Apple Watch salvou a vida de uma mulher que sofreu um ataque cardíaco
Cada vez mais as pessoas usam o Apple Watch como um dispositivo que está alerta para os sinais vitais. São vários os casos que atribuem ao smartwatch da Apple o crédito deste ter salvado a vida dos seus utilizadores numa variedade de cenários. Agora, o Apple Watch terá ajudado uma mulher quando foi alertada sobre a sua frequência cardíaca que estava anormalmente alta.
Os alertas do relógio preocuparam a utilizadora que se dirigiu de imediato às urgências. Um eletrocardiograma revelou que ela teve um ataque cardíaco recente sem perceber.
Apple Watch é a sentinela dos dados vitais
Segundo o que foi dado a saber pelo meio de comunicação WZZM 13 do Michigan nos EUA, uma mulher disse que o seu Apple Watch a alertou sobre uma frequência cardíaca anormalmente alta. Sem que ela fizesse esforços para tal, o seu ritmo cardíaco era elevadíssimo e ela nem tinha consciência disso. As preocupações levaram a que a mulher fosse ao centro médico onde fez exames.
Diane Feenstra contou à estação de televisão local que:
No dia em questão, 22 de abril, eu tinha 169 batimentos por minuto de frequência cardíaca, embora o exercício mais vigoroso que fiz tenha sido subir 12 degraus. Liguei para o meu marido no trabalho e perguntei: achas que isso é preocupante? E ele disse liga ao teu médico.
Depois de se dirigir ao centro de atendimento de urgência local, os médicos realizaram um eletrocardiograma, que revelou que Feenstra havia sofrido recentemente um ataque cardíaco sem se aperceber.
Ao contrário dos homens que muitas vezes sentem uma forte dor no peito, os sintomas das mulheres são muito diferentes.
Senti uma dor na mão esquerda, um pequeno inchaço no pé esquerdo, uma indigestão que acabei por explicar como se fosse um refluxo ácido que sentia à medida que envelhecia. O maior problema era a dor no ombro e eu percebi que como tinha aspirado, coloquei os meus músculos fora de controlo de alguma forma.
Disse a mulher.
Feenstra então visitou o Meijer Heart Center, uma clínica localizada em Grand Rapids, Michigan. Aqui, os testes adicionais descobriram que Feenstra tinha um bloqueio total na artéria coronária esquerda.
Para corrigir o problema, a mulher foi submetida a um procedimento de stent para corrigir a situação. Isto é, foi implantada uma rede ou malha metálica para garantir que a artéria se mantém aberta para deixar fluir o sangue.
Apple Watch salvou-lhe a vida
Com este quadro, possivelmente a mulher, se não fosse alertada pelo relógio, não iria dar importância a um "aviso silencioso". O enfarte agudo do miocárdio, ou "ataque cardíaco", uma das principais causas de morte, é um problema provocado pela interrupção total ou parcial do fluxo de sangue numa artéria coronária responsável por irrigar o coração.
Feenstra está a promover o Apple Watch como um salva-vidas depois de o ter recebido como um presente de aniversário:
É tão fácil ver qual é o seu ritmo cardíaco, se eu não tivesse feito isso naquela manhã, quem sabe, podia ter tido outro ataque cardíaco que teria sido fatal.
O Apple Watch tem vários sensores que podem ser a salvação de pessoas que caem e ficam inconscientes, sensores que alertam quando há alterações do ritmo cardíaco, além de outros alertas relacionados com os sinais vitais dos utilizadores.
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Quando vi o título pensei que o Apple Watch lhe tinha dado um choque para a reaviavar após um ataque cardíaco 😉
Se ela tivesse um ataque cardíaco forte e morresse o Apple Watch ou outro smartwatch apenas iria ajudar a identificar a causa da morte.
Mas sem dúvida é uma boa experiencia para a senhora que pode começar cedo a examinar a causa e tratar
Produtos largamente fora do meu alcance, e que muito sinceramente até acho demasiado overpriced…mas quando o que está em questão é a monitorização de sinais vitais, acho que este deve ser o caminho da indústria dos smartwatches. Prefiro juntar algum para um aparelho que de facto pode ter um papel crítico na minha saúde do que apenas carregar mais um ecrã comigo para coisas triviais.
Existem outras ofertas no mercado bem mais acessíveis e que fazem uma boa leitura do batimento cardíaco. As Mi bands nunca testei bem a precisão, mas comprei há pouco tempo o Mi Watch Lite e as leituras são confiáveis pelo que me pareceu. Para além disso ele dá uma média do batimento cardíaco o que até é interessante para manter o controlo ao longo do tempo.
Existem, e para verificar o ritmo cardíaco há vários e já com algum rigor. Contudo, o Apple Watch, assim como alguns da Samsung, Fitbit e Huawei são bem melhores com mais qualidade de construção e mais sensores. Inclusive este: https://bit.ly/3dGXE5F
Claro, se a pessoa tem um iPhone, nenhum chega ao desempenho do Apple Watch.
Sim, concordo plenamente, estava-me a referir numa escala mais affordable, o Mi Watch Lite custa 60€ e o que oferece pelo preço é excelente.
Claro que iPhone e Apple Watch foram feitos para trabalhar um com o outro por isso, o desempenho entre os dois é inquestionável, dado que a Apple não tem que desenvolver o dispositivo a pensar noutros smartphones, que não o iPhone.
