Fiat Panda 4 × 4 “vintage” renasceu como um aventureiro totalmente elétrico
O Fiat Panda 4x4 é um ícone, especialmente em Itália, onde muitas unidades ainda circulam nas áreas montanhosas. O design é simples (é obra de Giugiario) e a sua mecânica, ainda mais. Além disso, foi também um dos primeiros carros a equipar um motor de secção transversal associado à tração nas quatro rodas. Em Portugal foi muito popular este 4x4.
Numa altura em que os elétricos estão a ganhar terreno e adeptos, um estúdio de design e personalização de carros italiano revolucionou o pequeno carro. Como resultado, renasceu o clássico Panda 4x4 como um elétrico e agora com o nome de Icon-e.
Temos visto a aparecer muitos e excelentes trabalhos nesta área. Aliás, eletrificar os carros com motor térmico será o grande negócio da década. Nesse sentido, apareceram já empresas a produzir motores elétricos universais. Então, o modificar os carros atuais, passou a ser também uma grande obra de arte.
Fiat Panda 4x4 Icon-e
Este veículo é já o segundo a ser modificado e estão mais 3 à espera da "modernização". Fazem parte de um projeto (Garage Italia) que visa celebrar a longevidade do Panda 4x4 no imaginário italiano. Em todos os casos, o design Giugiaro original é mantido, mas é atualizado com novos detalhes estéticos.
Os cinco Panda 4x4 Icon-e são o “Panderis”, projetado pelo fabricante de tecidos Vitale Barberis Canonico, o “Pandoro” feito em colaboração com a estilista Marta Ferri, o “Pand'Art” com Arthur Kar de L' Art de L'Automobile, a Pandina Jones com Car & Vintage (a plataforma para entusiastas do clássico) e, finalmente, 00Panda com a ideia de que é para um agente secreto.
Tecnicamente, cada carro é restaurado do zero, pintado de novo e depois transformado mecanicamente. Adeus aos 965 cc de 4 cilindros, em vez disso há um motor elétrico do Newtron Group, diretamente associado à caixa de velocidades original.
Apesar de ter um único motor elétrico, o Panda 4x4 ainda mantém a tração integral original da origem Steyr.
Alguns pormenores, como a potência do motor ou a capacidade da bateria, não foram revelados. Contudo, foi anunciada uma velocidade máxima de 115 km/h, um alcance de 100 km (ciclo WLTP) e um tempo de carregamento entre três e oito horas, de acordo com poder de carga.
Panda Elettra poderia ter aparecido em 1990
Curiosamente, o Fiat Panda da Garage Italia, um novo e belo exemplo de modernização, não é o primeiro Fiat Panda elétrico. A própria Fiat propôs em 1990 o Panda Elettra. De facto, nos anos 90, a Fiat possuía toda uma gama de carros elétricos.
Além do Fiat Panda Elettra (1990-1998), a marca italiana propôs o Panda Elettra 2 de 1992, o Fiat Cinquecento Elettra (1992-1996) e o seu descendente, o Fiat Seicento Elettra (1998-2005), houve contudo espaço para o de 1993, o desconhecido Fiat Ducato Elettra Bus.
A base do Fiat Panda Elettra era a versão básica do 750 Fire. No entanto, em vez do motor de 4 cilindros, um motor elétrico de 14 kW (19 hp) associado a baterias de chumbo-ácido que ocupa todo o espaço em que estavam originalmente os bancos traseiros e o porta-malas.
Mais alguns pormenores
Conforme a representação gráfica, acima das baterias, uma área de carga capaz de suportar um peso de 150 kg. Assim, na prática, era um Panda Van de emissão zero, ideal para o último quilómetro percorrido nas ruas estreitas dos centros históricos das vilas italianas.
Outra curiosidade, no entanto, é que o carro manteve a embraiagem e a caixa manual de quatro velocidades do 750 Fire. O Panda Elettra podia atingir assim 70 km/h de velocidade máxima e tinha uma autonomia para 100 km. Além disso, este elétrico do anos 90 precisava de 8 e 10 horas para recarregar as baterias. Aliás, as baterias tinham uma vida de apenas 35 mil quilómetros.
Portanto, o Panda Elettra não era um carro propriamente tão acessível. Além da curta vida útil das suas baterias, o carro custava 25,6 milhões de liras, quando um Panda 750 Fire a gasolina custava pouco mais de cinco milhões de liras. Posteriormente, em 1992, a Fiat melhorou a sua proposta. Então, já com mais maturidade de fabrico, a marca italiana apresentou o Panda Elettra 2. Este vinha equipado com um motor de 17,7 kW (24 cv) e baterias de níquel-cádmio com uma vida útil mais longa.
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Imagem: Garage Italia
Fonte: Garage Italia
Neste artigo: 4x4, elétrico, fiat panda, retrofit
Tempos em que a chapa dos automóveis de certas marcas se desfaziam ou transformavam em ferrugem só por contacto com uma qualquer brisa do vento. Ou os puxadores ficavam pendurados ao abrir as portas. Não guardo saudades.
Este Panda foi sempre uma aberração.
mas ainda deixa ficar mal muitos jipes…
Deve ser por isso que os nossos vizinhos compram todos os que podem… pena eu não ter um…
Já tiveste algum?
Para que queres saber ?
Porque não se pode chamar aberração ao carro sem se experimentar. Pergunta simples… Para isso, é somente feio…
Assumes demasiadas coisas sem saber. Só a tua opinião é que conta ? Ou não gostaste da minha opinião só porque é diferente da tua ?
lamento informar-te mas não sabes o que é bom… andar ao final do dia nos dias de verão com os tectos abertos e conseguir estaciona-lo em qq sitio de tão “arrumadinho ” que é.
Desculpa, mas a tua opinião é tão válida como a minha, ou não é ?
Eu tenho um Panda 750 de 1989 e estou super feliz com ele. Gasta pouco e manutenção baixíssima. Não tem o conforto de um carro novo, mas é utilitário citadino espetacular.
Mas…passa no IPO?
Porque em Portugal criam-se taxas para desencorajar a poluição (hipocrisia, o objectivo é a colecta de impostos) e depois não se permitem conversões para eléctricos por exemplo…a não ser que se pague a fulano que conhece outro que desenrasca a coisa.
Marco agora não percebi essa? passar na inspecão??? porque raio perguntas?
sim inspeção…
Ele vem assim de fabrica, logo em Portugal seria legal.
Nao é um Panda que um dia teve um ICE e agora tem um motor eletrico e baterias.
Em de vez de poder é potência… tem muito power. Não se pode traduzir tudo à letra.
Não é isso, o poder de carga dos carregadores.