Reino Unido aposta em carregadores sem fio para carros elétricos nas ruas
As infraestruturas de carregamento são ainda um ponto que preocupa quem pretende apostar num carro elétrico. Os pontos de carregamento nas cidades são poucos e de qualidade questionável. Nesse sentido, algumas metrópoles estão a reforçar a oferta de pontos de carregamento e até a evoluir na forma como os carros se ligam à rede, nomeadamente através de carregadores sem fio.
O Reino Unido está a apostar em carregadores sem fio colocados nas suas ruas para fornecer energia aos carros elétricos.
Há cidades que têm já graves problemas no que toca ao fornecimento de locais para os carros elétricos recarregarem. Apesar de haver poucos veículos, o facto das cidades estarem mal preparadas, causa frequentemente nos carregadores elétricos constrangimentos e congestionamentos. Contudo, desde há vários anos que se fala em infraestruturas alternativas para mudar este panorama dos elétricos.
Carregadores sem fio para satisfazer mercado dos carros elétricos
A tecnologia não é nova, já há marcas a testar este tipo de carregadores sem fio, mas agora pode chegar ao grande mercado. Segundo o canal de informação britânico, This is Money, os carregadores sem fio para carros elétricos serão instalados nas ruas do Reino Unido no próximo ano. Assim, os proprietários não precisarão ligar-se fisicamente ao ponto de carga.
Para já, foram escolhidas 3 áreas para as primeiras instalações. São ela Londres, Midlands e Escócia. Estes carregadores elétricos serão instalados em ruas residenciais, estacionamentos e pontos de táxi.
Conforme foi dado a conhecer, o sistema afunda no chão e emite um campo eletromagnético alternado. Isso é convertido em eletricidade quando um veículo está estacionado em cima dele.
Carregadores tiram os fios das ruas para diminuir vandalismo
As entidades envolvidas querem que os proprietários de veículos elétricos comecem a carregar os seus carros sem fio na primavera de 2021. Assim, com tal estrutura, serão eliminados os pontos de carga desagradáveis e cabos desconfortáveis enrolados pela rua.
Muitos dos veículos elétricos atuais podem ser facilmente adaptados a essa tecnologia para usar carregadores sem fio, enquanto muitos dos modelos que serão lançados nos próximos meses já terão esses sistemas incorporados.
Segundo a empresa britânica Connected Curb, que está por trás da tecnologia usada, o kit de indução sem fio coloca o Reino Unido na vanguarda do carregamento de veículos elétricos. Esta necessidade resulta da pressão que as autoridades locais estão a receber para instalar pontos de carregamento. Contudo, a infraestrutura não acompanha a procura dado o número de veículos elétricos.
Além da necessidade de pontos para recarregar, as autoridades querem acabar com as estruturas vulneráveis ao vandalismo e danos acidentais. Tem sido também um ponto de muitas queixas dos moradores.
Reino Unido já testou várias soluções
Ainda não há um serviço que seja o ideal. Isto porque todos eles trazem problemas que podem não ser de fácil solução. As entidades envolvidas no processo de resolver estas questões existentes nas ruas das localidades da Grã-Bretanha já testa soluções onde o carregador está nos postes de iluminação.
Além desta solução, foi pensada também uma outra. Carregadores elétricos que são guardados no solo e que só saem quando são solicitados.
Este novo desenvolvimento será a primeira plataforma de carregamento sem fio disponível para proprietários de carros particulares no Reino Unido. As empresas envolvidas, a Connected Curb, e a Magment, esperam começar a testar os carregadores sem fio nos próximos dois meses, com uma implantação internacional iniciando em meados de 2020.
Carros elétricos irão ter este carregamento nativo
Os fabricantes de veículos estão cada vez mais a incluir a tecnologia de carregamento por indução nos seus novos modelos. Contudo, atualmente existem apenas alguns pontos de carregamento de veículos elétricos por indução. Segundo referem os responsáveis das empresas envolvidas, o carregamento por indução irá tornar-se numa norma nos próximos anos, e por uma boa razão: o desempenho é comparável ao carregamento tradicional; no entanto, é mais simples.
