Satélites Starlink ameaçados pelos detritos causados na destruição de satélite russo
Há dias, uma organização criou um estudo para apurar a probabilidade de um ser humano ser morto por lixo espacial. Bom, cada vez existem mais detritos à volta da Terra e há um perigo maior de destruição de satélites operacionais. No final do ano de 2021, a Rússia usou um míssil para destruir um satélite no espaço. Esta explosão do velho equipamento russo causou uma tempestade de detritos que poderá trazer consequências graves. Os satélites da Starlink estão em risco.
Estas conclusões foram apresentadas durante um evento da Secure World Foundation na Small Satellite Conference, no passado dia 8 de agosto.
Destruição dos satélites trazem graves problemas
Detritos de uma demonstração russa de armas antissatélite que causou uma "tempestade" de passagens próximas aos satélites no início deste ano está agora a afetar uma nova série de satélites Starlink. Quem o afirmou foi Dan Oltrogge, cientista chefe da COMSPOC. Segundo este investigador, a sua empresa encontrou um "problema conjuntural" que afetou os satélites Starlink no dia 6 de agosto, com um pico no número de aproximações próximas de detritos do antigo satélite Cosmos 1408.
Segundo o que foi descrito, estes destroços, criados quando um ASAT russo de ascensão direta destruiu o Cosmos 1408 num teste em novembro de 2021, estão numa órbita que se alinha com os satélites em órbita sincronizada com o Sol. A COMSPOC descobriu no início deste ano que isto criou surtos de aproximações próximas, ou conjunções, à medida que os satélites voam de frente para os destroços.
No evento, Oltrogge disse que havia mais de 6.000 passagens próximas, definidas como estando dentro de 10 quilómetros, envolvendo 841 satélites Starlink, cerca de 30% da constelação. Não é claro quantos, se é que houve algum, dos satélites tiveram de manobrar para evitar colisões.
Esta conjunção foi exacerbada por um novo grupo de satélites Starlink. A SpaceX lançou o primeiro conjunto de satélites Starlink "Grupo 3", a 10 de julho, da Base da Força Espacial de Vandenberg para a órbita polar, seguido de um segundo conjunto a 22 de julho. Um terceiro lote de satélites do Grupo 3 está programado para lançamento hoje, 12 de agosto.
SpaceX diz que a rede Starlink poderá desviar-se do lixo espacial
A SpaceX há muito que enfatiza a capacidade dos seus satélites Starlink conseguirem manobrar autonomamente para evitar conjunções. A empresa disse que, entre dezembro de 2021 e maio de 2022, os satélites Starlink efetuaram quase 7.000 manobras para evitar colisões, das quais 1.700 estavam ligadas aos escombros russos do ASAT.
Embora a SpaceX possa ser capaz de gerir essas conjunções com a sua tecnologia, tal feito pode ser mais difícil para outros operadores de constelações de satélites.
Se não tivesse aquele sistema automatizado a tratar de um problema como este, poderia ser realmente um desafio resolvê-lo.
Disse Dan Oltrogge.
Com o passar do tempo, algum deste lixo cai na atmosfera. No entanto, muitos detritos passam para outras órbitas colocando em risco satélites que não conseguem exercer táticas de evasão atempadamente.
Oltrogge refere que os detritos deslocam o risco para outras órbitas, nomeadamente para a Estação Espacial Internacional.
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