Cientistas querem que Plutão volte a ser um Planeta
Embora tenha sido destituído desse posto, os cientistas querem que Plutão volte a ser considerado um planeta. Além deste, pretendem que outros corpos celestes se juntem a ele.
Aparentemente, tudo depende da definição de “planeta” que é adotada.
Um novo estudo levado a cabo pelo Florida Space Institute da University of Central Florida (UCF) analisou séculos de literatura e descobriu que a decisão que levou à despromoção de Plutão, enquanto planeta, teve origem em ideias extremamente antigas.
Por misturar astrologia e astronomia, os cientistas consideram que a decisão deve ser revertida e que Plutão deve voltar a adquirir a nomenclatura de planeta.
Cientistas alegam que a literatura sustenta o regresso de Plutão à lista de planetas
Enquanto pai da astronomia, Galileu Galilei defendia que o principal fator para um objeto ser considerado planeta era a evidência de atividade geológica.
Segundo o estudo da UCF, essa definição ficou presa dos anos 1600 até ao início dos 1900.
Descobrimos que havia almanaques suficientes a serem vendidos em Inglaterra e nos Estados Unidos e que cada família podia obter um exemplar por ano. Este foi um período chave na história, quando o público aceitou que a Terra orbita o Sol em vez do contrário, e combinaram este grande discernimento científico com uma definição de planetas que vinham da astrologia.
Revelou Philip Metzger, cientista planetário da UCF.
Antes, objetos como luas e asteroides podiam ser considerados planetas, sob a definição de Galileu. Todavia, agora, a astrologia requer o conceito de um número específico de planetas para fazer previsões.
Os planetas já não eram definidos em virtude de serem complexos, com geologia ativa e potencial de vida e civilização. Em vez disso, eram definidos em virtude de serem simples, seguindo certos caminhos idealizados em torno do Sol.
Disse Metzger.
De acordo com o cientista, a expansão da ciência planetária nos anos 1600 representou uma libertação metafórica de Galileu – que havia sido preso por causa da teoria do heliocentrismo.
Mas por volta do início dos anos 1900 voltámos a colocá-lo na prisão quando adotámos este conceito popular de um número ordenado de planetas. Assim, rejeitámos Galileu. Portanto, o que estamos a tentar fazer, num certo sentido, é tirar Galileu da prisão novamente.
Explicou o cientista.
O objetivo dos cientistas da UCF é que a International Astronomical Union tenha a investigação em conta e decida reintegrar Plutão. Mais do que isso, os cientistas acreditam que, uma vez validada a investigação, ao invés de oito planetas, o Sistema Solar poderia conhecer muitos mais, uma vez que existem vários candidatos, como asteroides e luas.
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Os cientistas planetarios, ou pelo menos boa parte, nunca deixaram de o considerar um planeta, pois consideravam que reunião todas as condições. Para eles um planeta anão, é a apenas uma definição como a de um planeta gigante.
A exclusão de planeta foi feito pelos astrónomos.
Podemos dizer um astrónomo olha para o tecido cósmico, enquanto os cientistas planetarios olham para um planeta como uma entidade individual.
E porque não ?? Sempre assim o foi.Eu aprendi sempre que eram 9 os planetas,tal como a tabuada,os rios,etc. Mercúrio ; Vénus ; Terra ; Marte ; Júpiter ; Saturno ; Urano ; Neptuno ; Plutão. Para mim nunca deixou de o ser,mesmo subconscientemente.
O Sistema Solar tem 8 planetas. Plutão é um planeta anão. Foi uma boa decisão terem criado esta distinção e melhorado a definição de planeta. Eu acompanhei ao pormenor as alterações da UAI em 2006, mas eu acho que eles depois falharam na escrita da definição.
A maneira como a definição está escrita ainda permite dúvidas, tanto para profissionais como para leigos. Pois está incompleta.
Falta explicarem melhor um pormenor e é isso que a UAI devia corrigir. Não voltar atrás e classificar Plutão como planeta principal novamente, isso não. Corrigir para explicar melhor o que se quer dizer. Não sei porque é que falharam em escrever isto na definição, mas prontos…
Especificamente, o parâmetro de “limpar” a vizinhança orbital. O que a definição não acrescenta é que “limpar a vizinhança orbital”, é limpar a vizinhança orbita de OBJETOS DE TAMANHO IDÊNTICO OU MAIOR. É isto que falta acrescentar à definição: https://en.wikipedia.org/wiki/Clearing_the_neighbourhood
Vamos testar?
Não há nenhum objeto de tamanho parecido ao da Terra, ou maior que a Terra, na vizinhança orbital da Terra.
Não há nenhum objeto de tamanho parecido ao de Júpiter, ou maior que Júpiter, na vizinhança orbital de Júpiter.
E assim por diante para os outros seis.
Vamos testar Plutão?
Não há nenhum objeto de tamanho parecido ao de Plutão, ou maior que Plutão, na vizinhança orbital de Plutão?
Ai isso é que há! Neptuno!
A órbita de Plutão entra na órbita de Neptuno, pelo que falha neste parâmetro: https://en.wikipedia.org/wiki/Pluto#/media/File:TheKuiperBelt_Orbits_Pluto_Polar.svg).
Também pode ser argumentado que Caronte tem um tamanho muito idêntico ao de Plutão (metade do seu tamanho). O que é único no Sistema Solar. Tanto que há quem quisesse chamar “planeta binário” ao sistema.
A nossa Lua “parece grande” (é a maior lua do Sistema Solar em termos de comparação com o seu planeta) e podia assim “falhar” na análise da Terra como planeta (na tal coisa de limpar a vizinhança) mas, em comparação, é 4 vezes mais pequena, não 2 como Caronte para Plutão.
https://en.wikipedia.org/wiki/Double_planet#/media/File:Pluto_&_Charon,_Earth_size_comparison.jpg
Os outros restantes satélites nem têm comparação para entrar nesta discussão.
Em resumo: se eu pertencesse ao comité da UAI, o que eu fazia era melhorar a definição atual para estar melhor explicada. Não voltar atrás. Nunca voltar atrás.
Interessante, conhecer esta ciência da forma que apresentas saber torna-a mais interessante 🙂
Belo comentário
Interessante. Segundos esses critérios seria até viavel que a Terra fosse despromovida de Planeta. Eu voto nisso só para chatear o Guterres e a Greta e ficar rico com as t-shirts “There’s no Planet A” e “Save the Planetoid”
“O Sistema Solar tem 8 planetas. Plutão é um planeta… anão.”
Anão ou gigante, não deixa de ser um planeta.
Exacto, os anões também são mais pequenos e não deixam de ser pessoas.
Se é grande e tem gravidade suficiente para ser redondo (ou arredondado) é um planeta.
Para mim nunca vai mudar.
A Lua é grande e tem gravidade suficiente para ser redondo mas não é um planeta.
A Lua orbita um corpo maior que a segura nessa órbita em volta do Sol… daí ser um satélite.
Plutão e Caronte possuem um centro baromético, que os faz orbitar como se fosse um para de dança, em volta do Sol.
Tecnicamente Caronte até pode ser classificada como planeta.
lol, claro que é um planeta!
Fosse um pouco maior e seria do tamanho de Marte!
É um planeta claro.
Cada um pode pensar o que acha melhor, mas que se queira ou não que Plutão seja um planeta a verdade é esta:
Plutão é planeta: Não muda nada na vida de ninguém
Plutão não é planeta: Não muda nada na vida de ninguém
muda os mapas astrológicos lol
Porque não resolvem as coisas à Americano? Just nuke the damn thing e já não é necessário tomar uma decisão.