Segunda-feira Júpiter estará tão próximo da Terra que será mais brilhante que a Lua
Não vai ver duas ou mais luas, isso não será a realidade cientifica, apesar dos seus olhos assim o entenderem. O que se vai passar é que na próxima segunda-feira, Júpiter, que é o planeta maior do sistema solar, vai aproximar-se da Terra ao ponto de ficar, no céu, muito mais brilhante e “mostrará as suas maiores luas”. Não é um evento astronómico qualquer, isto porque há 59 anos que não acontecia tal aproximação.
O planeta será visível para todos, e qualquer pessoa com um modesto conjunto de binóculos ou telescópio poderá ver as listras do planeta na sua superfície.
Dia 26 de setembro Júpiter estará a 591 168 168 km da Terra
Na segunda-feira, 26 de setembro, o enorme planeta Júpiter estará mais próximo da Terra do que esteve nos últimos 59 anos, tornando-se visível no céu noturno. Assim, à medida que nasce no leste ao entardecer, o maior planeta do sistema solar parecerá particularmente enorme e deslumbrante.
Júpiter, que tem 79 luas conhecidas, irá "mostrar-nos" as quatro maiores, astros também conhecidos como satélites galileanos. Estas luas, que atendem pelos nomes gregos Io, Europa, Ganimedes e Calisto, devem ser discerníveis como manchas brilhantes em ambos os lados do gigante gasoso.
Europa, a lua de gelo, que contém um grande oceano oculto, surgiu como o principal foco de pesquisa sobre a possibilidade de vida existir em outros lugares do nosso sistema solar.
Para isso, o Europa Clipper irá para a lua joviana. O seu lançamento está planeado para não antes de 2024. Além disso, a Europa lançará a sonda Jupiter Icy Moons em abril de 2023 para estudar três luas de Galileu.
Adam Kobelski, astrofísico investigador do Centro de Voo Espacial Marshall da NASA, disse:
Fora da Lua, deve ser um dos [se não o] objetos mais brilhantes do céu noturno. Com bons binóculos, as faixas e três ou quatro dos satélites galileanos [ou luas] devem ser visíveis.
Para os mais curiosos e entusiastas pela astronomia, Kobelski aconselha o uso de um telescópio com uma distância focal de pelo menos quatro polegadas para ver a Grande Mancha Vermelha de Júpiter e ver as bandas com mais clareza. Esta mítica mancha, maior que a Terra, é supostamente a maior tempestade do sistema solar, medindo cerca de dezesseis mil quilómetros com rajadas de vento entre 440 e 690 km/h.
A título de curiosidade, podemos referir que a Grande Mancha Vermelha tem uma profundidade notável, de acordo com uma análise recente da sonda Juno da NASA. A tempestade é profunda o suficiente para abranger desde o fundo do oceano da Terra até a Estação Espacial Internacional e já é duas vezes maior que o nosso planeta.
Portanto, factos científicos e astronómicos não faltam para aguçar a curiosidade. Ao passar pela Terra, Júpiter estará a uma distância de cerca de 600 milhões de quilómetros do nosso planeta no seu ponto mais próximo. O seu ponto mais distante é quando se encontra a 966 milhões de quilómetros de distância do nosso ponto azul!
Portanto, ao cair do dia de segunda-feira, assim que o sol começar a desaparecer, Júpiter aparecerá brilhante no céu, até mesmo mais do que a “nossa” Lua.
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Será que não á nenhum perigo nisso?
Meu Deus! Qual o perigo que acha que pode vir a acontecer?
não, não vai ser o objeto mais brilhante no céu. Meu Deus…
O teu Deus é mais brilhante? Segundo o astrofísico da NASA, Adam Kobelski, vai ser um dos mais brilhantes… 😉
Ele deve estar se referindo aos diversos satélites artificiais.
Vai ser o objecto mais brilhante dado que a lua só vai nascer por volta das 5 da manhã, no entanto a olho nu não vai deixar de ser um pequeno ponto luminoso no céu
Em determinada altura do cair da noite, como diz no texto, Júpiter será mais brilhante que a Lua. Aliás, que, o afirma é o astrónomo da NASA.
O astrofísico, se formos ver à fonte original (blog da NASA), a partir do qual estas informações presentes no artigo foram traduzidas, não diz que Júpiter será mais brilhante que a Lua. Diz que se fizéssemos de conta que a Lua não existe, que seria dos, se não O objeto mais brilhante do céu noturno.
