França quer oferecer carros elétricos a 100 euros por mês. Mas… há um problema
Foi há quase um ano, mais concretamente nos últimos dias de agosto de 2022, que a França anunciou um plano ambicioso para aproximar o carro elétrico das famílias mais modestas: um leasing de 100 euros. Uma mensalidade para "uma oferta acessível de veículos elétricos. Contudo, um ano passou e Emmanuel Macron não consegue pôr o seu plano em marcha. Isto porque... simplesmente existe um problema enorme no mercado!
Um ano depois, o programa continua parado
A França adotou o plano de levar o carro elétrico aos seu cidadãos como uma questão Estado. O país procura insistentemente uma forma de incentivar a Tesla a instalar a sua próxima gigafábrica no país (que anteriormente tinha sido contemplada para Espanha).
A ideia, contudo, tem sido amplamente criticada por vários construtores franceses, como a Stellantis. Aliás, há uma espécie de braço de ferro, pois o governo de Macron também não concorda com algumas políticas referente à produção fora de fronteiras. Assim como tem sido muito crítico relativamente aos incentivos fiscais dados pela UE para aquisição de veículos elétricos de fabrico chinês.
A imprensa francesa deixou, contudo, claro que o plano de Macron simplesmente não tinha pernas para andar, pois não existem carros elétricos que satisfaçam todos os requisitos exigidos pelo governo francês. Portanto, o projeto é uma quimera.
Carro elétrico, barato e Europa: três palavras que não combinam
Recentemente, o português Carlos Tavares, diretor executivo da Stellantis, afirmou que não estamos preparados para produzir os veículos de massa que compramos no Ocidente. O diretor-geral da Stellantis considera que estes se tornariam tão caros que, apesar de criarem emprego, a inflação aumentaria. Segundo ele, é necessário produzir em países menos desenvolvidos.
O problema para a França é que luta há muito tempo para que isso não aconteça e para que os fabricantes permaneçam, pelo menos, em solo europeu. Apesar de terem a Alemanha à sua frente, acreditam que os carros chineses não competem nas mesmas condições que os carros europeus, o que lhes dá uma vantagem que lhes permite reduzir drasticamente os preços.
Um bom exemplo é o MG4 Electric, que já tem uma versão abaixo dos 20.000 euros. A França reitera que estes carros são produzidos por uma mão de obra muito mais barata e não estão sujeitos a todas as regulamentações ambientais exigidas na Europa. É algo que a própria UE já está a legislar.
Por esta razão, a França está determinada a aplicar algumas restrições a estas empresas nos seus próximos subsídios para a compra de carros elétricos. Na ausência de todos os pormenores, os franceses planeiam retirar desta opção os veículos que excedam um máximo de emissões de CO2 durante a sua produção e distribuição, o que, na prática, é uma medida para eliminar todos os carros chineses dos subsídios.
A missão é excluir os veículos elétricos chineses ou fabricados na China?
A verdade é que esta medida traz também os seus danos colaterais. Os veículos europeus ou americanos fabricados na China, como o Tesla Model Y, que não vêm de Berlim, ou os modelos da Volkswagen, entre outros, também seriam excluídos da oferta de compra de um carro elétrico com estes subsídios.
E com estes requisitos, o problema é encontrar candidatos que se enquadrem no plano "carro elétrico por 100 euros por mês", como prometeu Emmanuel Macron. Em março, ainda não se falava de um preço máximo para os veículos elegíveis. Agora, parece que os veículos selecionados terão de ter um modelo de base inferior a 25.000 euros.
De acordo com a imprensa francesa Capital, o governo já escolheu o novo Citroën ë-C3 e o Renault Twingo E-Tech para serem elegíveis. E é tudo. O Renault 5, candidato a fazer parte deste alinhamento, ainda não tem preço. Os outros candidatos não satisfazem as exigências que devem ser impostas aos veículos com um orçamento mais elevado.
