Apple investigada por limitar xCloud e Facebook Gaming na AppStore
Recentemente a Apple viu-se envolvida num assunto polémico por não permitir que a app Facebook Gaming para iOS tivesse jogos incluidos. Segundo os argumentos da empresa da maçã, as políticas da Apple não permitem que as aplicações promovam streaming ou tenham jogos que não foram revistos pela marca.
Mas para além deste conteúdo do Facebook, a empresa de Cupertino também limitou a presença do Project xCloud da Microsoft na sua loja de aplicações. E devido a estas duas situações, a Comissão da União Europeia decidiu iniciar uma nova investigação às políticas da Apple.
AppStore limita as apps Facebook Gaming e xCloud
Esta semana a Apple permitiu finalmente a inclusão da app Facebook Gaming na sua loja de aplicações. No entanto isto só foi possível com uma alteração controversa uma vez que a aplicação pode sim estar na AppStore, mas sem jogos.
Ora, uma aplicação de streaming de jogos sem a possibilidade de ter jogos para os utilizadores usufruírem... torna-se um pouco estranha. Mas segundo Sheryl Sandberg, diretora de operações do Facebook, estas alterações foram necessárias para que a app passasse pela aprovação na App Store. De acordo com as políticas da Apple, as aplicações estão proibidas de promover streaming ou ter jogos que não foram revistos pela marca.
Relembramos que o Facebook Gaming esteve vários meses à espera e uma resposta positiva por parte da Apple, que rejeitou a aplicação por diversas vezes.
Também o xCloud da Microsoft viu a sua presença ser limitada na AppStore. E segundo a empresa de Redmond:
A Apple é a única plataforma de uso geral que impede os consumidores de jogos em nuvem e serviços de assinatura de jogos como o Xbox Game Pass.
Comissão da União Europeia vai investigar as políticas da Apple
De acordo com a Reuters, a Comissão da União Europeia, que já investigava as políticas da Apple, passou a acompanhar também de perto esta recente situação relacionada com o Facebook Gaming e o xCloud.
As investigações à Apple iniciaram-se em junho e pelo menos três delas envolvem as regras restritivas da AppStore. Recentemente o Telegram também fez uma queixa formal à Comissão Europeia devido às supostas práticas anti competitivas da empresa da maçã. Isto porque a Apple retém 30% sobre qualquer transação feita a partir de uma app para iOS, mas também porque impossibilita os utilizadores de fazerem download de apps externas à App Store.
Mas agora o Facebook e a Microsoft também se uniram de forma a mostrar o seu desagrado e preocupação relativamente às políticas praticadas pela Apple. Esta iniciativa promoveu um significativo movimento de críticas por parte dos programadores que se queixam de um tratamento desigual contra a dona do iPhone.
Questionada pela Reuters acerca destes problemas, Arianna Podesta porta-voz da Comissão respondeu apenas que:
A Comissão está ciente dessas preocupações em relação às regras da App Store da Apple.
Apple já reagiu às críticas
Enquanto isso, a empresa de Tim Cook já reagiu às críticas. A Apple defendeu-se dizendo que as suas regras se aplicam a todas as aplicações de forma a proteger os seus clientes e providenciar também um ambiente justo para os programadores.
A marca da maçã usou como exemplo os casos do PlayStation Remote e do SteamLink, que são permitidos na App Store.
Este artigo tem mais de um ano
Fonte: Reuters
Neste artigo: App, Apple, Appstore, comissão europeia, Facebook Gaming, xCloud
Fácil… Basta aplicarem uma multa com o valor dos impostos que não pagam há mais de 2 décadas.
O problema é que existem contradições nas “defesas” da Apple com as Guidelines da AppStore. A Apple parece que inventa novas regras “semi-oficiais” quando esta encontra concorrência populares nos seus serviços.
Se a Netflix, Hulu, Amazon Prime etc fosse lançado simultaneamente com a AppleTV+, não tenho dúvidas algumas que seriam rejeitadas na AppStore porque a Apple tinha que “rever” o conteúdo nessas plataformas para “proteger” os seus utilizadores. Ridículo não? Pois bem podem achar mas é exatamente isso que acontece agora com estes serviços gaming que correm na Could, e não no lado cliente…
Nao tem nada a ver com isso. Tem a mais a ver com o facto que as compras ocorrem fora da app p ou noutro local onde a receita reverte para 3ºs .
