COVID-19: Novo teste de anticorpos com 99% de precisão aprovado para utilização na Europa
A pandemia no mundo já matou mais de 219 mil pessoas infetadas com o novo coronavírus. Em Portugal, os números estão perto das mil mortes e não há uma data para que a vacina apareça de forma a travar a COVID-19. Segundo os cientistas, para haver uma sociedade com alguma normalidade, os testes são essenciais. Além disso, é importante o uso de máscara e o distanciamento social. No que respeita aos testes, há agora um novo teste de anticorpos para verificar se alguém foi infetado com o vírus SARS-CoV-2, que afirma ser 99% preciso na análise.
Este teste foi já certificado para uso em toda a Europa e poderá ser um trunfo para os países aliviarem as medidas de quarentena.
Teste sorológico à COVID-19 promete 99% de precisão
A Abbot, especialista em diagnóstico global, que tem uma base no Reino Unido em Maidenhead, disse que espera enviar milhões de testes laboratoriais para toda a Europa até ao final de maio. Segundo informações, o teste de diagnóstico da empresa recebeu a certificação CE Mark, que mostra a sua conformidade com as regras de segurança da UE e pode agora ser usado em laboratórios em todo o Reino Unido para testar anticorpos criados quando uma pessoa foi infetada com a Covid-19.
O teste identifica a proteína IgG (anticorpos) que o organismo produz quando é infetado pelo coronavírus e estes anticorpos poderão permanecer no organismo durante meses e possivelmente anos.
Nos testes, o Abbott afirmou que mostrou uma sensibilidade superior a 99%, 14 dias após uma pessoa ter desenvolvido sintomas. Assim, o teste Abbott, feito na Europa, pode ser já usado em máquinas nos laboratórios de todo o Reino Unido.
Análise que mostra com quase 100% de certeza pacientes que já tiveram o SARS-CoV-2
O teste de anticorpos é crucial para ajudar a identificar pacientes que tiveram a infeção pelo novo coronavírus e desenvolveram imunidade. Nesse sentido, estas pessoas poderão voltar à sua vida social, ao trabalho e este cenário pode ser crucial para os trabalhadores do Serviço Nacional de Saúde (NHS) e pessoas em outras funções-chave.
A realização de testes generalizados tanto para doentes infetados como para doentes recuperados com o SARS-CoV-2 é provavelmente uma parte fundamental das medidas governamentais. Possivelmente será uma das medidas mais importantes para acabar com o bloqueio imposto nalguns países no continente Europeu, como Portugal, Espanha, Itália ou Reino Unido.
Mike Clayton, diretor-geral da divisão de diagnóstico da Abbott no Norte da Europa, afirmou:
A Abbott tem estado concentrada em levar os testes COVID-19 ao mercado o mais rapidamente possível para ajudar a resolver esta pandemia.
Estamos orgulhosos de poder fornecer os nossos testes de anticorpos imediatamente. Estes ajudarão a entender quem teve o vírus, levando a uma maior confiança à medida que voltamos a viver a vida. Estamos a colaborar com o NHS (Sistema Nacional de Saúde do Reino Unido), organismos de saúde pública e laboratórios privados em todo o Reino Unido para permitir que este teste possa ser utilizado aqui.
A Abbott está a ampliar significativamente a sua produção europeia para testes de anticorpos. Além disso, a empresa referiu que desenvolverá testes para deteção do anticorpo, IgM, num futuro próximo para expandir a gama de possíveis testes de anticorpos.
Portanto, em breve, poderemos voltar a viver, com mais testes, com máscaras e distanciamento social. Conforme temos vindo a perceber, o novo normal está para durar.
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Este artigo tem mais de um ano
Se fizer mesmo o que dizem, é uma excelente notícia. Mas só o tempo o dirá.
Só um aparte. Da forma como a notícia está descrita, parece que a Abbott é britânica, mas na realidade é norte-americana, sede em Chicago, Illinois
Está na noticia que a Abbott tem uma base no Reino Unido , logo não sei onde se pode depreender que a empresa é britânica…
Por isso mesmo, há quem possa pensar isso. A sucursal do Reino Unido é que está a fornecer os testes, mas a sede é nos EUA.
