General Motors não espera que os carros elétricos dominem o mercado até 2040
A penetração dos carros elétricos nas vendas de automóveis poderá não ser assim tão forte que os façam dominar este mercado nos próximo 20 anos. Pelo menos essa é a convicção de Mary Barra, CEO da General Motors. Em mercados como o americano, os veículos de combustão não irão desaparecer tão rápido e as marcas também não fazem grande questão.
Os elétricos, se não houver uma força conjunta, podem mesmo ter grande dificuldade em impor-se. Há mercados que são fundamentais nesta equação.
Mercado americano é muito forte nos motores a combustão
A GM tem dado mostras que está a entrar no caminho da eletrificação na sua oferta. Os últimos anúncios feitos pela empresa americana mostraram pelo menos 20 propostas de veículos elétricos a lançar no mundo até 2023. No entanto, a sua diretora-executiva Mary Barra acaba de fazer uma declaração numa entrevista na televisão em que afirma que este processo não substituirá completamente os motores de combustão antes de 2040.
Como a maioria dos fabricantes de automóveis, a GM iniciou uma reviravolta no seu programa de desenvolvimento de modelos para avançar na estratégia de eletrificação. Com um investimento de 3 mil milhões de dólares, a fábrica de montagem de Detroit-Hamtramck tornar-se-á no principal centro de fabrico de veículos elétricos.
Contudo, esta atividade intensa é um pouco "ofuscada" pelas declarações recentes de Mary Barra numa entrevista à Bloomberg.
Acreditamos que a transição ocorrerá com o tempo e não será concluída antes de 2040.
Ou seja, pelas palavras poderemos perceber que esta será a data em que a General Motors deixará de ter veículos de combustão na sua oferta. Presumivelmente, Mary Barra estava a referir-se ao mercado dos Estados Unidos. Isto porque, como sabemos, a situação é muito diferente na Europa e na China. Estes continentes têm já regulamentações governamentais rígidas que forçarão a que esta transição aconteça.
Chevrolet Bolt é a bandeira dos elétricos da GM
O único modelo elétrico da General Motors atualmente à venda nos Estados Unidos é o Chevrolet Bolt. A verdade é que é um carro que apenas serve um nicho de mercado. As suas vendas totais em 2019 foram de 16.418 unidades, o que significa que mesmo um carro desportivo exclusivo como o Chevrolet Corvette o ultrapassa em mais de 1.500 unidades. A título de exemplo, foram vendidas ano passado 35.424 unidades do seu SUV de luxo, o tão apreciado Cadillac Escalade.
Segundo a diretora-executiva, a estratégia da General Motors é "construir uma estratégia de energia multimarcas e multissegmentos".
No final de 2020, o restyling do Chevrolet Bolt GM chegará ao mercado. Além disso, existirá uma variante chamada Bolt EUV que irá rechear o portefólio da marca no verão de 2021. O Hummer elétrico já foi anunciado oficialmente e começará a ser produzido no outono de 2021.
Outros veículos elétricos irão juntar-se à oferta do grupo distribuída por todas as suas marcas, incluindo um SUV de tamanho médio sob a insígnia Chevrolet, dois SUVs da Buick e três Cadillacs.
Estes modelos usarão baterias Ultium Cells, uma tecnologia que a General Motors está a desenvolver atualmente. Os seus engenheiros também estão a trabalhar numa plataforma modular na qual gerar uma ampla variedade de modelos diferentes.
Estes programas de investigação e desenvolvimento são a base do esforço do grupo automóvel para aumentar a sua participação no mercado de veículos elétricos para mais de 2% hoje.
Este artigo tem mais de um ano
Hidrogênio
é elétrico
Concordo com a posição da General Motors.Talvez seja mesmo esse o espaço de tempo que se precise para que os carros eléctricos dominem o mercado.Talvez sejam mesmo necessários esses 20 anos,ou até quem sabe um pouco mais.Não é de um dia para o outro que se vira uma indústria,e logo a automóvel.
Se a industria continuar a evoluir como até agora, penso que esse tempo seja suficiente para limar toda a tecnologia envolvida nos carros elétricos (nomeadamente na autonomia e duração de carregamentos).
E não esquecer que os automóveis a combustão neste momento ainda são 99% da escolha de quem compra, portanto quem comprar carro nove hoje, terá carro para aproximadamente 20 anos ou mais, quiçá depois nessa altura faça sentido comprar um carro elétrico (ou outra tecnologia que possa fazer sentido na altura).
Não se pode é baixar os braços no que toca a investigação, isso e tentativa erro para chegar um bem maior. Neste momento estou a ponderar adquirir um carro novo e tal como a maioria dos portugueses um elétrico está fora de questão, sendo que no meu caso é por questões financeiras, mas lá esta, talvez daqui a 20 anos possa fazer sentido para mim e para muitos.
95%
https://acap.pt/pt/estatisticas
Tesla vendeu no 2 trimestre 2019: 77 mil tesla 3; Gm vendeu 62 mil bolts desde 2016!!!
https://cleantechnica.com/2019/07/24/tesla-sold-more-model-3s-in-q2-2019-than-gm-sold-chevy-bolts-worldwide-since-its-birth/
E com esse pensamento vai ficar para trás todas essas indústrias atrás de baterias mais duráveis e tecnologia para carros
Nenhuma tecnologia se irá sobrepor. Mci, eléctricos, gás, híbridos, hidrogênio. Diversidade é a solução.
multimarcas e multissegmentos ….. Ajustar o automóvel ao utilizador e às funções
E os postos de abastecimento?
Por quanto tempo duraram as bombas c/chumbo?
Quando for será mais rápido do que a vida útil de um carro novo, bem mais rápido, a indústria de abastecimento não vai ter pena de ninguém.
Para se observar sinais disso é ver a venda da PARTEX e a dispersão de activos da Saudi Aramco.
A indústria do fóssil está a proteger-se e a vender aos parvos as suas posições antes que não valham nada.
Os carros elétricos em Portugal são já 5% dos carros novos.
As vendas dos carros se combustão em um ano ou dois, vão começar a quebrar.
Eu acho que tudo pode acontecer, mas em minha opinião o que vai mandar na implementação dos eletricos quer a nível de tempo como de preço será o desemvolvimento das baterias preço/autonomia, quanto mais cedo for atingido mais cedo será a transição total para elétricos carros ligeiros e de turismo. Vai haver segmentos que sera sempre motores a combustão. Apenas o meu ponto de vista. Cumprimentos
Talvez se repita a história dos filmes fotográficos, ninguém acreditava que seriam superados pelos sensores digitais.
lol. Os carros elétricos vão ficar mais baratos que os a combustão nos próximos anos…
O aperto nos fabricantes dos carros de combustão começa aí, nas pessoas que começam a adiar a compra de carro para comprar um desses em um futuro próximo.
O síndrome KODAK, inventaram a foto digital mas não acreditaram no futuro.
Também poderia ser o síndrome NOKIA ou BLACKBERRY, dependerá se caminham para o lado KODAK ou NOKIA,.