Encontrado objecto artificial entre as amostras retiradas do asteroide Ryugu
No início deste mês, as amostras recolhidas em Ryugu pela nave japonesa Hayabusa2 chegaram em segurança à Terra. Após a abertura do depósito com o material recolhido do asteroide, os astrónomos foram confrontados com várias surpresas. A mais recente mostra um objeto artificial encontrado no meio do material recolhido. Para já, ainda não foi possível a sua identificação.
Entre o pó negro e as rochas contidas na cápsula que voltou à Terra, encontra-se um objeto brilhante. Será que esse material fazia parte da nave, ou é algo "extraterrestre"?
Poderá ser um objeto extraterrestre ou é mesmo terráqueo?
Quase um mês após a agência espacial japonesa JAXA ter recuperado as amostras da missão Hayabusa2, as surpresas ainda não acabaram. Conforme foi dado a saber, entre os destroços recolhidos do asteroide Ryugu, foi encontrado um objeto artificial.
A resposta mais rápida que pode ser dada é que este objeto brilhante fará parte da fuselagem da nave. Contudo, ainda não sabem se de facto é mesmo isso. Esta explicação foi dada pela JAXA através da sua conta no Twitter, onde detalhavam que a descoberta teve lugar a 21 de dezembro passado, quando o contentor recuperado com os restos do asteroide remoto foi aberto, e que poderia fornecer pistas importantes sobre as origens do Sistema Solar.
The curation work for the Ryugu sample is steadily progressing. On December 21, sample catcher chambers B & C were opened and then the contents of chambers A & C were moved to the collection containers in the photo. The largest particles in chamber C are about 1 cm! pic.twitter.com/yWO15cKhG9
— HAYABUSA2@JAXA (@haya2e_jaxa) December 24, 2020
A equipa analisa pormenorizadamente o que foi recolhido. Conforme explicou a agência espacial japonesa, tudo terá de ser detalhado e catalogado:
O trabalho de conservação das amostras de Ryugu está a progredir a um ritmo constante. A 21 de dezembro, foram abertas as câmaras de recolha de amostras B e C e depois o conteúdo das câmaras A e C foi transferido para os recipientes de recolha mostrados na fotografia. As maiores partículas na câmara C têm cerca de 1 cm de comprimento.
A imagem mostra um objeto de aspeto metálico brilhante, um corpo que, de momento, ainda não foi identificado.
Asteroide Ryugu poderá ter enviado "o lixo para casa"
No site oficial da JAXA é explicado que o material artificial parece estar presente na câmara C. A sua origem está sob investigação, mas uma fonte provável deste material poderá ser a própria estrutura da nave. Isto é, parece ser alumínio raspado da peça de recolha de amostras. Este poderá ter sido arrancado quando o projétil foi disparado para remover o material durante o desembarque no asteroide.
Portanto, é muito provável que a nave espacial, durante alguns dos tiros disparados contra a superfície da rocha, tenha sofrido com o ricochete de um projétil que "bombardeou" Ruygu. Mais tarde, esse material ficou preso dentro da cápsula com o resto das amostras.
Uma missão para revelar as origens do Sistema Solar
A missão Hayabusa2 tinha como objetivo recolher amostras de Ryugu, um asteroide invulgar que os cientistas sugeriram ter sido formado a partir de um cataclismo. Segundo um estudo anterior publicado em "Science", esta rocha faz parte dos Condritos Carbonaceus, um tipo primitivo de asteroide caracterizado pela sua cor escura.
Após a abertura da cápsula, os investigadores japoneses descobriram que havia mais material do que o esperado. Aliás, foi mesmo uma surpresa haver "grandes" rochas.
O recipiente também continha gás recolhido no momento da extração, que também será estudado para descobrir se é o próprio asteroide que os emana. Entretanto, o Hayabusa2 já recomeçou a viagem para 2001 CC 21, um tipo de asteroide muito pequeno e de rotação rápida, e depois aproximar-se-á de outro objeto chamado 1998 KY 26.
Assim, se tudo correr como planeado, a nave atingirá o seu primeiro destino em 2026 e o segundo em 2031.
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Este artigo tem mais de um ano
Então a equipa não sabe do que é feito a sua própria nave?!…
vou te dar um bocado de 5mm do teu carro para ver se consegues dizer se é do teu carro ou nao
A olho nu não consegues saber, como é mais que óbvio.
Mas é algo relativamente simples de se analisar, para chegar à conclusão se o material em si faz parte da nave ou não, em vez de andarem a criar falsas expectativas.
o Rui Silva é daqueles que faz o espectroscopia com os olhos
Não sei que mal tinha o meu comentário para ser apagado. A falta de humor pode afetar a inteligência
Então o conteúdo não é todo ele “extraterrestre”?
Do objeto metálico?
da amostra.
Em causa não está o material recolhido do asteroide, mas sim do objeto que não está de acordo com o que foi recolhido de material do asteroide. Aliás, diz isso no artigo.
Fora da Terra = Extraterrestre
Seja sol, seja lua, seja asteróides, sejam extraterrestres (que ironia), seja o que for…
Neste caso o objeto será sempre um objeto “extrasteroidestre” já que é um objeto encontrado num asteroide que não teve origem lá.
Fora do Asteroide = Asteroidestre 🙂
Hehe “extraasteroide” de facto.
kkkkkkk,ridiculos….
quero ver fazer melhor xD
Tristeza de tentativa
Então porquê?
A notícia em si..
O acesso a um asteroide? Ou o a recolha do material?