Assim, a longo prazo, referem, o carregamento por indução será o caminho para a eletrificação de todos os estacionamentos sem mobília urbana e desordem de cabos que hoje domina a tecnologia de pontos de carregamento em veículos elétricos.
Além disso, a indução derruba barreiras para que os veículos elétricos possam servir mais e melhor as pessoas com deficiência, que atualmente são excluídas dos VEs, dados os cabos e acessibilidade aos pontos de carregamento.
Este artigo tem mais de um ano
Imagem: BMW
Fonte: This is Money
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Um sistema que poderia funcionar bem é o de troca de baterias. Você poderia parar em um posto de abastecimento onde seu conjunto de baterias inteiro seria retirado e substituído por um conjunto de baterias carregadas.
Isso garantiria um abastecimento rápido, porém exigiria que as baterias fossem padronizadas não apenas em relação aos seus parâmetros elétricos coo também físicos (tamanho, formato, encaixes, contatos). Isso limitaria também a liberdade de design dos veículos, já que qualquer projeto teria que garantir uma troca rápida e segura das baterias.
É uma pena, duvido que os fabricantes consigam entrar em um acordo para promover um sistema padronizado. Mas talvez seja uma boa solução para ônibus e veículos de transporte leve urbano. Esses serviços poderiam ser padronizados pelas prefeituras e implantados com mais chance de sucesso que os veículos particulares.
Foi pensado pela Tesla no inicio (https://www.youtube.com/watch?v=H5V0vL3nnHY). No Model 3 já foi completamente posto de parte. As cargas já não demoram assim tanto e os condutores acabam por se “afeiçoar” ao seu pack.
Se as cargas não demoram tanto assim por que todo mundo reclama do tempo de recarga? E como pode alguém “afeiçoar-se” ao seu pack de baterias? Já viu alguém afeiçoar-se à sua embreagem ou ao sei diferencial? Alguém dizendo “já estou acostumado com o meu tanque de gasolina, não quero trocar”?
Sei lá, talvez você esteja certo, mas que eu acho estranho alguém afeiçoar-se a uma peça da mecânica do carro. Assessórios e itens de acabamento ou estética sim, eu vejo como é forte o fetiche da mercadoria em relação aos carros, mas não vi isso em relação a peças internas. Nunca vi alguém afeiçoar-se à bateria do seu carro gasolina (todo carro tem uma), por que iriam então afeiçoar-se à bateria do carro elétrico?
O que eu acho que inviabiliza a troa de baterias é a questão da economia de escala. Não vai funcionar com uma única montadora, tem que ser algo geral para ter esperança de atingir a economia de escala necessária para dar viabilidade econômica ao sistema e para isso as montadoras teriam que padronizar suas baterias, o que não parece possível, principalmente por ser uma área em grande efervecência tecnológica com muitas pesquisas e tecnologias diferentes disputando espaço.
Eu também concordo com o utilizador acima. As pessoas tentam tratar bem o seu pack de baterias, e realmente o model 3 é muito eficiente no aproveitamento da bateria (e rápido a carregar).
Troca rápida? Então as baterias ocupam o chassis quase todo!!
Tu agora trocas a tua caixa de velocidades por outra em segunda mão sem saberes o estado dela?
@Backonline,
Basta pensar um pouco.
As baterias estao por baixo do carro, basta que sejam desapertadas e saem, se tiveres um robot programado e preparado para tal, consegues trocar a bateria do carro em menos de 1 minuto.
Há um video da Tesla a fazer isso em palco.
@Backonline, é ver o video…
“Tu agora trocas a tua caixa de velocidades por outra em segunda mão sem saberes o estado dela?”
Acho que existe uma certa confusão aí. No sistema de troca de baterias estas não fazem parte do automóvel, são um serviço, não um produto. Então, você não está trocando o SEU pack de baterias por outro de segunda mão, mas colocando um pack de baterias que está em seu poder até você trocá-lo por outro.
