Fundador da TSMC diz que apoia os EUA para travar os avanços de chips na China
À medida que a tensão entre os Estados Unidos e a China aumenta, vão surgindo novas notícias que ainda promovem mais esse conflito entre as duas potências mundiais. Neste sentido, recentemente o fundador da gigante taiwanesa TSMC diz que apoia os esforços dos EUA no sentido de desacelerar os avanços da China no segmento dos chips eletrónicos.
TSMC apoia os EUA no travão à China no setor dos chips
De acordo com as informações reveladas pela Reuters, Morris Chang, fundador da TSMC, disse nesta quinta-feira (16) que apoia os esforços dos Estados Unidos da América para desacelerar os avanços da China na indústria dos semicondutores. Contudo, mesmo com esta postura, o executivo já reformado disse que a "bifurcação" da rede de fornecimento global e a reversão da globalização podem aumentar os preços e reduzir a presença dos chips necessários para os equipamentos do mundo moderno atual.
Num evento organizado pela CommonWealth, em Taiwan, Morris Chang disse que "não tenho dúvidas de que, no setor de chips, a globalização está morta. O livre comércio não está tão morto, mas está em perigo". O executivo, que já conta com 91 anos de idade, acrescenta que "quando os custos sobem, a penetração dos chips vai parar ou diminuir consideravelmente".
A taiwanesa TSMC é a maior e mais importante fabricante de chips do mundo, sendo a maior fornecedora de grandes marcas como a Apple. Contudo, nos últimos anos, a China tem feito uma especial pressão contra Taiwan, o qual considera ser território que lhe pertence. Como tal, este conflito preocupa a indústria, uma vez que não se sabe ao certo qual será o destino das fábricas taiwanesas caso haja uma reviravolta geopolítica na região.
Desta forma, as intenções dos EUA em promover o fabrico em território norte-americano ou nos países aliados (estratégia designada como friendshoring, levanta uma situação complicada e um dilema para Taiwan. Morris Chang diz que "friendshore não inclui Taiwan. Na verdade, o secretário de comércio disse repetidamente que Taiwan é um lugar muito perigoso, não podemos - os Estados Unidos não podem - depender de Taiwan para chips".
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Imagem: Reuters
Fonte: Reuters
Neste artigo: China, chips, EUA, Morris Chang, semicondutores, TSMC
A China fabrica 22% dos semicondutores e Taiwan 21% (escrevo de memória, posso procurara a fonte, uma publicação de uma associação de produtores de semicondutores). Mas, quanto ao avanço tecnológico, neste simpósio Morris Chang disse que “Os chips mais avançados que eles [os chineses] estão a fazer agora são os chips que a TSMC fez há cinco a seis anos”,
Disse mais coisas relevantes, como: a globalização no setor de chips está “morta” e países como os EUA poderão começar a produzi-los no próprio país (com um agravamento no custo de 50% a 100% em relação ao custo em Taiwan).
Aludiu também à ameaça de invasão da China a Taiwan. É o que resulta da sua frase quanto a que países os EUA estão a olhar para substituir a China na produção de chips: “Os amigos a que eles se referem não incluem Taiwan. Na verdade, a secretária de Comércio Gina Raimondo disse repetidamente que é perigoso confiar em Taiwan e os seus comentários tiveram eco no [secretária do Tesouro Janet] Yellen. … Esse é o dilema de Taiwan.”
Estava à procura da fonte dos 22 e dos 21% e encontrei esta notícia do Business Insider de há poucos dias: “Os EUA destruiriam as fábricas de semicondutores de Taiwan em vez de deixá-las cair nas mãos da China, diz um ex-conselheiro de segurança nacional” (no governo de Trump). De acordo com a notícia, a TSMC produz 90% dos processadores avançados”.
https://www.businessinsider.com/us-would-destroy-taiwan-semiconductor-factories-avoid-china-trump-adviser-2023-3
Bom reparo e bom comentário. Para variar, foi informativo e tinha informações construtivas adicionais.
Sei o que vou indicar parece descontextualizado mas na realidade está tudo ligado.
O problema não é o Oriente, Africa ou Médio Oriente. O problema é o Ocidente. Se reparar (já agora combina com o seu nickname Repara) o Ocidente está sempre a tentar humilhar os outros povos. É um problema psicologico que atinge todo o ocidente. É uma perceção de que somos superiores a qualquer outro ser humano neste planeta. E não estou a dizer que seja hoje só uma situação de brancos ( no passado, não tão longínquo era apenas uma questão de brancos) mas que infelizmente infetou outras etnias que atualmente vivem sobre a mesma ideologia cultural europeia.
