Boeing admite que funcionários falsificaram registos das inspeções do 787 Dreamliner
Há umas semanas, um antigo engenheiro da Boeing denunciou a empresa por ter encoberto, conscientemente, falhas de segurança no fabrico de um dos seus maiores aviões de passageiros. Apesar de, na altura, a empresa ter negado que a segurança dos seus aviões tivesse sido comprometida, admitiu, agora, que os seus funcionários falsificaram registos relacionados com a inspeção do 787 Dreamliner.
Conforme noticiámos aqui, em abril, um antigo engenheiro da Boeing, revelou ao The New York Times que as secções da fuselagem do 787 Dreamliner estavam mal fixadas e poderiam eventualmente partir-se em pleno voo. Alegou, ainda, que a empresa recorreu a "atalhos" no processo de fabrico que acabaram por comprometer a segurança.
Com vários inquéritos diferentes abertos e após a notícia de mais uma investigação federal a recair sobre si, a Boeing admitiu que os seus funcionários falsificaram registos relacionados com a inspeção do seu avião 787 Dreamliner.
A americana Federal Aviation Administration (FAA) revelou que está a conduzir uma nova investigação sobre a Boeing, por via da qual tentará saber se os registos relacionados com o 787 Dreamliner da empresa foram falsificados, tal como noticiado pelo The Wall Street Journal.
Pouco depois desta notícia, o The Seattle Times informou sobre a confirmação, dada pela Boeing, de que os funcionários da sua fábrica em North Charleston falsificaram registos.
Contactada pelo Gizmodo para comentar o assunto, a FAA confirmou os pormenores da sua investigação, num e-mail:
A FAA abriu uma investigação sobre a Boeing depois de a empresa ter informado voluntariamente em abril que pode não ter concluído as inspeções necessárias para confirmar a ligação adequada e o aterramento onde as asas se juntam à fuselagem em certos aviões 787 Dreamliner.
A FAA está a investigar se a Boeing completou as inspeções e se os funcionários da empresa podem ter falsificado os registos dos aviões. À medida que a investigação prossegue, a FAA tomará todas as medidas necessárias - como sempre - para garantir a segurança do público que voa.
Numa nota enviada internamente, e posteriormente partilhada com a imprensa, o vice-presidente e diretor-geral do 787 numa das fábricas da Boeing na Carolina do Sul, Scott Stocker, explicou que um colega de equipa da Boeing tinha visto e relatado "irregularidades" na fábrica.
A declaração de Stocker diz, segundo o mesmo órgão de comunicação, o seguinte:
O colega de equipa viu o que parecia ser uma irregularidade num teste de conformidade exigido na junção do corpo da asa. Levantou a questão junto do seu chefe, que a levou ao conhecimento da direção executiva. Gostaria de agradecer e elogiar pessoalmente esse colega de equipa por ter feito o que estava certo. É fundamental que cada um de nós fale quando vê algo que pode não parecer correto ou que precisa de atenção.
Depois de recebermos o relatório, analisámos rapidamente o assunto e ficámos a saber que várias pessoas tinham violado as políticas da empresa ao não efetuarem um teste obrigatório, mas ao registarem o trabalho como tendo sido concluído.
Como todos sabem, temos tolerância zero para o incumprimento de processos concebidos para garantir a qualidade e a segurança. Informámos prontamente o nosso regulador sobre o que descobrimos e estamos a tomar medidas corretivas rápidas e sérias com vários colegas de equipa.
Apesar de admitir irregularidades conduzidas por "várias pessoas", o executivo acrescentou que a "equipa de engenharia da Boeing avaliou que esta má conduta não criou um problema imediato de segurança de voo".
Afinal sempre era verdade, quando a empresa e as autoridades tentaram esconder e ameaçando o wissblower.
A Boeing deve trabalhar com FSB, tanto é o pessoal que aparece suicidado depois de dar com a língua nos dentes!
Achavas que era só na Rússia?
Isto pode muito simplesmente acabar em indemnizações pelo mundo todo que levariam a banca rota a companhia, a América não podia deixar isso acontecer agora pensem…
O segundo whistleblower faleceu recentemente: https://www.theguardian.com/business/article/2024/may/02/second-boeing-whistleblower-dies
Espero que os técnicos da FAA, responsáveis por esta averiguação, não venham a “colocar um ponto final na vida por iniciativa própria”.
