Astrónomos detetaram vapor de água num planeta potencialmente habitável
O fenómeno agora descoberto pode parecer “insignificante”, até porque a água é comum no universo. Contudo, detetar este elemento a 110 anos-luz pode ser um passo muito importante. Nesse sentido, astrónomos encontraram vapor de água no exoplaneta K2-18 b, numa zona habitável da sua estrela.
A descoberta foi levada a cabo por duas equipas e publicada, esta quarta-feira, no repositório de artigos científicos Nature Astronomy.
Exoplanetas podem ter vida
Com mais de 4000 exoplanetas pode parecer que estamos prestes a descobrir se estamos sozinhos no universo. No entanto, infelizmente, não sabemos muito sobre esses planetas - na maioria dos casos apenas temos uma ideia da sua massa e do seu raio. Assim, entender se um planeta pode hospedar vida requer muito mais informação.
No momento, uma informação extremamente importante que está a faltar é a presença, composição e estrutura das suas atmosferas. Sinais de água atmosférica, oxigénio e metano seriam sinais de que um planeta pode suportar vida. Agora, pela primeira vez, conseguiu-se detetar o vapor de água na atmosfera de um exoplaneta potencialmente habitável.
Como se consegue perceber se há vapor de água no planeta tão distante?
A atmosfera de um planeta desempenha um papel vital em moldar as condições dentro dele ou na sua superfície. Dessa forma, a sua composição, estabilidade e estrutura fornecem pistas importantes sobre como é estar lá. Assim, é através de estudos atmosféricos que se consegue aprender sobre a história do planeta. Posteriormente, é possível investigar a sua habitabilidade e, em última análise, descobrir sinais de vida.
O principal método que é utilizado ao examinarmos exoplanetas é a espectroscopia de trânsito. Por outras palavras, é uma técnica que os astrónomos usam que envolve olhar para a luz das estrelas à medida que um planeta passa em frente à sua estrela hospedeira.
Conforme ela transita, a luz estelar é filtrada através da atmosfera do planeta - com a luz a ser absorvida ou desviada com base em quais compostos a atmosfera consiste.
Portanto, a atmosfera deixa uma pegada característica na luz estelar que tentamos observar. Uma análise mais aprofundada pode, então, ajudar a combinar essa pegada com elementos e moléculas conhecidas, como água ou metano.
K2-18 b, que orbita uma estrela anã-vermelha, foi descoberto em 2015
Surpreendentemente, assinaturas moleculares de água foram encontradas nas atmosferas de planetas gasosos, semelhantes a Júpiter ou Neptuno. Nunca antes foi visto em planetas menores, até agora.
O K2-18 b foi descoberto em 2015, e encontra-se a 34 parsec da Terra — qualquer coisa como mil biliões de quilómetros. Este é apenas um entre centenas de planetas "super-terras". Esta classificação é para planetas com uma massa entre a Terra e Neptuno encontrados pelo Kepler da NASA. No entanto, o K2-18 b é um planeta com oito vezes a massa da Terra que orbita uma estrela "anã vermelha", que é muito mais fria que o sol.
Apesar disso, o K2-18 b está localizado na "zona habitável" da sua estrela. Quer isso dizer que tem a temperatura certa para suportar água líquida. Dada a sua massa e raio, o K2-18 b não é um planeta gasoso, mas tem uma alta probabilidade de ter uma superfície rochosa.
Além disso, o planeta está a “apenas” 21 milhões de quilómetros da sua estrela e tem uma temperatura estimada entre -73,15 e 46,85 graus Celsius.
Mas o que é necessário para um planeta acolher vida?
Para que um exoplaneta seja definido como habitável, existe uma longa lista de requisitos que precisam ser satisfeitos. Um deles é que o planeta precisa estar na zona habitável onde a água pode existir na forma líquida. É também necessário que o planeta tenha uma atmosfera para proteger o planeta de qualquer radiação nociva proveniente da sua estrela hospedeira.
