Asteroide com 4,5 mil milhões de anos pode revelar as origens da vida na Terra
A expectativa é muita, pois esta amostra, retirada do asteroide Bennu, poderá conter pistas vitais para a formação dos planetas e do nosso sistema solar. Além disso, poderá dar-nos pistas sobre como existimos hoje neste planeta. Mundos extraterrestres poderão ter sido importantes para a vida na Terra.
Asteroide com 4,5 mil milhões de anos pode revelar origens da vida na Terra
O espécime, do tamanho de uma colher de chá, retirado do asteroide Bennu, está a ser examinado por cientistas do Museu de História Natural (NHM). A amostra, semelhante a poeira negra, poderá ajudar a esclarecer algumas das maiores questões sobre a formação da Terra.
Segundo os especialistas, poderá conter pistas vitais sobre a formação dos planetas e do nosso sistema solar.
Estamos muito entusiasmados porque acabámos de receber uma pequena colher de chá de pólvora negra, mas que veio do espaço. Estamos muito entusiasmados por receber um pedaço do asteroide Bennu porque acreditamos que este asteroide data dos primeiros tempos do sistema solar, quando o sistema solar, o Sol e os planetas se estavam a formar há quatro mil milhões e meio de anos.
Formou-se a partir de um disco rodopiante de poeira e gás, e pensamos que podemos ter aqui componentes desse período de tempo."
Disse Sara Russell, responsável de investigação do NHM.
Os investigadores já examinam a amostra, que foi colocada numa caixa de luvas de azoto, o que significa que está protegida da possível contaminação pela exposição ao ar, para preservar o seu estado natural.
A tarefa envolve ficar em frente à caixa selada e usar as luvas anexadas para realizar experiências.
O que poderá conter esta amostra?
A responsável pela investigação referiu que a amostra deverá ser rica em vários minerais, onde a água eventualmente retida trará algumas respostas fundamentais para percebermos a origem da vida nesta nossa esfera azul.
Pensamos que também contém minerais, como argilas, que retêm muita água, pelo que pode conter muita água e isso pode dizer-nos como é que a Terra se tornou um planeta habitável com água. Além disso, pensamos que poderá conter vários por cento de carbono, que poderá estar sob a forma de carbono orgânico, pelo que precisamos de investigar isso melhor.
Mas pode ser que asteroides como Bennu também tenham fornecido os nutrientes necessários para que a vida florescesse na Terra.
Disse Russell.
Orbitando o Sol a cerca de 120.000.000 quilómetros de distância, pensa-se que o asteroide é uma "cápsula do tempo intocada do início do sistema solar", fornecendo pistas sobre a origem da Terra, segundo o Museu de História Natural.
Bennu é um potencial perigo para a Terra
Sim, este asteroide tem potencial para danificar a Terra e é considerado o asteroide mais perigoso do sistema solar. Em 2135, Bennu passará relativamente próximo à Terra, no entanto, as probabilidades de impacto neste encontro específico são baixas. Mas não nulas!
Em setembro, a Osiris-Rex (Origins, Spectral Interpretation, Resource Identification and Security - Regolith Explorer), da NASA, tornou-se a primeira missão americana a recolher uma amostra de um asteroide e a devolvê-la à Terra.
Os cientistas do NHM fazem parte de uma equipa internacional que recebeu uma parte da amostra para analisar. Bennu é um asteroide rico em carbono, contendo cerca de 5% de massa, alguma da qual é orgânica.
A equipa acredita também que poderá ter água extraterrestre retida nos seus minerais. A análise destes minerais ajudará os investigadores a testar a teoria de que os asteroides transportaram água para o nosso planeta há 4,5 mil milhões de anos.
Quando a Terra se formou, estava provavelmente muito, muito quente, e coisas como a água teriam fervido e escapado para o espaço, teria sido muito seca quando se formou.
Por isso, a questão é: como é que chegámos a este belo planeta azul coberto de oceanos?
E é provável que a resposta seja porque a água foi trazida pelo impacto de asteroides e cometas do sistema solar exterior.
Concluiu Sara Russell.
O Museu é um dos quatro institutos britânicos que estudam amostras da NASA, juntamente com a Open University, a Universidade de Oxford e a Universidade de Manchester.
ahahahahah
estas notícias “científicas” são de bradar aos céus, literalmente!
Porquê? Os curiosos percebem que ainda há muito para descobrir. Os interessados querem saber mais sobre o que nos envolve neste universo, estaremos sós? Os terraplanistas batem cedo no DOMO… e apenas ficam ali a “tugir e a mugir”. Portanto, dos céus e dizes bem, muita coisa ainda haverá de bradar.
Há muitos equívocos. Não passam de probabilidades e todas ínfimas!
4,5 mil milhoes de anos. Nao sao muitos anos para se concluir alguma coisa sobre isso ? Sera que temos tecnologia assim tao eficaz sem que exista uma margem de erro sobre o assunto ? Fica a pergunta.
Há tanta margem de erro que inventaram a escala geológica com 5 unidades principais diferentes.
O seu problema é com a palavra “anos”. Em escala geológica, a unidade mais pequena é milhares de anos.
Quando se diz que a Terra tem 4,5 mil milhões de anos com a acumulação de estudos nos últimos 250 anos, há uma margem de erro atribuída de cerca de 1%. Ora 1% nesta unidade de tempo corresponde a cerca de 50 milhões de anos.
Se compararmos com a idade do planeta, é uma gota de água. Se reduzirmos as unidades geológicas, então 50 milhões de anos é quase um oceano, teríamos de recuar até ao tempo dos Heptodontes.
É fascinante, porque ultrapassa o nosso pobre horizonte do ano a ano. Por ser uma escala tão gigantesca é que leva as pessoas a falar em “probabilidades”, “equívocos”, não conseguem compreender a dimensão do tempo fora do tempo humano.