Não que faça grande diferença mas eu fiquei com a sensação que a empresa é britânica embora concorde que o artigo não refere que a empresa o seja. Embora não esteja incorrecto o uso de “base” para descrever eu creio que tantos os termos sucursal ou filial são mais claros para demonstrar que a empresa não é originalmente do Reino Unido.
Tu, e muita gente ficou com a mesma sensação, daí a minha chamada de atenção. Claro que não faz grande diferença ser norte-americana, inglesa ou israelita.
+1
Era importante realçar isto.
Testes serológicos:
“Podem surgir duas situações: a pessoa ter os anticorpos e não estar infetada, o que quer dizer que contatou com o vírus, eliminou a infeção e desenvolveu imunidade; ou a pessoa ser seropositiva, ter os anticorpos, e ainda ter o vírus – está em processo de eliminação do vírus.
Dever-se-ia fazer a combinação dos dois testes: o de diagnóstico, que determina se a pessoa está infetada, e o serológico. Se for positivo para os dois, a pessoa tem de permanecer em quarentena, se for negativo para o primeiro e positivo para o segundo, a pessoa já está imune e, em princípio, pode regressar à vida normal sem ser um perigo para a saúde pública” – Pedro Simas, virologista do Instituto de Medicina Molecular https://www.sabado.pt/ciencia—saude/detalhe/covid-19-o-que-sao-e-para-que-servem-os-testes-serologicos
Se tem anticorpos pode ainda estar infetado e transmitir a Covid-19. Já se fizeram uns milhares de testes serológicos em Portugal, não há propriamente assim uma grande novidade no post.
P.S. É serológico e não sorológico.
O teste só mostra que tem anticorpos!!
Neste montento Não temos informação suficiente pra dizer que a pessoa está imune ou não. Nem garantir que é pra vida,6 meses ou 2 semanas.
Mesmo que diga o número de anticorpos esse valor vale 0.
O que quero dizer é que quando fazemos 1 exame ao colesterol o exame diz o valor e também diz que a cima de x valor é mau, neste momento não sabemos que valor é esse.
Ou seja neste momento este teste serve pra dizer que a pessoa teve infectada com 99% de certeza ao contrario do teste normal que não procura por anticorpos e tem uma grande margem de erro.
– O teste diagnóstico diz se a pessoa está atualmente infetada – pode já ter estado e agora não estar (há também a questão dos falsos negativos mas não o consideremos agora).
– O teste serológico diz quem tem anticorpos e por isso – este ou está infetada.
Se deu negativo nos dois testes – tem anticorpos e não está infetado – a questão seguinte é saber se está imune ou não. E é aqui que se poderá dizer “Não temos informação suficiente pra dizer que a pessoa está imune” e se é “pra vida, 6 meses ou 2 semanas.” Mas também não é : “não se sabe nada, o teste não serve para nada” como sugeres.
Os especialistas o que dizem é que, embora não haja informação definitiva sobre o vírus do Covid-19, do que se sabe dos outros vírus, a presença de anticorpos (em quem é já seronegativo) garante, quase a 100%, que ganhou imunidade. Se apertados por quanto tempo, dizem – pra vida … pelo menos um ano.
Agora, esta coisa dos testes serológicos tem mais interesse para estudos epidemológicos, não propriamente para tomar decisões sobre medidas de controlo do Covid-19. Por esta altura haverá cerca de 2% dos portugueses que, se fossem testados estariam já imunes. Para essas medidas adianta muito saber quem são? Para grupos mais restritos, como é o caso do pessoal hospital, aí sim, adianta.
.. no terceiro parágrafo escrevi um erro: não é (em quem já é seronegativo) mas sim (em quem já é seropositivo)
– Seropositivo – detetada a presença do anticorpo
– Seronegtivo não foi detetada a presença do anticorpo
(Daí o nome de “teste serológico” e não sorológico com está no post.)
Este parece mais interessante, mas ainda está em testes.
Mais pelo facto de não precisar de análise num laboratório, é feita logo na máquina e não é aos anticorpos, por isso basta algumas horas de infecção para ser detectado.
https://qlifeholding.com/en/news/qlife-enters-agreement-nordsjaellands-hospital-start-validation-covid-19-test