Amazon: Trabalhadores protestam por melhores condições de trabalho
Sendo uma das maiores empresas do mundo inteiro, a Amazon reúne muitos adeptos. Aliás, alguns deles acabam mesmo por entrar como trabalhadores. E aí, aparentemente, o encanto termina. Os trabalhadores da gigante estão em protesto, de forma a conseguir ser representados por um sindicato que lhes garanta melhores condições de trabalho.
Uma das funcionárias, de 51 anos, disse que “eles estão a tratar-nos como robôs e não como humanos”.
Empregados da Amazon protestam por um sindicato
Linda Burns era assistente de enfermagem e uma cliente assídua da Amazon. Qual não foi o entusiasmo quando conseguiu um emprego no armazém da empresa nos arredores de Birmingham, Alabama. O seu trabalho implicava recolher as encomendas dos clientes e enviá-las para as empresas responsáveis pelo empacotamento.
Agora, a fã da Amazon é defensora de um sindicato que garanta os direitos dos trabalhadores da empresa, por entender que estes merecem mais respeito.
Eles estão a tratar-nos como robôs e não como humanos.
Disse Linda Burns de 51 anos, atualmente de licença devido a uma tendinite.
Além de Linda Burns, outros trabalhadores protestam e exigem ser representados por um sindicato que lhes garanta melhores condições de trabalho nos armazéns da Amazon, no Alabama.
Esta semana, Bernie Sanders dirigiu-se às instalações, para demonstrar apoio à imposição dos trabalhadores. O senador referiu que este protesto é uma vitória laboral contra a gigante, propriedade de uma das pessoas mais ricas do mundo. Para além disso, está a acontecer num estado historicamente antissindical e, por isso, poderá ter impacto no resto do país.
O que estão a fazer aqui é histórico, histórico, porque por todo este país as pessoas estão fartas e cansadas de serem exploradas, fartas e cansadas de não terem a dignidade que merecem. E a vossa mensagem às pessoas de todo este país é de pé e lutar contra isso.
Disse Sanders.
O senador acrescentou ainda que o país pertence a todos, e não apenas “a um punhado de bilionários”.
Burns e Harvey Wilson, de 41 anos, disseram que apoiam o sindicato devido às más condições de trabalho. Ora, além de enfrentarem quotas implacáveis, o tamanho das instalações torna quase impossível uma ida à casa de banho durante o intervalo de trabalho.
Mesmo que não dê em nada, trabalhadores estão confiantes na mudança
Embora a Amazon não se oponha diretamente, distribui flyers que a revelam contra a criação de um sindicato, uma vez que, segundo a empresa, o armazém criou milhares de empregos com um salário médio de 15,30 dólares por hora, mais do dobre do salário mínimo no Alabama.
Além disso, a empresa refere que todos os trabalhadores possuem benefícios nos cuidados de saúde, incluindo seguro dentário, medidas que Bernie Sanders referiu apoiar.
Tendo em conta a posição da Amazon face à existência de um sindicato, Harvey Wilson diz que não tem a certeza de como correrá a votação, uma vez que há vários trabalhadores mais jovens que têm medo de perder os empregos.
Os trabalhadores da Amazon estão a procurar ser representados pelo Retail, Wholesale and Department Store Union. Embora haja a possibilidade de a tentativa falhar, Emmit Ashford, trabalhador da Amazon, disse que acredita que o protesto pode ter acendido alguma coisa.
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Este artigo tem mais de um ano
Fonte: ABC News
Neste artigo: Amazon, condições de trabalho, protesto, sindicato, trabalhadores
Trabalhem noutro sítio. Lol
pois claro… o que é que interessa as pessoas poderem trabalhar com dignidade, humanidade e respeito? Preferes que as pessoas sejam descartáveis para não teres que pagar mais por alguma coisa que tu encomendas…
Deves ter levado o dia todo para pensar e postar esse comentário, sinto aí uma análise tão profunda e cheia de cabimento que entendo que ninguém tem direito a reclamar a nada, simplesmente muda de emprego, aonde se reclama menos, mesmo que as condições não sejam as adequadas. Yep! Obrigado!
E é exclusivo da Amazon? Não. Todas as grandes empresas, que trabalham num mercado muito concorrencial o fazem. Até cá em Portugal é prática em grandes empresas do setor do grande retalho. Não desculpa a Amazon, mas é preciso que se entenda que não é algo exclusivo dessa empresa.
Acabei sem perceber o motivo das queixas, parece-me só que querem trabalhar menos e ter mais benefícios.
Para perceber José não chega esta notícia, implica tentar saber um bocadinho mais da realidade da vida dos outros mas pelo tom da sua resposta não me parece que queira saber.
Essa postura do só eu é que sou bom trabalhador, o resto é tudo preguiçoso é uma das raízes dos problemas que temos.
O individualismo é a razão de em muitos sítios o trabalho de equipa não funcionar e a razão de termos o desequilíbrio salarial que temos.
Ora nem mais, cérebro a funcionar.
Pura ignorancia que o senhor tem… Eu trabalho já quase 4 anos na Amazon da Alemanha e percebo bem estas queixas. Ja vi muitos a saltarem só por ficarem doentes, é ridiculo e absurdo, 1 ano sem ficar doente ter feito excelente trabalho, doente, dia seguinte já tens no correio teu despedimento , sem mais nem menos. Por mais nem é uma empresa que te pretende manter indepentemente que se tenha um cargo bastante alto ou bastante anos de serviço, basicamente se é um numero substituivel.
La dentro nem se pode sentar, é expressamente proibido sentar-se, indepentemente se estão doer-te os pés ou a linha de produção estar parada durante meia hora por erros tecnicos, “Não lhes interessa”. Quem for apanhado apanha um processo disciplinar interno… E há por tanta coisa ridicula que apanhas um processo disciplinar!