Mas a Lua existe, por isso não é. A citação está mal interpretada e portanto induziu em erro.
Para efeitos de confirmação por parte de qualquer pessoa, podemos aceder a um planetário virtual, configurado para a hora exata da oposição (26 de setembro, pelas 21 horas) e verificar a magnitude aparente da Lua e de Júpiter.
A “magnitude aparente”, que é o parâmetro científico que indica o brilho de um astro, funciona assim: quanto mais negativo o valor, mais brilhante é o objeto. Quanto mais positivo o valor, menos brilhante é.
Ao verificarmos os valores da magnitude aparente para os dois astros, recorrendo a um planetário virtual, constatamos que a magnitude aparente da Lua é mais negativa do que a magnitude aparente de Júpiter. Ou seja, Júpiter não será mais brilhante do que a Lua.
Foca-te na realidade. A lua de hoje está 0,31% visível.
Vítor! Precisamente por eu querer focar-me na realidade, é que aqui estou!
Realço então novamente a má interpretação do que o astrofísico disse no blog da NASA. A citação original, em inglês, é: “Outside of the Moon, it should be one of the (if not the) brightest objects in the night sky”.
Ele NÃO disse que Júpiter ia ficar mais brilhante do que a Lua. Este artigo é que está a dizer que ele disse isso. O astrofísico diz que se fizéssemos de conta que a Lua não existe, AÍ SIM, é que seria dos, se não o objeto mais brilhante do céu noturno. Conseguimos chegar à conclusão de que a citação não corresponde ao que está aqui escrito neste artigo?
Igualmente, chegou também a ir verificar os valores da magnitude aparente aquando do evento desta noite, num planetário virtual como o Stellaris ou theskylive? Quais os valores fornecidos para os dois astros?
Na minha consulta no theskylive, para Faro, Portugal, às 21 horas de hoje, Júpiter tem magnitude aparente -2,94. A Lua tem magnitude aparente -5,14. A Lua tem o valor mais negativo (-5,14 é mais negativo do -2,94), logo a Lua tem magnitude aparente superior.
Convém também realçar, após ler o seu último comentário, que VISIBILIDADE de um astro não é o mesmo que MAGNITUDE de um astro! Parece que está a confundir as duas coisas.
A magnitude de um objeto, por exemplo, brilhante o suficiente para ser visto a olho nu – digamos, Vénus -, não desliza magicamente para valores para lá do que o olho humano consegue observar simplesmente por este, por exemplo, ficar abaixo do horizonte!
A magnitude aparente depende, sim, da sua luminosidade intrínseca, da distância da Terra e de quaisquer efeitos de extinção da luz provoada por poeiras no espaço.
Estás a misturar as coisas. Estamos a falar em ver a olho nu ou, com uns binóculos, no limite com um telescópio, como foi sugerido. E, o brilho da lua, como disse, está 0,31% visível. Estamos a falar de hoje OK? Não estamos a falar de outra altura qualquer e estamos a falar daqui, de Portugal. Portanto, o que o astrónomo disse está corretamente citado no texto, não estejas a tentar dar a volta. Como hoje a lua está apenas com 0,31% visível, Júpiter torna-se destacado pelo sua aproximação.
Logo olhem para o céu 😉
Correção: Stellarium, não Stellaris. Stellaris é o jogo, hehehe.
Foi verificar as magnitudes dos objetos no planetário virtual? Qual os valores indicados para a hora em questão? Diga-me, por favor, os valores que obteve para a Lua e para Júpiter.
A Lua hoje está como referi, com uma visibilidade de 0,31%.
Vítor… a pergunta é para a magnitude.
A magnitude é o parâmetro astronómico que indica o BRILHO do objeto. Neste caso, “magnitude aparente”.
Também existe a medida de “magnitude absoluta”, que é a magnitude aparente de um objeto caso fosse colocado à distância de 10 parsecs, sem interferência de outros objetos no caminho ou da poeira cósmica. Na astronomia, ou usamos a magnitude aparente. Ou a magnitude absoluta. No contexto da observação astronómica, mais frequentemente a magnitude aparente.
Os valores que os astrónomos usam para medir o brilho, os valores que as fórmulas nos dão, não são percentagens. São NÚMEROS. Podem ser negativos. Pode ter valor 0. Podem ser números positivos.