Outro elemento importante é a presença de água, vital para a vida tal como a conhecemos. Embora existam muitos outros critérios para a habitabilidade, como a presença de oxigénio na atmosfera, a nova investigação fez do K2-18 b o melhor candidato até à data. É o único exoplaneta que cumpre três requisitos de habitabilidade: as temperaturas certas, uma atmosfera e a presença de água.
No entanto, não se pode dizer, com dados atuais, de que forma o planeta tem probabilidade de sustentar a vida. Os dados são limitados a uma área do espectro - isto mostra como a luz é partida pelo comprimento de onda - onde a água domina. Nesse sentido, não é possível determinar a existência de outras moléculas.
O primeiro de muitos?
Com a próxima geração de telescópios, como o Telescópio Espacial James Webb e a missão espacial ARIEL, serão dados passos muito importantes. Com este nível tecnológico será possível determinar a composição química, cobertura de nuvens e estrutura da atmosfera do K2-18 b.
Estas missões também podem facilitar a realização de deteções semelhantes para outros corpos rochosos nas zonas habitáveis das suas estrelas-mãe. Com o K2-18 b a 110 anos-luz de distância, não é realmente um planeta que poderíamos visitar - mesmo com pequenas sondas robóticas - no futuro previsível.
Este artigo tem mais de um ano
Imagem: NASA
Fonte: Phys.org
Neste artigo: espaço, exoplaneta, K2-18 b, kepler, nasa
A água é comum?
Não, não é, e também não é um elemento.
Acho que não percebeste bem o contexto em que a palavra elemento é usada. Vai lá ler o texto outra vez.
Sem ser na antiguidade em que se acreditava nos 4/5 elementos, não vejo a necessidade de se defenir água como um elemento, tanto que na segunda referência da água já lhe chamam molécula.
Correcto, a água é um composto químico, mais especificamente uma molécula. No entanto a água não é assim tão raro. Até já encontramos nuvens moleculares ricas em água.
Inútil para a humanidade. Nem uma só pessoa pode beneficiar deste trabalho. Só serve para vaidade de alguns quanto muito.
Alguns seres humanos do passado eram capazes de sentir, ver e falar com diversos seres da natureza, e aprender com eles acerca de como as coisas realmente funcionam na Terra e neste Universo em que nos encontramos, iam designando-os de deuses e depois abandonando essas designações em favor de novos seres mais elevados que passavam então a considerá-los de deuses, apesar de na prática estarem até abaixo dos seres humanos aqui na Terra em termos de origem em relação à distância à origem da vida na Criação primordial, e os seres humanos no passado chegaram até ao limite do espiritual, onde então alguns conseguiram pressentir uma condição uniforme que veio a dar origem ao conceito de um Deus ainda que de forma torcida relativamente à realidade, uma vez que muitos ainda pensaram que o topo/ máximo seria um ser humano muito elevado, embora na realidade ainda devessem ter considerado como mais elevado uns seres humanos primordiais (que seriam os ditos novos “deuses”) dos quais eventualmente receberiam a notícia do grande Deus único aos quais eles mesmos como todos os outros seres servem e adoram, e esse sim é o verdadeiro limite e a fonte da vida embora os seres humanos não o possam ver, mas os seres humanos nem o limite baixo do espiritual conseguiram ultrapassar.
Agora vangloriam-se que talvez existam por aí planetas que possam ter, eventualmente, condições para ter vida humana e animal… é preciso ter regredido muito na evolução! Claro que existem milhões de planetas com vida neste e nos outros universos, onde existem pessoas que em tudo se assemelham aos seres humanos aqui na Terra, as diferenças são mais ou menos as mesmas que se verificam aqui na Terra, mas qualquer um que as visse imediatamente as reconheceria como seres humanos pois a forma básica é a mesma. Andam a gastar vidas e recursos com estas inutilidades de procurar vida com telescópios… se aplicassem o mesmo trabalho, esforço, paixão em evoluir interiormente provavelmente alguns até eventualmente conseguiriam falar espiritualmente com outros seres humanos em outros planetas.
