UE pressiona Google, Apple e Microsoft face ao aumento das fraudes financeiras
A Comissão Europeia ataca as fraudes financeiras online e tem como alvo em particular a Apple, Google, Microsoft e Booking. A UE estima que este flagelo custa mais de 4 mil milhões de euros por ano aos europeus.
No âmbito da aplicação do Digital Markets Act, os reguladores europeus exigiram formalmente informações detalhadas a estas quatro empresas, com potenciais coimas que podem atingir 6% do volume de negócios mundial.
Apple, Google, Microsoft e Booking na mira da UE
A investigação incidirá nomeadamente sobre os processos de verificação implementados nas lojas de aplicações da Apple e da Google. Os reguladores europeus questionam a forma como aplicações bancárias falsas conseguem contornar as defesas de segurança e recolher dados financeiros dos utilizadores.
Estas aplicações fraudulentas imitam frequentemente instituições financeiras legítimas para roubar credenciais e fundos das vítimas.
Para além das aplicações, as duas empresas terão também de mostrar como gerem os resultados de pesquisa que redirecionam os utilizadores para sites fraudulentos concebidos para se fazerem passar por serviços de confiança.
Além da Apple e da Google, a Microsoft terá igualmente de dar explicações relativamente à sua Windows Store.

O Relatório da Tietoevry Banking refere que na Europa, as tentativas de fraude em pagamentos digitais aumentaram 43% em 2024 relativamente a 2023. As fraudes por engenharia social subiram 156%. O phishing aumentou 77%. Com isso, a taxa de fraude detetada passou para cerca de 5,57 casos por 100.000 transações em 2024.
Os europeus perdem 4 mil milhões de euros por ano
A Booking é a única empresa europeia visada por esta investigação. Logicamente, isto diz respeito aos falsos anúncios de alojamento publicados na sua plataforma para arrendamentos inexistentes, bem como aos mecanismos desenvolvidos internamente para os detetar.
Henna Virkkunen, vice-presidente da Comissão Europeia, é responsável pela soberania tecnológica, segurança, democracia e tecnologias digitais na União. Ela sublinha a crescente força das atividades criminosas online, alimentadas pela inteligência artificial que torna as burlas mais sofisticadas e difíceis de detetar.
Aliás, os reguladores financeiros dos Estados-membros da UE assinalam um aumento significativo das queixas por fraude digital, que visam particularmente os utilizadores idosos e os menos familiarizados com as práticas de segurança digital.
Temos de garantir que as plataformas online envidem realmente todos os esforços para detetar e prevenir este tipo de conteúdo ilegal.
Referiu Henna Virkkunen.
Bruxelas está também a analisar se as empresas chinesas Temu e Shein cumprem o DSA (Regulamento dos Serviços Digitais) no que diz respeito ao tratamento de produtos ilegais nos seus marketplaces.




















Porque é que não há empresas europeias neste lote?
“A Booking é a única empresa europeia visada por esta investigação”…
touché
A ver se entendo.
Primeiro a UE quer que as marcas “abram” mais os sistemas para bem dos utilizadores (estupidez enorme). Agora que há problemas de segurança, o problema já é das marcas? Não devia ser a própria UE a arcar com as consequências?
O problema é que é muito simples, fazer download de uma app bancária, modificar e despejar, numa loja, com uma autorização de publicidade. Depois é questão de pagar 6000000 milhões de comentários, em redes sociais, por perfis falsos, disfarçados, a passar, o link, para aquela app, dizendo ser do banco.
A surpresa é que a App é mesmo aceite, pelo próprio banco. O utilizador vai aceder à sua conta e realizar operações, verdadeiras. É daí que o hacker, obtém dados, para singrar, a conta, pelas 23horas locais, dando tempo para comprar criptomoedas, sem que a pessoa dê por isso. De manhã, tem a conta vazia. Reclama e o banco mostra, os logs, em como foi a pessoa a dar as autorizações.
Ainda pior que os E-sim são 5000000000% mais inseguros que os SIM cards. É que, até é simples, modificar os identificadores, para cada E-sim funcionar com 10 milhões (limite máximo) de ID´s. Um telemóvel pode ter acesso a 10 milhões, de números, de qualquer parte, do planeta, de forma simples. A única obrigação, é obter os dados do E-sim registado, na operadora. Algo que é conseguido em qualquer rede social ou com uma app (como a META revelou, que acontecia, com o Whatsapp).
Entendeste corretamente. Mas o problema já existia antes de “abrir” mais os sistemas para bem dos utilizadores. As lojas de aplicações estão minadas deste tipo de ferramentas desde sempre.
Entendo. Mas aquilo que era mais comum apenas num SO, passou agora a ser mais comum noutro SO, depois do mesmo ter sido obrigado pela UE a ser mais “aberto”.
E agora, a UE está a arranjar mais uma maneira de ir buscar mais uns milhões de euros valentes sem fazer rigorosamente nada por isso.
Paga-se bem para ter uma app nas app store ou na play store, acho muito bem que sejam responsabilizadas. Existe um processo de validação das apps. E as lojas de apps são enormes lamaçais de aplicações manhosas. Não é preciso procurar muito. Não podem as apps lavar as mãos de contentes quando estão a receber a massa e estão a usar os sistemas de pagamento deles. Agora não vamos responsabilizar os supermercados pela qualidade e segurança dos produtos? Quem vende tem a responsabilidade de saber o que vende.
Quem nos garante que, no caso do iOS, estas apps bancárias falsas não foram carregadas por sideloading depois da UE ter obrigado a Apple a usar esta possibilidade ?
Quando é que o Pplware e gostava de saber quando, é que o pplware vai fazer um post acerca do Euro Digital a nova lei. E fazer uma poll para saber as opiniões… ninguém fala neste assunto mais a fundo?
Seria excelente