidez e rotatividade de carregamento.
Porque, infelizmente, ainda são poucos os modelos que permitem essa velocidade em AC.
Novas instalações deveriam ser, no mínimo, de 50kwh DC.
Com exceção a hipermercados em que quem usa já vai com tempo…
Mas os de 22 ou mesmo 11 kWh instalados em zonas residenciais sem garagem, ou preto de escritórios e/ou empresas sempre era bom pois os trabalhadores deixavam o carro a carregar enquanto dormiam ou trabalhavam conforme o caso, o meu carro é de 7,4kWh e leva cerca de 5h a carregar dos 20 aos 100% ou seja seria um dia de trabalho ou uma noite de sono, os rápidos esses sim perto de restaurantes, ou zonas de lazer pois esta-se menos tempo nesses sítios.
Outra coisa que reparei este verão (tenho o carro desde abril) não há postos de carregamento junto as praias de Portugal, ou pelo menos as que frequentei, estranho, pois normalmente passa-se lá o dia e uns quantos as 11/22 kWh dava para carregar o carro para o regresso a casa.