Por exemplo, o brilho – magnitude aparente – do Sol é -26,74. É o objeto com a magnitude aparente mais elevada. Não há nada mais brilhante. Claro, a não ser que viajássemos para outras estrelas. Aí, essas estrelas poderiam ter magnitudes aparentes superiores à do Sol.
A estrela Vega tem magnitude aparente 0,03. Um bom olho humano, em teoria e sob condições excelentes, consegue observar até mais ou menos à magnitude 6. De aproximadamente magnitude seis para cima, só observando com binóculos ou telescópios, o olho nu não tem capacidade para mais.
Vítor, a visibilidade a que se refere, no contexto da Lua, é uma medida de ÁREA. Não uma medida do brilho. É a percentagem da face lunar que conseguimos ver iluminada [a partir do ponto de vista de um observador na Terra a olhar para o céu].
Sim, há relação entre a percentagem de disco lunar iluminado [pelo Sol a partir do ponto de vista da Terra] e a sua magnitude aparente. Quanto mais área iluminada, maior a magnitude aparente. Mas o valor que vamos buscar para o brilho é SEMPRE o da magnitude, não o da área iluminada no disco. Que, para uma Lua que pouco passou de Nova, será o brilho da área iluminada pelo Sol SOMADO com o brilho da área apenas iluminada pela Terra, o chamado “earthshine”.
Quando se pergunta o brilho de um objeto astronómico, não respondemos com a percentagem do disco que nos é visível. Dizemos a magnitude (aparente; ou absoluta, caso necessário).
Se assim fosse, então para todos os planetas exteriores à Terra, o brilho (ah, perdão, a “visibilidade”) seria sempre 100%, hehehe. Pois, devido à geometria do Sistema Solar, todos os astros para lá da Terra têm sempre toda a face iluminada pelo Sol.
A área iluminada a que o Vítor se refere, apesar de pequena devido à fase em que nos encontramos, tem efetivamente magnitude aparente. É esse valor que estou a perguntar. É esse valor que temos que comparar com o Júpiter. É esse valor que vamos buscar aos planetários ou às tabelas de efemérides.
Correção: onde diz “Pois, devido à geometria do Sistema Solar, todos os astros para lá da Terra têm sempre toda a face iluminada pelo Sol.”
Quero dizer “todos os astros do Sistema Solar, para lá da Terra, têm sempre toda a face iluminada pelo Sol”.
Da maneira como escrevi pareço dar a entender que posso falar de exo-astros, estou apenas a falar de objetos do Sistema Solar para lá da Terra.
Nem me quero meter nos dislates que dizem. Mas ontem, Domingo foi Lua Nova.
Hoje, 2ª Fª, 26:
– O Sol nasceu às 7:20 e pôs-se às 19:20
– A Lua nasceu às 7:43 e pôs-se às 19:53. Ou seja, por ser Lua Nova a Lua está acima do horizonte acompanhando o Sol (e por isso não é visível a olho nu) e não se vê de noite, depois do pôr do Sol.
– Júpiter, que estava em oposição ao Sol, nasceu quando o SO e a Lua se puseram. Ou seja, esta noite, vê-se Júpiter mas não se vê a Lua.
Por*a.
Que mais se pode dizer?
Que mais se pode dizer? Dizer a resposta à pergunta que coloquei sobre as magnitudes aparentes da Lua e de Júpiter aquando da oposição, que já perguntei várias vezes e ainda ninguém respondeu, quando é tão FÁCIL ir verificar os valores tendo em conta os recursos online disponíveis. Porque é que está a custar assim tanto? Não é nenhum segredo, que eu saiba!!!!
Além dos planetários virtuais que já mencionei, Stellarium e o site theskylive.com, também podem ir ao invés recorrer a tabelas de efemérides, como no site in-the-sky.org . Aí, onde diz “Data Tables” e depois em “Ephemerides”.
Lá, configurar para mostrar as tabelas para a Lua e Júpiter à hora do evento e ver a coluna da “magnitude aproximada”. E depois comparar os valores dos dois astros.
Se não querem consultar um planetário, vão lá ver a esse site de dados astronómicos. Novamente: quais são os valores para a magnitude da Lua e de Júpiter?