Abc
sabes se a netflix tb da 30% a apple das compras feitas atraves da app?
Uma coisa que não consegui nunca perceber é porque é apenas a Apple que é investigada pelos 30% quando a Google cobra exatamente o mesmo e ninguém se queixa …. curioso.
Abc
Provavelmente tem a ver com a segunda parte desta frase:
“Isto porque a Apple retém 30% sobre qualquer transação feita a partir de uma app para iOS, mas também porque impossibilita os utilizadores de fazerem download de apps externas à App Store.”
Apesar de tudo, no Android não és obrigado a usar a Play Store, sendo possível obter apps a partir de outras fontes (embora seja necessário uma série de passos para o conseguir). Também há os casos dos smartphones que não podem trazer os Google Services instalados, mas que continuam perfeitamente funcionais, alguns inclusive com app stores alternativas.
Relativamente às queixas dos 30%, tens possivelmente nas ações da Epic Games com o Fortnite um dos casos mais famosos desse tipo de queixas, em que inicialmente o Fortnite só estava disponível FORA da Play Store. Para lançar o jogo para o iOS a Epic não fez nada semelhante porque sabiam que não tinham alternativa.
E depois tiveram que voltar a play store e pagar certo ?
A message from Epic Games explains: “After 18 months of operating Fortnite on Android outside of the Google Play Store, we’ve come to a basic realization:
“Google puts software downloadable outside of Google Play at a disadvantage, through technical and business measures such as scary, repetitive security pop-ups for downloaded and updated software, restrictive manufacturer and carrier agreements and dealings, Google public relations characterizing third-party software sources as malware, and new efforts such as Google Play Protect to outright block software obtained outside the Google Play store.
“Because of this, we’ve launched Fortnite for Android on the Google Play Store. We’ll continue to operate the Epic Games App and Fortnite outside of Google Play, too.
Sim, exatamente pelo exposto nessa mensagem. Embora seja possível evitar a Play store, a Google acaba por levantar muitas dificuldades ao processo. Agora, até que ponto essas dificuldades poderiam levar a uma investigação, isso não sei dizer.
https://ec.europa.eu/commission/presscorner/detail/en/ip_20_1073
Duas razões:
– O uso obrigatório do “In‑App Purchase”
e
– A proibição dos developers informarem os seus utilizadores da possibilidade de compras fora da app.
A Google não obriga/proibide a tais práticas de anti-concorrência
O uso não é obrigatório de in-app . Não podes é despoltar o processo para fora a partir da app. Exp : Netflix , HBO , etc.
“A proibição dos developers informarem os seus utilizadores da possibilidade de compras fora da app.”
Nao podem é ser redirecionado para fora , se bem que acho que o Spotify o faz..
Abc
” While Apple allows users to consume content such as music, e-books and audiobooks purchased elsewhere (e.g. on the website of the app developer) also in the app, its rules prevent developers from informing users about such purchasing possibilities, which are usually cheaper.”
Este excerto está errado . Assim não admira que depois percam em Supremo .
A mim é-me indiferente. Se bem que acho que seria mais honesto dizer que só no 1º ano é que é 30% o resto é 15%.
Abc
Ainda não percebi porquê achas que a Apple está a ser investigada por cobrar 30% em taxas… O caso é claro: Apple vai/está a ser investigado pelas suas regras duras. Se a CE provar que tais regras são anti-concorrentes haverá multa e mudança… Não tem nada a haver com os 30%…
@LG Achas que é porquê ?
Porque achas que estas empresas querem que o cliente pague por fora ?
Tudo está relacionado com o pagamento, nada mais.
Abc
A Google também está na mira das investigações anti-competitivas.
E não só por causa da Play Store, mas também pela publicidade no Google.
Aliás, a Apple é que ainda tem passado entre os pingos da chuva:
https://www.nytimes.com/2018/07/18/technology/google-eu-android-fine.html
Isso é o processo “anti-thrust” nos EUA. Isto aqui é da CE
A Apple devia de bloquear a navegação de qualquer browser disponível na app store, permitindo somente a visualização do site da própria Apple.