Governador da Califórnia vai proibir anúncios barulhentos nas plataformas de streaming
O governador da Califórnia, Gavin Newsom, assinou uma nova lei que proibirá anúncios barulhentos nas plataformas de streaming. A legislação deverá entrar em vigor já no próximo ano.
Ainda que promovessem uma visualização sem pausas e publicidade, as plataformas de streaming começaram, pela mão da Netflix, a introduzir anúncios.
Apesar da controvérsia, os planos mais baratos parecem estar a ser uma estratégia vencedora.
Afinal, conforme informámos, em novembro de 2024, o plano com anúncios da popular plataforma de streaming atingiu a marca de 70 milhões de subscritores em todo o mundo, num aumento significativo face aos 40 milhões reportados em maio desse ano.
Entretanto, o governador da Califórnia, Gavin Newsom, revelou que assinou uma nova legislação, que proibirá os anúncios barulhentos nas plataformas de streaming.
A par disso, obrigará todas as plataformas de streaming e empresas de publicidade a minimizar o ruído que os anúncios causam aos utilizadores.
🔊TURN DOWN THE VOLUME
Californians don't want to hear commercials at a volume any louder than what they were previously enjoying their program at.
I just signed legislation enforcing this regulation across streaming platforms.
— Governor Gavin Newsom (@CAgovernor) October 6, 2025
Utilizadores não querem anúncios mais altos do que os seus programas
Conforme explicado, os anúncios nas plataformas de streaming não têm sido controlados desde que começaram a introduzir publicidade para níveis mais baixos, ao contrário das regulamentações que se aplicam à televisão aberta.
O Engadget explica que Newsom refere-se a uma lei aprovada pelo Congresso, em 2010, chamada CALM ou Lei de Mitigação do Volume dos Anúncios Comerciais.
Apesar de ter obrigado todos os anúncios em conteúdos televisivos a evitarem ser mais altos do que o próprio programa, a lei não abrange o áudio da indústria do streaming para anúncios ou inserções comerciais.
Com as plataformas de streaming a crescerem enquanto alternativa preferida dos utilizadores, o governador da Califórnia vai resolver o assunto, por via da nova lei, que deverá entrar em vigor no próximo ano.
Este projeto de lei foi inspirado pela bebé Samantha e por todos os pais exaustos que finalmente conseguiram fazer o bebé dormir, apenas para que um anúncio em streaming barulhento desfizesse todo o trabalho árduo.
Disse o senador Thomas Umberg, esclaracendo que "a SB 576 traz um pouco de paz e tranquilidade muito necessárias às famílias da Califórnia, garantindo que os anúncios em streaming não sejam mais altos do que os programas que realmente queremos assistir".
Embora Newsom afirme que ela será aplicada às plataformas de streaming, não se sabe se o Spotify estará sujeito. Isto é uma possibilidade, tendo em conta que a plataforma de streaming de música oferece um nível gratuito, que insere anúncios entre reproduções.
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Imagem: Samantha Lee/ Business Insider
Neste artigo: anuncio, california, plataforma de streaming, publicidade






















Anúncios sao importantes, deviam aparecer nos menus da netflix de forma diluida ou em intervalos entre episódios das series. Quem não quer anuncios é pagar por uma subscrição sem anuncios
Os anuncios ja sao demasiados, deveria haver um limite, mas o que esta aqui em causa tu nem percebeste. O problema esta em o anuncios serem mais altos(volume) que o filme ou serie que se estava a ver, este problema esta na televisao normal tambem, ou seja vejo um filme a noite no volume 10, vem uma publicidade e o volume esta demasiado alto, como se estive-se no 15-20, deveria ser tudo no mesmo volume.
Na, stremio.
Nao leste a noticia pois nao???
Em portugal, este aumento de volume já é proíbido
Mas como diria o Ricardo Araújo Pereira: é proibido, é! Mas ninguém liga, não!
É proibido, mas pelo menos na TV’s não é respeitado
Nem entendo porque as pessoas aceitam PAGAR e ainda assim ver anúncios. É um absurdo!
Por cá deviam era proibir anúncios na rádio em que há buzinas, travagens bruscas e sirenes! Isso é que era de valor!
+1
Em parte, isto parece a ditadura do silêncio a instalar-se, mas só em parte.
Concordo plenamente, em que sim, nas plataformas de streaming, infelizmente o anuncio entra de forma explosiva a meio do conteúdo que estamos a ver ou a ouvir e isso torna a experiência de consumo desse conteúdo e plataforma, desagradável.
Quanto às tvs generalistas em Portugal, não vejo muito como via há alguns anos, mas sinceramente acho equilibrado o volume entre o conteúdo e os anúncios. O mesmo não acontecia nos saudosos anos 90, em que até a Rtp 1 explodia os televisores com volume mais alto de forma repentina, até para os seus próprios reclamos.
Sim, concordo que os anúncios são importantes, até porque eu próprio tiro algum proveito disso, quanto mais não seja, para saber de novidades sobretudo a nível de comida.
Mas acho indecente as plataformas cobrar tarifários e ainda assim nas opções mais baratas, ter anúncios, mas elas viram que há mercado para isso e não é pouco, então porque não explorar? Eu faria o mesmo.
“Newscum” é deplorável… Em vez de tentar resolver os reais problemas da Califórnia, vem falar de anúncios barulhentos? What a waste!