Só que lá está nem toda a gente tem capacidade financeira para os dois.
É um facto. E ainda bem que cada vez há mais equipamentos com qualidade. Mas também é verdade que para teres mais sensores e tecnologia os preços já não são de uma Mi Band. Os Samsung não são baratos também, ou os Huawei. Acredito é que num futuro próximo, estas tecnologias que ajudam os utilizadores no aspeto da saúde e bem-estar fiquem muito mais acessíveis.
Uma máquina fantástica também é o FitBit, temos um, que até deve sair uma análise dentro de dias, e é muito bom. Mas vais ver o preço….
Já andei a namorar esse Mi Watch Lite, na altura até fiquei mais encantado até foi pelo GPS…mas tenho-me vindo a aperceber que o ideal é investir numa máquina com o máximos de sensores possíveis para a saúde.
O ideal para mim seria uma máquina robusta, confortável, sem dezenas de programas de desporto que nunca vou utilizar, com pontos forte na medição de sinais vitais e que desse para emparelhar com qq smartphone android.
Fiquei a saber outra coisa das vossas respostas, pois confesso que sou um ignorante em bands e smarwatches, a necessidade de compatibilidade entre o smartwatch e o smartphone. Dito isto questiono se as funções de sensores de finais vitais necessitam do smartphone emparelhado para funcionar corretamente? Depreendo que sem smartphone posso esquecer auto chamadas de emergência que, como outros comentaram, não funcionam cá.
Outra questão o sistema de informação do SNS, nomeadamente portal da saúde, pode interagir os sensores de sinais vitais e o histórico gerado?
Deixo a dica para um artigo dedicado a explorar estas dúvidas. Obrigado.
Another day, another BS…
Uso desde ano passado e ofereci também à esposa o SE. Se não era grande adepto de relógios e pulseiras hoje já não passo sem ele e tudo por uma situação parecida com esta num amigo. Se foi isso que lhe salvou a vida não sei mas foi esse relógio que o alertou para um problema que poderia ser muito grave. É um rapaz novo na casa dos 50 anos. Mas tinha um problema de bradicardia. Se não fosse o alerta do relógio ele nem sabia que o tinha.
Mais um caso preocupante da dependência tecnológica vs racionalidade.
A mulher ignorou as dores e sintomas que teve em vez de perguntar se calhar ao marido se isso era normal ou ligar a um médico, mas se um smartwatch diz que ta com coraçao acelerado ja pensa duas vezes. Foi-lhe mais importante o que um smartwatch dizia, do que o que ela propria sentiu consigo mesma.
Sem duvida que os smartwatches modernos ajudam a alertar as pessoas, mas é assustador quando o desprezo que o ser humano dá aos sinais do seu proprio corpo, sao substituidos pelo valor que dao ao que diz um adereço eletrónico.
E mais uma vez foi nos EUA, mais uma vez quem ”salvou” foi um dispositivo eletrónico em que se dá enfase a uma marca e não aos médicos, e claro achar que estas noticias nos EUA sejam mais propagandas e marketing do que algo útil que deva ser noticia.
Se calhar daqui para a frente, esta senhora se tiver uma dor de cabeça forte vai ”confiar” no smartwatch, ver que esta tudo bem e pensar que é so uma dor de cabeça porque o dispositivo eletrónico para ela tem mais valor que os sinais do corpo, e depois aparece com um aneurisma cerebral que não é detetado pelo tipo de sensores dos smartwatches.
Dispositivos eletronicos são muito bons e muito usados no desporto, mas valorizar eles mais do que o que o nosso corpo nos diz, é um erro grande da sociedade mais moderna.
É um facto. Mas a tecnologia ganha sentido por causa das falhas humanas. Se conduzíssemos bem, os sistemas de segurança e de assistência ao condutor não faziam sentido. É como esse, mil outros exemplos.
Sempre foi a incapacidade humana, a inabilidade das pessoas e outros fatores restritivos que deram um forte impulso ao desenvolvimento da tecnologia.
Acho que estás a castrar demasiado a utilidade do aparelho. Eu, tive Covid 19, os meus sintomas foram tão ligeiros que desconsiderei por completo, só soube que tinha tido a doença depois de fazer um teste de anticorpos umas semanas depois. Os sintomas de enfarte e outros ataques são muitas vezes imperceptíveis a quem o sofre, nomeadamente no sono, isto sem falar nos mini AVC em que a pessoa pensa que pode ser simples fadiga.
Acho que bem te eduques a documentar e a tratar cada sinal que o teu corpo de dá, mas muitos de nós, às vezes com a lufa lufa da vida nem ligamos!
Disclaimer: Não tenho nenhum aparelho da Apple.
Imagino pessoas sentido dores no peito e ficando em casa porque o relógio não avisou nada alterado
Cá em Portugal se alguém fosse às urgências em situação idêntica começavam a rir-se.
Nos Estados Unidos também se riem. Sais das urgências com uma fatura de $164.000 e com vontade de te suicidares.
https://www.commonwealthfund.org/publications/podcast/2019/apr/surprise-its-164000-bill-your-heart-attack
Nos EUA um Apple Watch é um ótimo investimento. Além de provavelmente até te baixarem o seguro de saúde, as idas ao sistema de saúde são brutalmente caras.