Pois.. coisas estranhas!!!!
https://www.bbc.com/news/business-68534703
https://executivedigest.sapo.pt/noticias/morre-o-segundo-denunciante-da-boeing-num-espaco-de-dois-meses/
Se fosse uma empresa “nao americana”, ja estava banida. Como se trata da giagante Boeing, vale tudo.
Tiago, era mesmo isso que ia escrever.
Mas tal e qual.
Quem, na Europa, os teria no sítio para banir a Boeing de voar por estas bandas?
Só quando caírem mais uns poucos é que talvez se fale nisso.
Entretanto, the show must go on.
Em relação aos suicídios dos delatores, são suicídios do bem.
Se fossem feitos por Russos já eram crimes de guerra investigados pelo TPI que só pode investigar quem os EUA deixa, caso contrário são ameaçados e ainda lhes acontece o mesmo.
Portanto, cada um que tire as conclusões que quiser.
O problema é mesmo este.No dia que a Europa banir a Boeing de voar na Europa varios paises ricos vao a falencia porque muitos avioes da Air France,Lufthansa,British Airways,Klm usam varios avioes da Boeing.Emirates,Qatar Airlines,Turkish Airlines,etc etc é usam quase todos vários avióes da BOEING.Vao todas estas grandes companhias aereas a falencia.So escapa a TAP de Portugal que só usa avioes da TAP.Alias é so irem ao google e verificar que quase todos bilhetes de avióes da BOEING sao muito mais baratos que os bilhetes da AIRBUS!!
São mortes naturais, é quase como ir a janela ou a varanda e cair 🙂
Que o digam os oficiais e oligarcas russos culpados de wrongthink!
Até agora dos 1123 Dreamliner construídos até Março 2024 nenhum teve algum acidente que matasse alguém. E que me lembre nenhum acidente entre Março e hoje.
Aqui consta algumas datas dos incidentes com aviões da Boeing:
29 de outubro de 2018: O voo 610 da Lion Air despenhou-se no mar de Java pouco depois de descolar de Jacarta, na Indonésia, matando todas as 189 pessoas a bordo.
10 de março de 2019: O voo 302 da Ethiopian Airlines despenha-se pouco depois de descolar de Adis Abeba, na Etiópia, com destino a Nairobi, no Quénia, matando todas as 157 pessoas a bordo.
Em 2019, a Boeing identificou um problema com as portas de carga do 737 NG (Next Generation). Essas portas podiam se desprender durante o voo, representando um risco para a aeronave e seus ocupantes.
Em março de 2024, um Boeing 787-9 Dreamliner que voava de Sydney, Austrália, para Auckland, Nova Zelândia, enfrentou um problema técnico no meio do voo. A aeronave sofreu uma queda repentina, resultando em 50 pessoas feridas.
Ora, estou preocupado com a vida dos funcionários (ou ex funcionários) daquela empresa que denunciaram a qualidade de construção das aeronaves, bem como, os investigadores da autoridade FAA, pois a qualquer momento, estes podem acontecer algum tipo de “acidente infeliz”, “doença súbita” ou mesmo “suicídio”.
Ivo estás distraido.A Noticia fala dos avioes do modelo 787-Dreamliner que NUNCA teve mortes quando teve acidentes.O voo 610 da Lion Air e voo 302 da Ethiopian Airlines que mataram todas as pessoas a bordo sao avioes Boeing 737 MAX 8
Os EUA não são seguros para quem der com “a língua nos dentes”.
Não é os funcionários falsificaram dados, mas a Boeing falsificou dados. Isto soa a descartar responsabilidades.
Como assim? foram os funcionários que falsificaram dados e foi a Boeing que se denunciou à FAA.
Devias tentar uma carreira como comediante… A Boeing veio agora admitir, porque a CIA já eliminou 2 cidadãos dos EUA. A ver se o terceiro também não tem um “acidente infeliz”.
Essa tua cegueira te faz acreditar no pai natal 🙂
Vergonhoso e um crime contra a segurança de dezenas de milhares de passageiros. E quando funcionários falsificam relatórios é a empresa que falsifica relatórios, ponto final.
Dois dos três que denunciaram a Boeing tiveram “acidentes” e “cometeram suicídio”, o terceiro já recebeu notificação de um possível “acidente”.
Mas não faz mal… Se forem os EUA a eliminar os próprios cidadãos é por causa da “segurança nacional”. Só os outros é que são maus.