Apps para Android partilham 3 vezes mais dados dos utilizadores que as apps para iOS
A Apple tem uma mão firme no que toca à sua política de segurança e privacidade dos dados dos seus utilizadores. Aliás, foi a empresa que decidiu mudar as regras para colocar nas suas mãos a decisão do que as apps podiam ou não recolher da utilização. Já no caso das apps para Android, há um estudo que diz que estas partilham 3 vezes mais dados do que as mesmas para iOS.
Era do conhecimento público que o Android recolhe 20 vezes mais dados dos utilizadores que o iOS. Contudo, agora sabe-se que partilha mais dados de médio e alto risco.
Apps iOS protegem 3 vezes mais os dados dos utilizadores
A equipa de testes de produtos da Me2B Allience auditou e analisou uma amostra aleatória de 73 aplicações móveis usadas por 38 escolas em 14 estados dos EUA. No estudo foram abrangidas pelo menos meio milhão de pessoas (alunos, famílias, professores, auxiliares etc.) que usaram estas apps.
A investigação também mostrou que as aplicações para Android são três vezes mais propensas do que as apps iOS a enviar dados a terceiros, e são muito mais propensas a enviar dados a terceiros de alto ou muito alto risco. Isto é, 91% das aplicações Android enviaram dados de alto risco a terceiros, em comparação com apenas 26% das apps iOS. Além disso, 20% das aplicações Android enviaram dados de muito alto risco a terceiros, em comparação com apenas 2,6% das apps iOS.
A metodologia na base da auditoria da Me2B consistia principalmente em examinar o fluxo de dados das aplicações para fornecedores externos. Para tal, foram avaliados os kits de programador incluídos em cada software. A análise descobriu que a maioria (60%) das aplicações escolares enviavam dados dos alunos para uma grande variedade de terceiros.
Segundo os dados, as "empresas terceiras" incluíam plataformas de publicidade como as da Google, que recebiam cerca de metade (49%) dos dados enviados dos alunos. Além disso, o Facebook também estava na lista, usufruindo de 14% desses dados. Em média, cada app envia informação para 10,6 canais de dados de terceiros.
Apps escolares para Android partilham muito mais dados dos estudantes
Dois terços (67%) das escolas públicas da amostra enviaram dados das aplicações para terceiros. Esta descoberta é particularmente preocupante, pois as escolas públicas provavelmente utilizaram financiamento do Estado para desenvolver ou contratar o desenvolvimento das aplicações. Então, isto significa que os contribuintes provavelmente pagaram para financiar aplicações que enviam dados dos alunos para plataformas de publicidade online.
Além disso, as escolas públicas eram mais propensas a enviar dados dos alunos a terceiros do que as escolas privadas (67% contra 57% dos aplicações de escolas privadas).
Outra descoberta perturbadora das escolas públicas: 18% das aplicações das escolas públicas enviaram dados para o que a Me2B Alliance considera "terceiros de alto risco". Ou seja, os dados sensíveis eram enviados a entidades que partilham esta informação com possivelmente centenas ou milhares de entidades em rede.
Por outro lado, nenhuma as aplicações das escolas particulares, auditadas neste estudo, enviou dados para terceiros de muito alto risco.
Apple apertou ainda mais o cerco aos dados partilhados sem conhecimento
Embora não tenha sido examinado em detalhes, a análise confirmou que os dados enviados a terceiros normalmente incluíam identificadores exclusivos (através de identificadores de publicidade móvel ou MAIDs), permitindo assim a construção de perfis dos alunos - incluindo menores de 13 anos - por plataformas terceiras de publicidade de eventos.
A Me2B diz que a nova estrutura App Tracking Transparency (Seguimento) da Apple e as mudanças no seu sistema IDFA (identificador móvel da Apple para anunciantes) reduzem o risco de construção de perfil que é descrito nesta investigação. Esta mudança aumenta a “lacuna de privacidade” entre as aplicações iOS e Android, embora possa não remover totalmente o risco de construção de perfil.
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Este artigo tem mais de um ano
Novidade? Kkk
OFFTOPIC: Alguém mais deixou de ter acesso ao Google News?
Quando acedo (em Portugal!!) a https://news.google.pt/ sou encaminhado para https://support.google.com/news/publisher-center/answer/9609687?hl=es
Por causa da Lei espanhola Portugal deixou de ter Google News! LOL
Acabado de testar e tudo a funcionar sem qualquer problema
Estranho… Será que estou em Espanha e não sei?! Hehehe
Lol estudo comprado, financiado por escolas privadase amigos da Apple.
Apesar de existir alguma verdade,ou seja, acho que a Apple salvaguarda mais a privacidade que Android. Mas nunca estes valores. . No máximo 5%… Tanto, não. Estudo comprado.
não entendo qual é a estranheza. Historicamente no iOS há muito mais controlo sobre o acesso das aplicações a informações. Mas mais do que isso estamos a falar de aplicações para ensino, provavelmente para tablets, onde o iOS tem oferta com melhor qualidade e paga! Aplicações pagas não vão recorrer a estas SDKs externas que recolher dados, não fazem parte do modelo de negócios.
Se não acreditarmos em estudos feitos por pessoas credenciadas vamos acreditar no quê ?
E? É normal no Android isto acontecer visto que a Google vive de publicidade. O que este “estudo” não explica é que ambos os sistemas enviam dados de “alto risco” para estruturas militares e outros tipo NSA…
Achas que a NSA precisa que lhe enviem algo? Se, supostamente, têm acesso aos pontos chave da comunicação, da infraestrutura por onde flui à internet, para que precisam da Apple ou Google? Muito dececionavam se assim fosse.
Devo recordar:
– https://pplware.sapo.pt/apple/apple-fbi-batalha-desbloquear-um-iphone/
– https://pplware.sapo.pt/apple/fbi-volta-a-pressionar-a-apple-para-desbloquear-iphone-do-atirador-da-base-naval/
Pois, o FBI precisa, porque não tem acesso a dados ao nível da NSA.
Em suma o que o estudo diz é que existe mais smartphones com android na comunidade escolar do que smartphones com ios!!
Não, não foi nada disso. São apps num e noutro sistema em igualdade de circunstâncias.
Eles analisaram a segurança de apps não contabilizaram número de utilizadores.