Serão assim os 7 minutos de Terror da NASA até pousar o rover no solo de Marte
Após uma viagem de quase sete meses, a missão Mars 2020 da NASA, com o rover Perseverance a bordo, aterrará na próxima quinta-feira em Marte. Segundo a NASA, este equipamento da missão que custou já 3 mil milhões de dólares tem como ambicioso objetivo procurar vestígios de vida antiga pela primeira vez. Contudo, até o equipamento tocar no solo, a Perseverance vai ter 7 minutos de puro terror. A NASA explica tudo.
Num vídeo muito ilustrativo, a agência espacial norte-americana mostra o processo que poderá ser um êxito ou... um total e caro fracasso!
A NASA tem previsto para o próximo dia 18 a chegada do rover Perserverance (Perseverança) ao solo marciano. Com a contagem decrescente em curso, a tensão é alta no centro de controlo da agência espacial norte-americana. Engenheiros e investigadores estão a finalizar os detalhes do troço final e a avaliar uma possível correção da trajetória da nave para escolher o ponto de entrada atmosférico ótimo.
A partir daí, o veículo começará a sua descida e enfrentará os chamados "sete minutos de terror", o breve, mas vertiginoso, tempo que levará a executar manobras complexas até aterrar no solo.
Descida pelo inferno até ao solo de Marte
A missão foi preparada ao pormenor. Contudo, há centenas de coisas que podem correr mal e a sonda Perseverance terá de as resolver de forma completamente autónoma.
Para termos uma ideia, a equipa que na Terra segue a nave só onze minutos e meio depois de algo acontecer pode tentar resolver. Assim como, se a missão tiver sucesso, a NASA tem de esperar esse tempo até perceber. Aliás, pousar em Marte é um feito e tanto. Apenas 40% das missões enviadas por qualquer agência espacial foram bem sucedidas.
Conforme foi aqui explicado, o local escolhido para o rover pousar (falamos de um veículo do tamanho de um carro e semelhante ao seu antecessor o Curiosity) é a Cratera Jezero. A extensão de 50 quilómetros de diâmetro é de grande valor científico, pois acredita-se que tenha sido coberta por rios e um lago há 3,5 mil milhões de anos.
Portanto, o sítio escolhido tem excelentes condições para serem encontrados vestígios de microrganismos, se é que alguma vez lá viveram. Contudo, Jezero é um presente envenenado para o rover.
É fantástico para a ciência, mas está cheio de perigos: rochas, encostas, penhascos...
Adverte Fernando Abilleira, diretor-adjunto de operações de voo em Marte 2020.
O inferno da entrada na atmosfera de Marte a 20.000 km/h
É verdade que não é nada de novo para a NASA. De facto, esta é já a sua terceira aterragem em Marte depois da Curiosidade (2012) e da plataforma InSight (2018) que estuda o interior do planeta.
Entraremos na atmosfera a cerca de 20.000 km por hora e em menos de sete minutos o veículo terá de desacelerar para menos de 3 km por hora quando chegar à superfície.
Estamos a falar numa missão de 3 mil milhões de dólares e os responsáveis da agência espacial sabem que o mais pequeno erro pode fazer descarrilar a missão logo desde o início. Conforme é referido, tudo tem de funcionar exatamente como planeado. Por exemplo, o veículo tem mais de 70 cargas pirotécnicas que são utilizadas para implantar ou ejetar dispositivos. Se um deles não funcionar, a descida não será finalizada.
Para-quedas, uma grua e retrofoguetes
A sequência é medida ao milímetro. Cerca de 80 segundos após a entrada na atmosfera, a temperatura exterior atingirá 1.300 °C, mas o rover resistirá graças ao seu escudo térmico protetor. À medida que desce, disparará pequenos propulsores para evitar que se desviem da rota.
