BYD diz que a condução autónoma é mais valiosa para as fábricas do que para os carros
Muitas empresas de veículos elétricos, como a Tesla, estão a trabalhar no self-driving, característica que estão a utilizar para atrair compradores - com vista a uma condução totalmente autónoma. Mas a BYD, de longe o maior vendedor de VE na China, tem tido uma visão diferente.
De acordo com a BYD, empresa chinesa de baterias e carros elétricos, a condução totalmente autónoma é "basicamente impossível" e a tecnologia seria melhor aplicada ao fabrico.
Pensamos que a tecnologia de self-driving totalmente independente dos humanos está muito, muito longe, e é basicamente impossível.
Disse Li Yunfei, porta-voz da BYD.
Quando pensamos em self-driving de todos os aspetos, das necessidades de segurança psicológica humana, da ética, da regulação, da tecnologia - incluindo a aplicação nesta indústria - ainda não descobrimos a lógica e pensamos que é provavelmente uma proposta falsa.
Pode haver muitas indústrias e empresas que invistam muito dinheiro nesta tecnologia, e depois de investirem durante muitos anos isso provará que não leva a lado nenhum.
Disse Li aos repórteres na exposição automóvel de Xangai, na terça-feira.
A condução autónoma ainda é considerada perigosa pela BYD
Startups e empresas de tecnologia têm trabalhado durante anos na China para desenvolver a tecnologia de self-driving completa. Algumas empresas conseguiram a aprovação das autoridades locais de Pequim, Xangai e outras cidades para operar táxis autónomos.
Para carros pessoais, ainda não é permitida a circulação de veículos totalmente "auto-conduzidos" nas estradas públicas chinesas. Li, da BYD, disse ainda que cerca de 2 milhões de pessoas morrem em acidentes de viação todos os anos, e num cenário de full self-driving seria difícil identificar de quem seria a culpa.
Desenvolvedores de tecnologia de condução assistida dizem que as suas características - tais como a travagem suave ao detetar um obstáculo na estrada - podem ajudar a tornar a condução mais segura.
O self-driving é mais valioso para as fábricas do que para os carros
Apesar da crescente utilização de tecnologia nas fábricas de automóveis, Li disse que a montagem final ainda depende de trabalhadores humanos. Ele disse que, na China, cada trabalhador de fábrica custa cerca de 150.000 yuan por ano (19.600 euros/ano) ao considerar os salários mensais e benefícios tais como um dormitório no local que a empresa tem de construir.
Ao longo de cinco anos, isso é um custo de 600.000 yuan (78.400 euros) a 700.000 yuan (91.500 euros). Desde que a empresa possa comprar tecnologia automatizada pelo mesmo preço, o seu valor é muito superior ao de ser utilizado num carro, disse Li, acrescentando que uma máquina não precisa de comer ou dormir.
No entanto, ainda não é claro quanto investimento e investigação tecnológica é necessária para criar robôs que possam realizar as tarefas de soldadura e outras tarefas de montagem final.
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”No entanto, ainda não é claro quanto investimento e investigação tecnológica é necessária para criar robôs que possam realizar as tarefas de soldadura (…)”
Meu amigo, vives debaixo de uma pedra? Já se usa robôs para fazer soldadura desde os anos 80.
O responsável da BYD fala na montagem final e nessa, é onde não entram os robôs de soldadura (e por isso ainda é exigida muita mão humana). Lê bem o texto “No entanto, ainda não é claro quanto investimento e investigação tecnológica é necessária para criar robôs que possam realizar as tarefas de soldadura e outras tarefas de montagem final.
Mas, dado que o uso de robôs para soldar já é um problema praticamente resolvido, que minhoquices precisam eles de fazer nas fases finais que requeira soldadura? Spot welding nas baterias? Duvido que não. Só se for spot welding dos painéis (body panels) ou de outras coisas pequenas à carroçaria do carro.
Eu falei de soldadura porque é das mais “fáceis” de automatizar, ao contrário de, por exemplo, a instalação do arnês eléctrico que requer alguma delicadeza para não danificar os cabos.
Deve ser algo preponderante, para ter um peso nos custos…
O “tal” problema de ler um artigo…e não entender o que está escrito. Eu aprendi na escola que ler não é suficiente porque também temos de apreender…mas isso era quando as escolas serviam para instruir. A educação ficava a cargo dos pais…hoje exigem que os chamados professores instruam e eduquem porque (na maioria) os pais não tem tempo para isso! E uma das funções tem de ficar para trás…
A mandar bitaites desses davas mais jeito para afugentar pássaros no meio do milho.