Torno a repetir: visibilidade não é indicador de brilho! A visibilidade a que o Vítor se referia, no contexto da Lua, indica a percentagem de ÁREA que está iluminada pelo Sol – que conseguimos ver a partir do ponto de vista da Terra – , não é um parâmetro de brilho! É a MAGNITUDE que nos diz o brilho!
BitBit, a fase de Lua Nova já tinha passado e já estava parcialmente iluminada pelo Sol à hora da oposição. Além de que o “earthshine” também entra para a determinação da magnitude da Lua quando está tão jovem no seu ciclo de fases.
Isto, INDEPENDENTEMENTE DE ESTAR ACIMA OU ABAIXO DO HORIZONTE. Os objetos continuam a ser iluminados pelo Sol ou a ter brilho próprio quer a gente os esteja a observar atualmente no céu, quer não!
Não estava nada. Eu disse-te já várias vezes o valor de visibilidade da lua. Mas continuas a bater na mesma tecla.
Lua nova, não era visível, Júpiter, na sua distância mais próxima da Terra, mais brilhante.
Visibilidade não é o mesmo que magnitude aparente (brilho).
Analogia: a Pequena Nuvem de Magalhães nunca é visível de Portugal, por ser um objeto do céu do hemisfério sul. O Vítor diria que a visibilidade do objeto é 0%? Isso quer então dizer que o objeto não emite brilho?
NÃO! Tem brilho! Os observadores noturnos do hemisfério sul podem constatar isso, até a olho nu, e determinar o valor! Continua a ter magnitude magnitude aparente de -2,69. Mesmo que não a consigamos ver de Portugal, tem brilho e pode ser observada à vista desarmada brilhando no céu do hemisfério sul!
Visibilidade não é o mesmo que magnitude aparente (brilho), Vítor!! Não são sinónimos, são indicadores diferentes, embora relacionados. Já aqui o disse várias vezes! É a magnitude aparente – ou a magnitude absoluta – que indica o brilho de um astro. Só esses.
Não é o parâmetro “visibilidade” que mede o brilho de um astro. O termo visibilidade, no contexto da observação astronómica, pode dizer respeito a dois cenários:
1 – à posição acima/abaixo do horizonte: ou está acima, ou está abaixo;
2 – à área iluminada [pelo Sol] do disco lunar ou dos discos planetários; é aqui que encaixa o valor comentado pelo Vítor, que é percentual e que varia entre 0(%) e 100(%).
Repare que o que está a sugerir, seguindo a lógica de que “visibilidade igual a brilho”, implica que um objeto astronómico possa ter MAGNITUDES APARENTES DIFERENTES AO MESMO TEMPO (pois pode ser visível de um sítio, mas não ser visível de outro)! Isto é impossível. O Sol não tem um brilho diferente quando é dia num lado da Terra e quando, ao mesmo tempo, é noite no outro. A magnitude aparente (brilho) é a mesma, quer seja dia na Nova Zelândia e ao mesmo tempo noite em Portugal: -26,74.
Repito: o brilho de um objeto é indicado pela sua MAGNITUDE APARENTE e não pela % de área iluminada do seu disco, como menciona para o segundo cenário acima descrito.
Além do mais, a visibilidade percentual e variável de um disco a que o Vítor continua a fazer alusão só é totalmente aplicável à Lua e aos dois primeiros planetas interiores (Mercúrio e Vénus). Pois são os 3 únicos objetos astronómicos que mostram ciclos completos de fases (de 0% a 100%). Os planetas mais distantes só podem ter intervalo de visibilidade >50% a 100%, nunca <=50%. E mesmo assim Marte é o único que se consegue ver pouco acima de 50%, os restantes estão quase sempre perto dos 100% ou nos 100%.
O valor da magnitude aparente encontra-se numa escala logarítmica, sendo ou um número negativo, 0 ou um número positivo! NÃO É UMA PERCENTAGEM, como os 0,31% que o Vítor mencionou. Nunca foi uma percentagem. É sempre um número negativo, 0, ou positivo.
Segunda analogia: se eu lhe perguntar qual o brilho do planeta Saturno, o Vítor responde-me que é 100% caso esteja visível acima do horizonte, e 0% caso esteja abaixo do horizonte?
Não, claro que não! A magnitude aparente (brilho) do planeta Saturno é [atualmente] de 0,48. Esteja ele visível acima do horizonte à noite, ou não.