Então, o escudo térmico abrandará a nave espacial para menos de 1.600 km por hora. Nesse momento, 240 segundos após a entrada, a uma altitude de 11 km e a uma velocidade de 1.512 km por hora, um para-quedas supersónico de mais de 21 metros de diâmetro será aberto. Para tal, o rover Perseverance empregará uma nova tecnologia (Range Trigger) que calcula a distância até ao alvo de pouso em vez da velocidade de navegação, como foi feito com a Curiosity. Esta tecnologia reduzirá os erros de aterragem em mais de 50%.
Vinte segundos depois, o escudo térmico irá separar-se e cair. O rover será exposto à atmosfera de Marte pela primeira vez. À medida que o seu radar de aterragem emite sinais para fora da superfície para calcular a sua altitude, uma outra nova tecnologia, a navegação por terreno, será ativada.
Este sistema utiliza câmaras que irão captar imagens da superfície. O rover irá compará-los a um mapa de bordo para determinar exatamente onde se encontra durante a descida e manobrar com total autonomia para um local seguro para aterrar.
Explicou Fernando Abilleira.
Neste momento, o rover cairá para 320 km por hora e terá de se libertar do para-quedas e percorrer o resto do caminho utilizando foguetes de diferentes etapas. Quando atingir cerca de 2,7 km por hora, 12 segundos após tocar no solo e a uma altura de cerca de 20 metros, será iniciada uma manobra de "grua aérea", em que o rover será suspenso por cabos de 6,4 metros de comprimento. Entretanto, irá montar as suas pernas e rodas para a posição de aterragem.
Tocar no solo e iniciar uma nova etapa no Planeta Vermelho
Assim que o rover detetar que as suas rodas tocaram no solo, cortará os cabos que o ligam à fase de descida, que serão libertados para cair a uma distância segura.
As equipas no terreno receberão o sinal tranquilizador de que tudo correu bem com onze minutos de atraso. Uma série de parâmetros confirmará o sucesso e uma imagem de baixa resolução seguir-se-á pouco depois. Os sons também serão gravados.
A máquina Perseverance tornar-se-á então o quinto rover da NASA a andar em Marte. Com sete magníficos instrumentos científicos, irá procurar vestígios de vida microbiana antiga e recolher amostras de rochas para serem trazidas de volta à Terra em missões futuras. Além disso, o seu trabalho preparará o caminho para a humanidade explorar outros mundos para além da Lua.
Iremos poder acompanhar tudo numa transmissão da NASA sobre o que se está a passar em Marte:
Veja também o vídeo do helicóptero que vai voar em Marte
Este artigo tem mais de um ano
Oxalá que corra tudo bem.Marte poderá ser uma ponte para o futuro da humanidade.
Achas? O pessoal não tem paciência para andar de máscara cirúrgica e iria ter para andar de capacete e mochila às costas?
marte ? humanidade ?? é pa se não tem vida nunca vai ter .. nunca percebi o porque de a nasa ser tao tarada por marte , aquilo nem para assar umas sardinhas serve
Isso é puro desconhecimento cientifico. Diria para leres um pouco acerca das possibilidades que Marte oferece à humanidade antes de comentares algo que claramente desconheces.
E tu achas que a humanidade depende do pessoal? Historicamente, isto só anda para a frente devido a meia dúzia de pessoas. O resto é tudo ovelhas.
Estou entusiasmado! Espero que corra tudo pelo melhor.
Realmente, nem dá para acreditar: 3 mil milhões de dólares. E nós aqui na Terra a passar fome.
Mas onde tem os cientistas da NASA a cabeça? Povoar Marte. É de doidos. Daqui da Terra ninguém sai, para viver onde quer que seja. Melhor investirem em descobertas para melhorar este lindo nosso Planeta, e deixarem o cosmos em paz. Deus tem a Natureza como Guardiã deste Planeta. Deixem de brincar de vez, aos astronauta zinhos.
Deus criou os planetas para quê então? Para ganharem pó? Se Deus quisesse que ficássemos no planeta Terra, não teria feito outros planetas.
Deus? :O
para “dar” ou ser gamado pela famila Costa & Marselfie,… vai trabalhar!
O que é 3 milhões de dólares quando comparado com o que se gasta na máquina militar? Basicamente nada!