O Ocidente neste momento, e digo como exemplo a Europa, pensa erradamente que nunca magoamos os outros povos. Basta sairmos para a rua, em Portugal por exemplo, e vermos aquelas publicidades sobre a Europa que andam espalhadas por aí. Dou o exemplo “Europa é solidariedade, energia limpa, democracia”. Para quem sofreu nas mão de países europeus, algo que ainda se sente na pele, como as ex-colonias portuguesas, belgas, francesas, alemãs, inglesas, italianas, espanholas, holandesas, dinamarquesas como acha que sente uma pessoa dessas ex-colonias ao ver essas publicidades sobre a Europa? A Europa é tudo menos isso. A ilusão de que somos solidários vê-se na política de imigração atual, energia limpa com as alterações climáticas que foram iniciadas com a Europa e cuja responsabilidade sobre isso não queremos aceitar, e democracia quando temos um novo conflito armado na Europa (Rússia vs Ucrânia) que na verdade aconteceu por não haver abertura para ouvir (algo que representa a definição de Democracia).
Depois no dia a dia as pessoas dessas ex-colonias ou outros como a China, Rússia, Cuba, Venezuela, Nicarágua, que vivem no Ocidente ouvem constantemente a falar mal dos seus países de origem. É claro que vai haver uma resistência. É claro que paises como a China, Rússia ainda se esforçam mais para “derrotar” o Ocidente. É sua dignidade como povo, como cultura, como modo de ser que está em jogo. Podemos muito bem julga-los. Faz parte da vida humana. Mas assumir que temos razão, que a verdade está do nosso lado é outra coisa. A verdade é um conceito simples. É como a matemática. É universal e entendida por todos. A questão de Taiwan é um problema da cultura chinesa, o que eles são. Tal como a questão da península coreana. Ou seja, é um problema local, regional, interno de um povo com opiniões diferentes sobre si mesmo. E deve ser resolvido por eles. Quem está por fora, como o Ocidente, em vez de humilhar, ofender portanto, deveria mediar para que possa haver consenso. A China não se fechou em si mesma. A China, tal como a Rússia e Índia são, em termos populacionais, logo culturais muito diversificados e renovam as suas ideologias constantemente. O dinamismo do dia a dia nestes países é o dinamismo de décadas de países como o caso de Portugal. Ou seja, o que demora uma década (10 anos) para mudar em Portugal, demora um ano (ou meses) na China, Rússia, Índia.
Qual é a solução idealizada vendida neste momento? Continuar com a humilhação, continuar a propaganda. Por exemplo este artigo do fundador da TSMC é uma propaganda vendida a nós ocidentais. Nós é que suportamos a continuação da humilhação, da não abertura, dos nossos lideres, sejam eles publicos como privados. Quando digo propaganda é o mesmo que dizer que nos estão a vender banha de cobra. Porque a ideia que ficamos é que um um chines de Taiwan, o fundador da empresa que produz 90% dos chips mundiais, é contra a RPC (Republica popular chinesa). E como tal ficamos com uma ilusão de otica de que é assim para toda a população de Taiwan, quando a realidade é precisamente o contrário. Se fizerem um referendo em Taiwan, a perguntar se gostaria de estar ligados a China, como um país apenas, mas com duas formas de estar, aposto que a resposta seria de encontro a essa ideia.
LI as primeiras linhas e as últimas. Quanto ao referendo em Taiwan, há forças políticas que defendem a integração na China. Há eleições e essas forças políticas são claramente minoritárias. Não tens jeito para apostas.
Quanto ao re-nhó-nhó do “ocidente”. Não é só o “ocidente” que tem receio do expansionismo militar chinês. Lê, por exemplo, o que acham os países limítrofes em relação à ocupação de ilhéus e atóis no Mar do Sul da China e a instalação de bases militares.
A maioria dos Taiwaneses, prefere manter o “status quo actual,” ou então a independência. Os Taiwaneses não querem fazer parte da China Comunista ( Ditadura). Os Taiwaneses viram o que ocorreu em Hong Kong, supostamente teriam durante 50 anos, autonomia e liberdades ! Mas a China mudou o jogo , ao criar a Lei de Segurança Nacional: os partidos democráticos foram proibidos, políticos anti China, foram presos. Se alguém criticar o partido comunista chinês, Xi Jiping ou defender a independência de Hong Kong, vai preso! A grande maioria dos Taiwaneses sente se apenas Taiwanés, já não se sente Chinês! Não deves saber mais Taiwan, nunca esteve sob domínio do Partido comunista Chinês! Durante 50 anos, até 1945, Taiwán foi uma colónia japonesa( que desenvolveu bastante a ilha ) De 1945 até hoje Taiwan é na prática um estado independente ( ainda que reconhecido por poucos países) , É um país democrático ( ao contrário da China), tem defesa, moeda própria, é uma das maiores economias da Ásia, e a 20 economia do mundo!
A China nunca ia aceitar um referendo de independência, pois sabem que a população de Taiwan iria optar pela independência! O povo de Taiwan , vive numa sólida Democracia, é um dos países mais ricos da Ásia ( mais rico que a China) ,