Fui claro quanto à distinção entre os termos "visibilidade" e "magnitude aparente" (brilho)? A internet possui muitos recursos que melhor informam a este respeito. Se eu colocar aqui alguns links exteriores, será que passam o filtro de moderação?
Voltando às comparações das magnitudes aparentes entre Júpiter e Saturno aquando da oposição. Já foi constatar nos recursos indicados por mim?
Eu posso, ao invés, e para poupar trabalho, já que não obtenho resposta astronomicamente válida, colocar aqui diretamente hiperligações que indicam as magnitudes aparentes de Júpiter e da Lua. Sejam screenshots de planetários virtuais, sejam hiperligações para tabelas de efemérides. Isto ajudará o Vítor e todos os utilizadores que estão a ler a página, para que possam constatar que a magnitude da Lua continuou a ser mais negativa (portanto, mais brilhante) que Júpiter.
Será que essas hiperligações passam o filtro da moderação? Eu tentei anteriormente colocar links exteriores, em resposta à minha linha original de comentário, mas por alguma razão desconhecida não passaram ali…
Sim, isso não está em causa. Estamos a falar em visibilidade, uma pessoa tem a visibilidade maior do brilho do planeta por este estar mais próximo. Foi o caso, a lua estava menos visível.
O facto de haver mais proximidade e visibilidade de Júpiter, em comparação com a visibilidade da Lua, não veio a implicar que a sua magnitude/brilho (que é efetivamente o cerne da minha questão) se tornou superior à do nosso satélite, como está no artigo. É o que tenho pedido que se verificasse em sites da especialidade. A magnitude da Lua, mesmo finissamente iluminada àquela hora, mesmo abaixo do horizonte (a magnitude aparente não depende disso, expliquei anteriormente), em comparação com a magnitude de Júpiter, continua a ser mais negativa (mais brilhante).
Eu penso que já não consigo explicar as coisas de outra forma. Estaria a repetir-me ainda mais do que já me repeti.
Deixo aqui estes links que evidenciam o que tenho vindo a referir (todos são seguros, verificados e “uploaded” por mim, os do bit.ly substituem os diretos para efeitos de os tornar mais curtos):
Screenshots do Stellarium-Web.org (ver caixas vermelhas; não forneço link direto porque o website não o permite, tenho que fazer screenshot):
Júpiter – https://i.imgur.com/H7grSB7.jpg
Lua – https://i.imgur.com/zdf5sBu.jpg
Planetário virtual The Sky Live, devidamente configurado para a hora da oposição (ver valores da magnitude, canto superior esquerdo; usei um encurtador de links para aparecerem mais pequenos):
Júpiter – https://bit.ly/3BOGNt1
Lua – https://bit.ly/3DXUFEb
Tabelas de efemérides do site In-The-Sky.org, devidamente configuradas:
Júpiter – screenshot (ver caixa vermelha): https://i.imgur.com/Qvxgojd.jpg
Júpiter – Link direto encurtado: https://bit.ly/3SApWRn
Lua – screenshot: https://i.imgur.com/mITEApo.jpg
Lua – Link direto encurtado: https://bit.ly/3fnxVmP
Estes recursos estão à disposição de todos, pelo que é possível qualquer pessoa replicar a obtenção destas medidas. Eu tenho acesso a mais software de astronomia, mas que fica instalado no meu PC, já não podendo ser reproduzível do vosso lado a não ser que também os tenham. Não coloquei precisamente por isso. Se for necessário, posso colocá-los à mesma, apenas em print screens.
Dos três recursos que evidenciei, todos indicam que a Lua, à altura da oposição, tem uma magnitude mais negativa do que Júpiter. Júpiter não derrotou a Lua em termos de magnitude aquando da oposição de ontem.
“o mais brilhante” é muito diferente de “estará tão próximo da Terra que será mais brilhante que a Lua”…
Que desastre…
E não! com uns simples binóculos não vai ser possível ver nada. Muito menis se o ceu esta limpo e a lua ilumina o céu por completo.
Tenham cuidado ao escrever estas coisas se querem ser levados a sério em termos da divulgação da astronomia. Júpiter não tem magnitude aparente superior à da Lua (-2,79 vs. -7,38). Nem nunca terá a não ser que exista alguma catástrofe a nível do Sistema Solar.