Conhecimento nunca foi e nunca será inútil.
Poderá ser uma ameaça para muitos, porque é mais difícil controlar as massas.
A pesquisa de conhecimento e utilização da ciência nunca será um retrocesso. Se assim fosse o caso as civilizações mais avançadas seriam os países árabes, pois muitos deles as regras e leis são todas baseadas num livro religioso.
Espero que esse comentário tenho sido feito através de meditação e não por algo extremamente retrógrada como um computador ou smartphone.
+1 o comentário chama-se “ego espiritual”, ele pensa que só ele tem a sabedoria toda…
A hipocrisia dos new agers é assim mesmo. Refilam com a ciência, mas não tem problemas em usar os avanços que a ciência trouxe.
Ou é tudo uma grande conspiração das operadoras de telecomunicações.
Andam todos a gastar guita em dispositivos eletrônicos quando se podia fazer tudo espiritualmente, não havia problemas de falta de rede, bateria estava sempre carregada e não se gastava dinheiro.
Falam em 110 anos-luz… como falam irmos de Lisboa á Australia em 25 horas… os cientistas que deixem de beber redbull…
Mas alguém falou em irmos até lá? Até o próprio artigo diz, e cito: “Com o K2-18 b a 110 anos-luz de distância, não é realmente um planeta que poderíamos visitar – mesmo com pequenas sondas robóticas – no futuro previsível.”
Eles te em energia em propulsão, escondem isso de nós, a nasa ainda não sabem como usar,para viajar no espaço, tal como a particula de Deus no cerne suíça ,estão em experimento,mas ainda nao sabem como conservar e guardar,1grama viria a dar pra viajar no tempo e espaço como a velocidade da luz, nos não estamos sozinhos no universo ou melhor duploverso,até os antigos sumérios tinham melhor conhecimento da astrologia q nós nos tempos de hoje atuais…
Não, nós ainda não possuímos qualquer tipo de propulsão que nos permita visitar Proxima Centauri, que se encontra a pouco mais de 4 ly, quanto mais uma estrela que se encontra a 110 ly.
A partícula de deus é um termo popularizado pelos media, sendo este detestado pelo cientista que a previu, pois o este nada tem a ver com deus. O termo cientifico é o bosão de Higgs. Nem muito o bosão de Higgs dá para conservar e guardar porque o tempo de vida desta partícula elementar bosónica é substancialmente inferior a 1s, e decai noutras partículas elementares.
Converter uma massa de 1g em energia pura é irrelevante de que tipo de massa estamos a falar. 1g de neutronium, ou 1g de caca de cavalo é a mesma coisa. E, de acordo com o nosso conhecimento da física, é impossível algo que possua massa viajar à velocidade da luz através do espaço. Precisarias de uma infinidade de tempo ou de uma infinidade de energia (algo que não está contido em 1g do quer que seja). Existem hipóteses de dobrar o espaço-tempo (dilatando-o e contraindo-o) que permitiria algo viajar mais rápido que a velocidade da luz, mas tal não passe de uma hipótese que, para já, não tem qualquer fundamento experimental que a suporte. E mesmo à velocidade da luz, demoraríamos a chegar lá 110 anos.
Primeiro, os registos historicos mostram que o primeiro povo a utilizar um sistema organizado de astrologia foram os babilónios, já os sumérios tinham deixado de existir. Mas mesmo que fossem eles, era perfeitamente normal terem melhores conhecimento de astrologia. Afinal de contas astrologia é uma valente balela sem qualquer aplicação prática, sendo praticada, agora por charlatões, na altura por seres humanos que não possuíam o conhecimento para perceber a significância do que observavam. Os seres humanos mais inteligentes do presente abandonaram a astrologia a favor da astronomia. Ao contrário da primeira, a segunda tem respostas verificáveis e aplicações práticas.
E já agora, o que é o duploverso? Tens alguma forma de justificar este? Ou é como de costuma uma afirmação retirada do traseiro.