Governo dos EUA quer acesso às conversas privadas do Messenger do Facebook
Com o aumento da segurança nos serviços prestados na Internet, as empresas deixaram de ter acesso aos conteúdos partilhados ou às conversas que são tidas. Desta forma os utilizadores estão protegidos e conseguem ter níveis de privacidade muito elevados.
O Governo dos EUA encara estes mecanismos como um bloqueio às suas investigações e, por isso, procura removê-los. O mais recente caso está a colocar em causa a cifra das mensagens que são trocadas dentro do Messenger do Facebook.
São bem conhecidos os casos que têm colocado frente a frente o departamento de justiça do governo dos EUA (DoJ) e as várias empresas da Internet, sempre com o intuito de criar mecanismos para aceder aos dados dos utilizadores.
Um novo ataque do Governo dos EUA à privacidade
O mais conhecido destes casos envolveu a Apple, que se negou a dar acesso ao iPhone de um terrorista e que acabou por conseguir evitar a criação destes buracos de segurança nos seus sistemas.
O que agora é pretendido é o acesso às chamadas de voz realizadas no Messenger por membros do gang MS-13 de Fresno, Califórnia, para que seja possível provar um crime cometido.
A defesa do Facebook vem da cifra das mensagens
O Facebook têm-se defendido com a impossibilidade de aceder a estas chamadas e mensagens trocadas por estas terem cifra feita nos dispositivos, o que impossibilita o seu acesso. A maior rede social da Internet revela que apenas com acesso aos dispositivos será possível ler as mensagens e que as chamadas de voz não são guardadas sem a cifra.
Uma medida que poderá ficar para o futuro
Caso esta medida que o DoJ pede venha a ter sucesso, terá de ser alterado o código do Messenger e de outras aplicações, para assim criar os mecanismos de acesso às mensagens e às chamadas de voz e vídeo.
O Facebook tem argumentado que esta alteração de código é demasiado profunda e que poderá colocar em causa o seu serviço, para além da quebra de confiança que terá junto dos utilizadores.
Um precedente muito perigoso para o fim da privacidade
Há ainda o problema desta decisão, caso seja decretada e forçada a sua aplicação, que se torne o precedente que muitos esperavam que tivesse acontecido com o caso da Apple.
Desse ponto em diante qualquer serviço teria de ter os mecanismos necessários para cumprir com os pedidos do tribunal, quebrando também a cifra e os mecanismos de privacidade que tivessem aplicados.
Os próximos passos a serem seguidos neste caso
Sendo este um caso que está ainda em segredo de justiça e a decorrer de forma privada, é difícil saber quando vão surgir novas informações, mas provavelmente terá o mesmo seguimento que aconteceu com a Apple, que esteve a ser pressionada pelas autoridades até conseguir o acesso ao iPhone que estava a ser investigado.
Este artigo tem mais de um ano
No que toca a terrorismo e gangues e outros similares… não deveria haver direito à privacidade. Esse direito é perdido a partir do momento que cometem o crime.
Agora falta definir onde isso termina, quem é o terrorista gangue…sem antes ser julgado…igual que o patrioct act, podias ser interrogado sem advogado por horas interminaveis…enfim o diluir das fronteiras do ”inocente ate provado o contrario”…
Para isso acontecer, eles vão ter que abdicar da tua privacidade em prol de quem cometeu o crime. Se tu achas justo parabens.
“Those who would give up essential Liberty, to purchase a little temporary Safety, deserve neither Liberty nor Safety.”
Benjamin Franklin, Reply to the Governor (11 Nov. 1755)
Em 1755 havia pombos correios com mensagens encriptadas pelos maçons, para que alguns pudessem manipular a informação e a população … Ben Frank era um deles. Tudo anjinhos
A maçonaria não é o que tu pensas. Deixa de obter a tua informação de sites de chapéu de latão.
E mesmo que fosse uma organização maléfica com o intuito de controlar o mundo, não tornaria o argumento menos válido. Deixa-me usar uma analogia para ver se percebes. Se um médico argumentar com um doente que fumar faz mal à saúde, esse argumento não passa a ser milagrosamente inválido porque o médico fuma.
Bem, ao menos o que escreveste foi formulado coerentemente, tanto semântica como sintáticamente… já é mais do que outros como tu conseguem fazer.
Não considero um ataque , mas sim uma defesa , uma boa estrategia americana primeiro monopoliza-se ” windows etc..” a seguir cede-se a segurança interna .
“Quer um acesso” legal só se for, porque acesso já têm…
vinha dizer o mesmo
Não sendo legal não pode servir para condenar alguém no circo que é o sistema judicial “Americano”
O problema e’ que nao se pode escolher para quem acaba a privacidade. Se acaba para um bandido, acaba para toda a gente. Paga o justo pelo pecador. E se os governos acabarem com a privacidade dos cidadaos a possibilidade de abuso e’ inegavel. Infelizmente liberdade plena e seguranca plena nao sao compativeis. Ha’ que fazer escolhas e aceitar que qualquer uma delas tem consequencias potencialmente graves.
Para além de já lerem e ouvirem as mensagens de qualquer aplicação, agora só o querem tornar legal para casos como o referido, e estou perfeitamente de acordo.
Quem não deve não teme. Ou acreditam mesmo que existe privacidade online? Só se forem parvos (sem querer ofender ninguém)
Telegram.
China 2.0
E pá para mim autorizava desde que dê acordo com alguns parâmetros..
por exemplo so a polícia, mediante prova da investigação, é que teria acesso a essa informação. Mais ninguém.
para mim isso seria uma medida aceitável, desde que só a polícia tenha acesso.