“Termómetro voador” envia as primeiras imagens térmicas dos pontos críticos da Terra
Chama-se HOTSAT-1, é uma espécie de "termómetro voador", e já nos enviou as primeiras imagens térmicas da Terra. A empresa responsável por este satélite está confiante e alega que elas ajudarão a "enfrentar os desafios climáticos".
O satélite HOTSAT-1 é um "termómetro voador" construído na Grã-Bretanha e operado pela SatVu. Este equipamento enviou, agora, as suas primeiras imagens espaciais térmicas de alta resolução, dando a conhecer os pontos críticos na Terra.
Considerando que as imagens "superam as expectativas", a empresa está confiante de que ajudá-la-ão a "enfrentar os desafios climáticos".
Conheça o "termómetro voador"
O HOTSAT-1, apelidado de "o termómetro do mundo", foi lançado pela SpaceX, durante o verão. Ao contrário dos satélites que monitorizam a Terra com câmaras que veem a luz visível, este satélite monitoriza os infravermelhos, de modo a registar a quantidade de calor que está a ser emitida por objetos ou paisagens.
A SatVu, uma empresa de tecnologia climática, está a operar o primeiro satélite do mundo deste tipo e revelou que as imagens são um marco importante numa nova era de observação da Terra e monitorização do clima.
Colocando a sua tecnologia num satélite, a empresa consegue descarregar um fluxo constante de imagens, 24 horas por dia, mesmo em países com fronteiras fechadas.
Este é um dia fantástico. As primeiras imagens superaram as expectativas e estamos super entusiasmados.
A empresa está a desenvolver-se até este momento e agora estamos prontos para operações comerciais, para podermos enfrentar os desafios climáticos.
Partilhou Anthony Baker, CEO e cofundador da SatVu, ao Sky News.
Mas, afinal, para que serve este satélite?
Por exemplo, uma imagem de Las Vegas mostra a rede de ruas e estacionamentos a acumular calor durante o dia e a libertarem-no após o anoitecer, aumentando as temperaturas noturnas.
Ora, tomando conhecimento deste chamado efeito de ilha de calor urbana, que pode tornar as cidades vários graus mais quentes, os pontos críticos podem ser arrefecidos, através da plantação de árvores.
Outra imagem de Cushing, Oklahoma, nos Estados Unidos da América, mostra os formatos de tanques de armazenamento e oleodutos que podem movimentar 1,5 milhão de barris de petróleo bruto por dia.
Os dados do satélite podem ser usados para verificar se as operações estão em conformidade com os compromissos climáticos e as regulamentações industriais.
Além disso, as imagens térmicas permitem que os bombeiros monitorizem a velocidade de movimento da frente de incêndio. Mais, mostram por onde as chamas passaram, dando pistas sobre o movimento do fogo.
A capacidade do HOTSAT-1 de fornecer dados acionáveis em todos os setores capacitará as organizações com uma imagem mais clara do nosso impacto energético.
Na perspetiva de Paul Bate, CEO da UK Space Agency, este "termómetro" ajudará as empresas e organizações a fazer escolhas melhores, mais eficazes e conscientes, em relação ao clima, beneficiando tanto o planeta como a população.
Este artigo tem mais de um ano
Precisam de muitos satelites para cobrir o planeta e vão colocá-los a observar o Pacífico?
Então! Há uns tempos diziam que tinham dados da temperatura do planeta á 2000 anos atrás. Agora já é a primeira vez?
Sim, e não há há 2 mil anos tecnologias do homem sobre a terra a medir a temperatura global. Ou achas que há? 😉
Depois, a Terra tem outras formas de mostrar a sua temperatura, como, por exemplo, informações presas nas calotas polares e nos ciclos de vidas das árvores. Mas isso ultrapassa o que são os objetos feitos pelo homem. E este é um equipamento que vai medir o que nunca foi medido, pelo menos por esta nova forma de o fazer.