Os carros podem ser vendidos sem as baterias e nesse caso a propriedade das baterias é do serviço de reabastecimento, ou então entrar no sistema com um pack novo, usando os packs do sistema e recebendo um pack novinho em folha, do mesmo modelo e fabricante daquele que deixou ao entrar no sistema.
Você estará pagando pela arga recebida e se o pack instalado apresentar qualquer tipo de problema é só trocá-lo por outro no mesmo local onde reabastece. Um controle eletrônico pode registrar em arquivo encriptado o desempenho das baterias e em caso de reclamações o usuário que por acaso estava com uma bateria que apresentou um desempenho insuficiente será ressarcido em relação à carga que havia comprado, assim sendo a empresa que operar o sistema terá todo o interesse em manter todos os packs em condições adequadas.
Não tem problema nenhum criticar essa ideia de troca de baterias, na verdade eu comentei aqui para ver as reações e opiniões das pessoas, só estou comentando algumas argumentações para suscitar mais debate e esclarecer qual é a ideia, não quer dizer que defendo essa proposta nem que as opiniões colocadas estejam erradas.
Eu não perco tempo a carregar. Ligo a ficha quando deixo o carro na garagem e no outro dia está pronto a usar novamente. Em viagens, o carro está pronto a arrancar novamente antes de eu estar pronto a voltar à estrada. Talvez existam pessoas que façam paragens mais curtas, mas eu não preciso que o carro carregue mais depressa do que faz actualmente.
Não vou trocar a minha bateria, que trato com todo o cuidado, por uma outra que não sei como foi tratada.
A bateria faz parte da estrutura do carro. Desta forma, e tendo em conta que carros diferentes têm estruturas diferentes, é muito difícil haver um padrão.
Sim acho que a padronização é o principal empecilho dessa ideia. A bateria não precisa fazer parte da estrutura do veículo, mas acaba fazendo por questões de projeto que acredito que as montadoras não tenham interesse em negociar.
Com relação ao tempo de recara este tópico de discussão trouxe-me uma surpresa. Pelo tanto que se discute o tempo de carregamento aqui pensava que fosse esta uma questão fulcral mas vejo que talvez não seja bem assim. Interessante.
@Rui
O tempo de carga, que em veículos como a tesla pode ser 30 ou 45 minutos por 400 a 600 KM só é um problema para que faz viagens largas por profissão ou mais que as tradicionais férias.
Uma condutor normal com especialmente se tiver filhos está habituado a parar a cada 2 ou 3 horas (~220 a 400), assim que em cada paragem acaba por carregar.
Esse problema foi resolvido já á algum tempo mas ficou o mito porque interessa ao lobby do petróleo.
As baterias actuais de um automóvel pesam sempre para cima de 150 kgs (o normal até é muito mais do que isso) e estão colocadas de formas que nunca poderão ser de rápida remoção. Talvez em futuras tecnologias, com menores dimensões e peso por watt isso venha a ser possível, para já não.
Por enquanto, isso é possível em karts, bicicletas e motos, não eu automóveis
Os Tróleis da STCP começaram a circular em 1959…
E a rede de tróleis de Coimbra foi inaugurada ainda antes…1947! E continua operacional em algumas carreiras…
Ha varios países na europa onde ja haviam tróleis eléctricos desde o século passado!
Mas esses usam catenária e pantógrafo. Não tem nada a ver com sistemas sem fios.
Se os telemoveis demoram eternidades a carregar, imagino um automovel…
os carros não carregam por portas USB…
Compra um mais rapido, simples!! A indução é super eficiente
Acho que querias dizer, a inducao é super ineficiente.
É, de facto, mais conveniente, mas é muito ineficiente. Além disso, não sei se gostaria de estar próximo de um campo magnético capaz de induzir vários kW…
E o rendimento deve ser muito baixo considerando a distância entre o primário e o secundário desta espécie de transformador
Exatamente. Mesmo a milímetros já tem perdas, a dezenas de cms vai ser só deitar energia fora…
O importante é aumentar os campos magnéticos faz bem a saúde.
