Austrália pondera isentar o YouTube da proibição das redes sociais por ser educativo
Depois de aprovar a proibição da utilização das principais plataformas de redes sociais por menores de 16 anos, por preocupações de segurança, a Austrália terá proposto abrir uma exceção, nomeadamente para o YouTube, por "apoiar a educação dos utilizadores finais".
Em novembro do ano passado, a Austrália aprovou legislação que proíbe a utilização das principais plataformas de redes sociais por menores de 16 anos, na sequência de preocupações de segurança por parte dos pais.
Inicialmente, a ministra das Comunicações, Michelle Rowland, disse que o YouTube seria uma das plataformas proibidas. Contudo, semanas mais tarde indicou que a plataforma poderia ser objeto de uma exceção.
Embora a legislação já tenha sido aprovada, só deverá entrar em vigor em dezembro, pelo que as regras específicas para a sua aplicação ainda estão a ser decididas.
O último projeto de regras estabelece categorias de isenção, incluindo uma para serviços "que têm como único ou principal objetivo apoiar a educação dos utilizadores finais".
O mesmo projeto de regras refere que o YouTube deverá ficar isento da proibição.
Empresas das redes sociais contra isenção do YouTube
Segundo a Australian Broadcasting Corporation (ABC), as plataformas rivais, como as da Meta, Snapchat e TikTok, não receberam esta potencial exceção com agrado.
Por um lado, o TikTok considera que se trata de um sweetheart deal e afirma que isentar o YouTube da proibição das redes sociais para menores de 16 anos seria "semelhante a proibir a venda de refrigerantes a menores, mas isentar a Coca-Cola".
Por outro, a Meta, que detém o Instagram, o Facebook e o WhatsApp, disse que a ideia de isentar o YouTube "ridiculariza a intenção declarada do governo (...) de proteger os jovens".
Além disso, argumentou que a plataforma usa todos os mesmos recursos que o governo considerou inseguros para crianças, incluindo recomendações de conteúdo algorítmico, reprodução automática sem fim, e notificações e alertas persistentes.
A isenção do YouTube está em contradição com as supostas razões para a [proibição das redes sociais para adolescentes]. Apelamos ao governo para que garanta uma aplicação igual da lei em todos os serviços de redes sociais.
Disse um porta-voz da Meta, à ABC.
Além da Meta e do TikTok, o Snapchat partilhou, também, com a ABC, uma declaração privada, na qual classifica a isenção do YouTube como "arbitrária" e um caso de "tratamento preferencial".
Proposta de isenção baseia-se nas expectativas dos cidadãos da Austrália
Em resposta às objeções das empresas de outras redes sociais, um porta-voz da ministra das Comunicações da Austrália explicou que o governo acredita que as exclusões propostas refletem as expectativas da comunidade:
Se o sentimento da comunidade mudar com o tempo, as nossas leis devem ser atualizadas para refleti-lo.
Num documento de discussão, no mês passado, o Governo da Austrália descreveu algumas das razões por detrás da isenção do YouTube.
Conforme recordado pela ABC, o documento afirma que, apesar de o YouTube ser "indubitavelmente" uma fonte de entretenimento, é, também, "uma importante fonte de educação (...) em que confiam as crianças, os pais e encarregados de educação e as instituições educativas".
Isto contrasta substancialmente com outros serviços de transmissão de conteúdos, que são predominantemente utilizados pelos jovens para ver conteúdos de entretenimento de curta duração.
Na perspetiva do TiKTok, uma exceção para o YouTube "reforçaria ainda mais o domínio de mercado da Google [proprietária do YouTube] num ecossistema digital já concentrado".
Era o que faltava o youtube agora ser considerado uma rede social, os miudos aprendem mais no youtube do que na escola.
O pplware que se ponha a pau se não também é considerado uma Rede social por ter comentários
Nem mais.. tem muito para passar o tempo (filmes/curtas, música, desenhos animado,…) mas também tem MUITO e variado conteúdo para quem pretende aprender alguma coisa. Da matemática à programação, tutoriais das mais variadas coisas…. No youtube só não aprende quem não quer!
Já nas outras plataformas o complicado é encontrar alguma coisa de interesse no meio de tanta distração…….
Até eu que já não sou novo uso bastante o youtube. Desde documentários, “podcasts”, DIY e até umas guitarradas, dou-lhe bastante uso. O meu puto dá ainda mais e apesar de ver muita parvoíce (está na idade e faz parte) também aprende coisas. Até receitas de culinária.
Acho que poderia haver uma segmentação diferente dos conteúdos, como p.e. separar os de “divertimento” dos “educativos”. Um pouco como o youtube kids (que é péssimo, diga-se já). Mas é preciso os pais também se chegarem à frente. Não é só “pega lá um telemóvel e deixa-me ver a bola em paz”.
Estou mesmo a ver miúdos até aos 16 anos a querer ir ao Youtube para aprender Matemática, Língua Portuguesa, História, Ciências, etc. Uma fatura… Secalhar 5%.
O problema não é youtube a mais. É pais a menos 😉
Ora bem.
O quê!? É educativo!? Só se for para ensinar como aldrabar ou roubar. O governo Australiano cada vez mais parece o dos EUA.
É mesmo muito educativo…já vi por lá umas meninas completamente nuas , mas como diz na introdução , são vídeos educativos…e têm grandes planos da forma educativa….é mesmo muito educativo
aconselho todos a verem uns vídeos de como elas se barbeiam nas partes inferiores …no inicio aparecem umas legendas a dizerem que são vídeos educativos e não destinados a dar prazer a alguns tarados…..e há ainda vídeos educativos sobre como limpar uma casa sem roupa …..o importante dizem elas é o pano e os produtos a usar ….todas dobradinhas para a frente e sem roupas …viva a educação
O Youtube e as ditas redes sociais, são como a televisão. Quem as faz boas ou más são as pessoas.
E infelizmente, apesar de haver coisas muito boas, existem muitas que são do pior aue há!
Os meus filhos já são adultos. Mas tenho grande pena dos pais atualmente com filhos pequenos… Grandes desafios têm pela frente! Com todo este mundo digital cheio de atrativos envenenados…
É sempre muito mais uma imposição, limitação ou proibição. Mas na falta de uma sociedade melhor…