Tal como acontece com os subsídios à compra, o Governo francês quer oferecer esta ajuda às famílias modestas apenas com modelos fabricados na Europa. O problema é que o seu preço é demasiado elevado e os outros candidatos, como o Dacia Spring ou o MG4 Electric, são fabricados fora da União Europeia, o que provocaria uma grande contradição nas medidas a tomar.
E os construtores parecem decididos a produzir fora das fronteiras da União Europeia. Para além das palavras de Carlos Tavares, os Estados Unidos estão a tornar-se um paraíso para alguns fabricantes, que querem aproveitar o plano de incentivos promovido por Joe Biden para atrair a produção de veículos elétricos. Ao mesmo tempo, fabricantes como a Tesla, a Volkswagen e a BYD já estão a olhar para a Índia para produzir os seus modelos mais acessíveis, a fim de poupar custos. Menos oferta para o plano francês.
Sugestão para o seu computador
Este artigo tem mais de um ano
“Um bom exemplo é o MG4 Electric, que já tem uma versão abaixo dos 20.000 euros”
onde?
nos mercados em segunda mão com muitos Km
Em França custa 23k novo. Mal saia do stand já vale menos de 20k
Lógica da batata.
É isto que querem. É fazer um na Renault. https://en.wikipedia.org/wiki/Nissan_Sakura
“Menos de 20.000€” =’)
https://www.mgmotor.eu/pt-PT/model/mg4
Se lessem o texto. Pelo menos isso.
Pois, também gostava de saber…
Só para informar:
O MG4 Eletric custa 32.990
https://www.mgmotor.eu/pt-PT/model/mg4
Em Portugal é mais caro. O artigo fama da França e dos VE que recebem incentivos fiscais.
Errado.
Custa 22.900€
https://www.mgmotor.fr/model/mg4
Em França custa 30000€
So circula na cidade quem tem eletrico e o resto que ande de transportes. Ja chega de aturar o pivete a gasolina. Quem andar com carro de combustao e furar pneus ou atirar uma pedrinha a janela
E já agora tirar o sarampo ao Jose maria, para não contagiar ninguém
Bora viver para a Guarda campeão? Mas dou-te o seguinte cenário, sai do trabalho em Janeiro a meia noite e mora na periferia da cidade. Queria ver se tinhas esse discurso de menino privilegiado de grande cidade
Tb ng tem que levar com as partículas cancerígenas emanadas pelos pneus do teu elektro obeso. Põe-te mas é na toca.
Então mostre lá provas disso ?
Não sabes outra, santa paciência!
Por não saber é que pergunto.
“cancro do pulmão”
https ://www.razaoautomovel.com/noticias/pneus-emissao-de-particulas/
Bem me parecia que não tinha lido:
“ É mais que conhecido o quão prejudicial são as emissões de partículas para a saúde humana (asma, cancro do pulmão, problemas cardiovasculares, morte prematura), contra as quais temos vistos o endurecimento justificado das normas de emissões — consequentemente, hoje em dia a larga maioria dos automóveis em comercialização vêm com filtros de partículas.”
Claro que li. Parece é que vc volta e meia tem uns apagões cognitivos lool
Parece que não leu, ou então não soube interpretar.
O que falta interpretar?
Que as partículas emanadas pelos pneus são 1000x’s superiores ás emanadas pelos motores a combustão?
Que as emissões dos pneus não estão sujeitas a restrições, ao contrario das dos motores a combustão?
Que potencialmente provocam 1000x’s mais CANCRO que os motores a combustão?
O que quer interpretar aqui?
Eu vou deixar outra vez o texto, parece que você teima em não ler:
“ É mais que conhecido o quão prejudicial são as emissões de partículas para a saúde humana (asma, cancro do pulmão, problemas cardiovasculares, morte prematura), contra as quais temos vistos o endurecimento justificado das normas de emissões — consequentemente, hoje em dia a larga maioria dos automóveis em comercialização vêm com filtros de partículas.”
Não parece evidente que as partículas que são cancerizes são as emitidas pelos escapes ? Até porque as outras não têm a mesma composição, são sim más para os peixes, está lá tudo escrito, lamento não ler.