Se apenas assim o consideram porque a “Lua põe-se cedinho naquela noite, pelo que tem brilho nulo porque está por baixo do horizonte. E portanto Júpiter, que permanece visível, é assim mais brilhante que a Lua”. Então utilizando a mesma lógica defeituosa, a Lua Cheia é sempre mais brilhante do que o Sol. Pois o Sol está abaixo do horizonte aquando da fase de Lua Cheia, que está sempre bem visível à noite…
Por o Sol não ser visível à noite, isso quer dizer que se a Lua Cheia for [visível à noite, isto é], é mais brilhante que o Sol? Não, claro que não. Os brilhos dos astros não mudam nem dependem se são ou não visíveis acima do horizonte terrestre.
Isto é uma racionalização muito anti-científica.
Pelo menos lê o texto todo, em vez de leres só o título, isto só para dar alguma utilidade ao que escreveste. Aliás, é dito até de forma mais isolada, no fim do texto “Portanto, ao cair do dia de segunda-feira, assim que o sol começar a desaparecer, Júpiter aparecerá brilhante no céu, até mesmo mais do que a “nossa” Lua.
Não será sempre, mas a determinada altura e lá diz “assim que o sol começar a desaparecer”… Júpiter terá uma grande visibilidade… 😉 não vão truncar a informação, sejam intelectualmente honestos.
Mesmo depois, no cair da noite, e segundo Adam Kobelski, astrofísico investigador do Marshall Space Flight Center da NASA, Júpiter “…sem contar com a Lua, deverá ser um dos (se não o) objetos mais brilhantes do céu noturno”
Bom domingo.
Bem, hoje, dia 25/09, é Lua Nova, à Lua não se vê durante a noite.
Qual é a estranheza de se ver Júpiter a brilhar, ainda por cima se está mais perto da Terra? Nem é preciso binóculos.
Daí que será verdadeira a frase que diz que Jupiter “será mais brilhante que a Lua”. Pelo menos em Portugal :p
Alguma vez conseguiste observar uma lua nova?
Além de ser Lua Nova (hoje), contam duas coisas. Na 2ª Fª, 26, Júpiter está em oposição ao Sol – nasce, quando o Sol se põe (ocorre a cada 13 meses) e está mais perto da Terra (em 59 anos – está a 590 milhões de km e chega a estar a 965 milhões).
Na 2ª Fª está mais brilhante do que em qualquer altura do ano.
A SIC diz que com uns bons binóculos vai ser possível ver quatro das luas de Júpiter. Daqui a bocado vou ver se consigo ver alguma 🙂
Que autentica salgalhada de texto, a lua entrou na fase de lua nova hoje. Não é apenas Júpiter que é possivelmente mais brilhante que esta nesta fase quanto o primeiro se encontra em oposição. Marte e Vénus também o são. A magnitude aparente máxima de Júpiter quanto atingir a oposição vai ser de -2.8. Não muito longe da magnitude aparente da lua nova de -2.5. A magnitude da lua quando cheia é de -12.9.
Ninguém vai confundir Júpiter com uma segunda lua. Se fosse tal o caso também confundiríamos Vénus com uma segunda lua porque a magnitude máxima deste é superior á de Júpiter. Na realidade, se não tivessem lido esta notícia nem sequer teriam topado qualquer diferença.
Assim já sabes a diferença. Como Júpiter vai estar mais brilhante, vai notar-se mais, ao ponto de ter um brilho que as pessoas poderão confundir com o da Lua. Está muito o simples de se perceber.
Caramba caro Vítor… confundir com o da Lua?
Só se for para alguém pouco habituado a ver Júpiter, Saturno ou Vénus todos os anos… está praticamente igual a todos os anos e dificilmente confundível com o brilho da Lua…
Visto às 21h48m desta segunda feira, dia 26 de setembro de 2022.
Mas consegues hoje ver a Lua? E Júpiter?
Decidete! Ou vai ser mais brilhante que a lua ou vai ser a mais brilhante no ceu…. Ainda não entendeu?
O senhor Vítor nem com uma pessoa que claramente entende do tema e corrige o desastre da redação você se retrata? Eu sei que já direciona a alguns anos muita noticias aqui no pplware mas não perde nada em corrigir. Só tem a ganhar bem com os leitores.
Bem… Já não vinha aqui há alguns meses, mas ainda está pior do que eu me lembrava… A opinião do “patrão” vale mais que a ciência!
Talvez volte cá na próxima década, porque antes … não vale a pena!