Pelo menos a noticia muda , deixa de ser o co2, passa a ser os cancros 😉
Abc
Não existem evidências de que campos magnéticos induzam o cancro. Tens ideia da força do campo magnético produzido por uma máquina de ressonância magnético nuclear: E no entanto não existem contra indicações a esse exame como há com a tomografia, que usa raio-x.
Também não existe provas científicas das torres de telecomunicação fazerem mal à saúde, mas muitos que moram à frente delas, no sentido literal da expressão, começam a sofrer bastante com as mesmas (dores de cabeça, alguns começam a ouvir vozes, e sei lá eu que mais)… a falta de provas não significa nada quanto a não fazer mal, apenas significa que os ditos cientistas ainda são ignorantes no assunto o suficiente para não saberem ou pelo menos não conseguirem afirmar com provas… para as tais provas têm as pessoas que ficar doentes e com os cancros para depois passar a existir provas, e mesmo assim têm de ser aos milhares ou caso contrário dizem que foi mera coincidência.
Caro João, não quero desmerecer a sua opinião, mas acho que seria interessante você ler o livro “O Mundo Assombrado pelos Demônios” de Carl Sagan. Deve ser muito difícil viver assim, assombrado por forças misteriosas que você não sabe nem se existem, mas teme assim mesmo.
De qualquer forma o que eu posso garantir é que existem muitas evidências de que fortes campos magnéticos não provoca o cancro e nenhuma evidência de que provoquem então, mesmo que alguém ache prudente não se expor a campos magnéticos por não estar convencido pelas evidências científicas, continua não sendo correto afirmar que campos magnéticos provocam o cancro.
E vamos torcer para que você não precise nunca fazer um exame de ressonância magnética.
Metam isto em toda a estrada e os carros vão estar em constante carregamento… tipo carrinhos de choque, autonomia infinita. 😀
Existem projetos assim, mas eu acho que o custo seria muito alto. Há especificamente um projlema.eto coreano para carregamento contínuo por indução de ônibus. Nesse caso seria necessário colocar o equipamento sob o pavimento apenas na rota dos ônibus, mesmo assim o custo parece ser um grande problema.
https: //meiobit.com/136297/coreia-sul-kaist-sistema-oninus-eletricos-olev-carga-inducao-eletromagnetica/
http: //g1.globo.com/carros/noticia/2015/08/inglaterra-vai-testar-estrada-que-recarrega-carros-eletricos.html
Andam para aí a gastar dinheiro para ir para a Lua, para Marte… parece-me que existe dinheiro para esbanjar em inutilidades é possível que também se arranje para algo mais útil… depois resta é saber se as ondas magnéticas são ou não prejudiciais à saúde humana e se sim o que pode ser feito para garantir que tal em condições normais de utilização não se verifica.
Não existem ondas magnéticas, existe campo magnético e ondas eletromagnéticas. As ondas eletromagnéticas sõ o mesmo que a luz. Elas podem sim ser prejudiciais, por exemplo se você ficar tempo em demasia sob sol forte irá queimar sua pele, os raios infravermelhos em excesso podem provocar cancro de pele, raixo-x e raios gama, que são formas extremamente energéticas de ondas eletromagnéticas são prejudiciais aos tecidos vivos, entre outros exemplos possíveis, mas também são fundamentais, não apenas para as plantas, que realizam fotossíntese, mas também para nós, humanos, que precisamos de uma certa quantidade de raios infravermelhos na pele para sintetizar vitamina D.
Em relação a campos magnéticos, bem, nós vivemos dentro do campo magnético da Terra. Talvez você imagine que o carregamento por indução exija campos magnéticos super potentes, mas não é bem assim. Acredito que o sistema de carregamento por indução tem vários problemas mas não acho que adoecer as pessoas seja um deles. Caso contrário os carregadores de telemóveis por indução deveriam ser proibidos pelas autoridades sanitárias.
Enquanto que aqui no Brasil, nem temos previsão para carregadores com fio… e na Europa já estão evoluindo para o wireless. Os carros elétricos aqui ainda são inviáveis, pois são caríssimos e postos de carregamento público, só em capitais.
E com as distancias que têm de percorrer e tempo de transito nas cidades duvido que tão cedo seja viavel.