Não diz isso em lado nenhum, você é que está a sensacionalizar.
Novamente…deixe de misturar alhos com bugalhos.
O artigo versa sobre partículas emanadas pelos pneus. Nada a ver com partículas emanadas pelo escape.
A alusão a estas foi apenas para comparar quantidade de emissões (1000x’s superiores nos pneus) e comparar diferenças de exigências pelos legisladores. (filtros e outras restrições para uns, à lagardere para outros)
Você é que está a misturar alhos com bugalhos, cada tipo de partícula está explicada e você mistura só para lhe convir.
Exacto. Não tem nada a ver, não entendo porque então foi dizer que as dos pneus são cancerisnes quando não diz isso em lado nenhum, mas como vimos antes, as suas interpretações são sempre aquelas que dão mais jeito para o sensacionalismo.
Aqui tem partículas mais toxidas a causar mortes, as dos travões, e aí lamento, a culpa vai para os a combustão que não conseguem a aproveitar o movimento para produzir combustível.
https://www.euractiv.com/section/electric-cars/news/toxic-particles-from-brakes-to-be-included-in-euro-7-emission-rules/
Novamente…o assunto são pneus!!!
As partículas dos pneus contêm substâncias cancerígenas, como hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs), que são libertados quando os pneus se desgastam ou são queimados. A exposição crónica a estas substâncias aumenta o risco de desenvolver certos tipos de cancro, como o cancro do pulmão e o cancro da pele.
Se quiser discutir discos de travão é melhor fazê-lo noutro local.
Não diz isso em lado nenhum, é você é que está a dizer, ou seja, a inventar, como já é costume.
É melhor fazer noutro local ? porque não convém num tema onde se discute o que França quer para o seu povo ? LOOOL
Não diz em lado nenhum???!!!
Fdx
Diz e em letras bem gordas é o título. Ora vá lá ver, ou então isso é mais grave do que eu pensava. Vá ao medico com urgência.
“Pneus emitem 1000 vezes mais partículas que os gases de escape”
Isso diz, agora não diz que são cancerisnes, até explica a diferença delas e as que são , quer que explique onde eles referem as diferenças ?
Ainda não vi uma resposta para esta pergunta: Num EV, qual a bateria que dura mais anos ou kms, para uma utilização diária de 70km? Aquela que tem uma autonomia para 100km e é carregada todos os dias ou uma com autonomia de 500km e é carregada uma vez por semana?
Era para responder, mas depois pensei, espera, o suprasumojl dos carros com acumuladores de energia tambem deve saber a resposta correta. Vamos ver se ele se pronuncia.
Obrigado, já começo a ser importante. LOOL
A bateria tem degradação em anos e em kms, em anos ainda não se sabe ao certo, nas novas químicas este fator é muito baixo, sendo inferior a 1% ao ano , em kms depende da marca (tipo de bateria, tipo de gestão de temperatura) e tipo de utilização.
Na sua pergunta a que dura mais é aquela que é menos usada na sua capacidade total, ou seja, que faz menos ciclos de carga/descarga, uma bateria de 500 kms de autonomia faz um ciclo uma vez por semana, de notar que um ciclo não é uma carga, mas sim quando se completa 100% de carga, ou seja, 2 cargas de 50% de capacidade é um ciclo. Não existe um numero certo para os ciclos, até porque depende da profundidade dos ciclos que faz( DOD).
Conclusão: uma bateria de 500 kms usada para fazer 100 kms por dia, dura muito mais que uma que dura 1xx kms e faz 100 kms por dia, mas o carro também é mais caro e a bateria também, há que escolher aquilo que se vai usar, na minha opinião.
Excelente explicação top
Um bocado extenso na explicação, mas sim está tudo correto.
Afinal sabes umas coisitas, mas não fiques com o peito inchado porque ainda não sabes tudo, nem eu com as minhas 58 primaveras que estou no ramo dos eletrões há 42.
Obrigado, nunca se sabe tudo, o mundo está em constante mudança/evolução.