Intel debaixo de fogo depois de ter vendido chips “Meteor Lake” à Huawei
Os legisladores dos EUA estão a atacar a Intel depois de a gigante americana ter vendido tecnologia de ponta, os chips "Meteor Lake", à Huawei. Esta dúvida das autoridades americanas é mais complexa porque a Intel recebeu autorização para vender microprocessadores para computadores portáteis à Huawei a partir de 2020. Então o que estará a "incomodar" os americanos?
Intel Core Ultra 9 é o núcleo do problema
Na quinta-feira da semana passada, a Huawei apresentou o seu novo portátil de topo: o MateBook X Pro. Nada de suspeito até ao momento. Aliás, esta máquina tem recebido excelentes críticas nas suas versões de 2018, 2020 e 2022, que testámos e apresentámos.
A chegada de uma nova versão, mais poderosa e versátil, é, sem dúvida, uma boa notícia. No entanto, são muitas as nuvens negras que ofuscam o brilho desta máquina, como resultado do conflito entre os EUA e a China.
Mas o que se passa exatamente com este chip da Intel?
Para percebermos o que se passa, temos de ter em conta que o novo MateBook X Pro tem um processador Intel Core Ultra 9 com microarquitectura Meteor Lake. Atualmente este é um dos CPUs mais potentes que a Intel fabrica, e incorpora também uma NPU (Neural Processing Unit), que é a lógica especializada na execução de algoritmos de inteligência artificial.
O facto de este chip ter ido parar às mãos da Huawei irritou alguns legisladores norte-americanos.
A instituição responsável pela emissão de licenças de exportação nos EUA é o Departamento do Comércio, administrado pela sempre controversa Gina Raimondo. Em 2020, a administração de Donald Trump autorizou a Intel a vender à Huawei microprocessadores para computadores portáteis, e essa autorização continua em vigor, apesar de alguns legisladores norte-americanos se mostrarem relutantes em permitir o acesso de uma empresa chinesa aos chips de nova geração produzidos pela empresa de Pat Gelsinger.
Em todo o caso, a Intel não cometeu qualquer ilegalidade. O Departamento de Comércio autorizou-a a vender os novos processadores Intel Core Ultra 9 à Huawei e esta, não surpreendentemente, não deixou escapar esta oportunidade de negócio. No entanto, alguns membros republicanos do Congresso, incluindo Michael Gallagher, que preside à Comissão da Câmara dos Representantes para a China, não compreendem por que razão os fabricantes de semicondutores dos EUA são autorizados a continuar a vender circuitos integrados de ponta à Huawei nesta altura.
Um dos maiores mistérios que se passa em Washington D.C. é porque é que o Departamento de Comércio continua a permitir que a tecnologia dos EUA continue a ser enviada para a Huawei.
A declaração de Gallagher não é mais do que uma medida de pressão sobre a administração de Joe Biden para o obrigar a endurecer ainda mais as sanções contra a China.
Até ao momento, nem o Departamento de Comércio, nem a Intel comentaram, mas é possível que a autorização que permitiu à Intel vender processadores para computadores portáteis à Huawei não seja renovada quando expirar no final deste ano.
Intel Core Ultra 9, que maquinão. Não se compra um portátil com este processador abaixo dos 2.500 euros. A Huawei tem agora em mãos um maquinão para os seus dispositivos.
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