CEO da Stellantis diz que desenvolver um elétrico custa até 50% mais
As fabricantes estão, na sua maioria, a apostar na mobilidade elétrica. Embora umas garantam que a mudança não será tão significativa, em termos de logística e investimento, ouras dizem o contrário. Caso disso é o grupo Stellantis, cujo CEO considera que o desenvolvimento de um carro elétrico custa 50% mais.
Ainda assim, os peritos acreditam que os custos vão, em breve, igualar-se.
O CEO da Stellantis Carlos Tavares diz que o custo mais elevado da produção de carros elétricos, comparativamente ao associado aos modelos térmicos, afetará os lucros das fabricantes nos próximos cinco anos. Por esta razão, estas terão de encontrar formas de compensar esses custos adicionais.
A eletrificação representa um custo de produção adicional de cerca de 40-50% em comparação com um carro normal. Não há forma de podermos transferir 40 a 50% de custos adicionais para o comprador. Portanto, a única estratégia a seguir é absorvê-los.
Explicou o CEO da Stellantis.
Ora, para manter a sua margem de lucro atual, o grupo tomará medidas, como um novo modelo de distribuição. Isto é, no verão passado, a Stellantis cancelou contratos com os seus concessionários na Europa, por forma a implementar um novo modelo de venda direta, conseguindo garantir maior controlo sobre o processo e reduzir os custos que lhe estão associados.
Além disso, Carlos Tavares também já revelou que os fornecedores deveriam contribuir. De acordo com o CEO da Stellantis, os próximos anos serão um “período de transição darwiniano” para a indústria automóvel, pois todos aqueles que pertencem ao setor terão de ser competitivos.
Será sobretudo uma corrida para reduzir os custos nos próximos cinco anos para proteger a acessibilidade.
Apesar de esta previsão encarecer os carros elétricos relativamente aos modelos térmicos, há peritos que consideram que os custos de produção dos veículos elétricos irão igualar-se, na segunda metade da década. Isto, devido a economias de escala e a redução gradual do preço das baterias.
Leia também:
Este artigo tem mais de um ano
Fonte: Automotive News
Neste artigo: Carlos Tavares, ceo, custos de produção, elétricos, Stellantis, térmicos
Mas é claro que custa mais: passaram de ter carros com um software e hardware super básico e de não ter quase equipas de software e de engenheiros dedicados a isso, a ter que ter motores eléctricos, baterias e software de alto nível.
Andaram eles (e todos os outros) fiados que teriam 10 a 15 anos mais até terem que fazer um eléctrico a ter em pouco tempo que actualizar-se. Bem feito.
É o que digo… a maioria das construtoras Europeias andou e anda a dormir à sombra da bananeira, a brincarem aos Plug-in e pouco mais, daqui a pouco tempo “choram” e ainda vai ser pior porque já há marcas Chinesas a entrarem no mercado, olhem o caso da MG entre outras!
Só vingam cá se os consumidores aderirem. Acho que esta guerra na Ucrânia vai-nos trazer umas quantas lições, aliás, já está a dar.
Desenvolver, mas depois fica mais barato produzi-lo!
Enquanto os preços dos automóveis não voltarem a preços decentes, não compro mais nenhum carro! Nem que ande 20 anos sem comprar nenhum! Isto é uma autêntica chulice!
20 anos é para meninos. O meu tem quase 24.
Nem mais. Enquando andar é para durar. Só é pena o preço dos combustíveis impedir que se saia de casa!
Ele esqueceu-se de referir o aumento extraordinário da complexidade de um carro hoje com o objectivo de controlo total, incluindo o desligar à distância
Fizesse ele um carro simples e tudo seria diferente.
Exactamente, acredito que haja muita gente que só quer um carro para o levar do ponto A ao ponto B e sem a parafernália de info-entretenimento que os BEV trazem.
Ponham-se no lugar de um condutor de 60 a 70 anos, acham que muitos deles dominam, ou querem dominar o sofware que esta num desses carros?
E para os deslocações do dia-a-dia, é preciso essa sofisticação?
Eu acho que não.
Para não falar no potencial de distracção que representa. Somos multados porque conversamos ao telemóvel no exercício da condução. E utilizar os tablet’s integrados nos carros?? Fica a pergunta.
Aos lucros que dizem ter, bem podem suportar a diferença.