Redes sociais afetam mais depressa a saúde mental das raparigas do que a dos rapazes
Não é novidade que as redes sociais têm um impacto negativo na saúde mental dos mais jovens. No entanto, um novo estudo descobriu que esse impacto pode acontecer mais cedo nas raparigas do que nos rapazes.
O estudo inclui dados de 84.000 indivíduos do Reino Unido com idades compreendidas entre os 10 e os 80 anos.
De acordo com um novo estudo, as redes sociais podem afetar o bem-estar dos jovens em diferentes idades. No entanto, sejam eles rapazes ou raparigas, a adolescência é a fase mais vulnerável. No caso das raparigas, o impacto das redes sociais é sentido entre os 11 e os 13 anos, ao passo que no caso dos rapazes surge apenas entre os 14 e os 15.
Os psicólogos que levaram a cabo este novo estudo – que surgiu no sentido de reunir evidência relativamente ao impacto das redes sociais na saúde mental dos jovens - descobriram que as raparigas que começaram a utilizar mais as redes sociais entre os 11 e os 13 anos demonstravam menos satisfação relativamente às suas vidas. Por sua vez, nos rapazes, essa tendência verificou-se em idades superiores, 14 e 15 anos.
Verificamos que existem certas idades, que diferem entre os sexos, nas quais as redes sociais preveem mais amplamente a satisfação com a vida.
Explicou Amy Orben, psicóloga e primeira autora do estudo da University of Cambridge.
De acordo com o The Guardian, além destas, os psicólogos não encontraram qualquer ligação entre as redes sociais e o bem-estar dos jovens de outras idades. Isto, excetuando aos 19, idade na qual o aumento da utilização das redes sociais provou ser a causa de uma insatisfação relativamente à vida, tanto das raparigas, como dos rapazes.
Vulnerabilidade da adolescência poderá justificar o impacto das redes sociais
Para retirar conclusões significativas, os psicólogos analisaram dados de 84.000 indivíduos do Reino Unidos com idades compreendidas entre os 10 e os 80 anos – estes participantes ter-se-iam inscritos no "Understanding Society" ou no "Millennium Cohort". Além de dados sobre a saúde mental de cada um deles, os psicólogos recolheram informação sobre a sua utilização das redes sociais, como Facebook, Twitter, Instagram e WhatsApp.
Segundo o The Guardian, os psicólogos suspeitam de uma janela de vulnerabilidade, que justifica o facto de as redes sociais poderem ter impacto na vida dos mais novos, dependendo da idade. Aliás, sendo a adolescência palco de complexas mudanças, estas poderão ser uma forma de abrir essa janela mencionada pelos especialistas.
Um dos grandes desafios com a utilização de informação sobre a quantidade de tempo gasto em meios de comunicação social é que não é possível saber o que se passa para os jovens, e o que eles estão a encontrar enquanto estão online.
Para fazer avançar a ciência - e o que é importante, para fazer mudanças no sentido de melhorar o bem-estar dos jovens -, precisamos de dados mais detalhados e diversificados sobre as experiências online das pessoas. É este tipo de informação, incluindo a detida pelas empresas responsáveis pelas redes sociais, que nos ajudará a compreender melhor quaisquer processos causais, para o melhor ou para o pior, que estejam em jogo.
Disse Yvonne Kelly, uma epidemiologista da London's Global University, que não esteve envolvida no estudo, acrescentando que os resultados confirmaram aquilo que outros já haviam demonstrado: taxas mais elevadas de depressão estavam associadas a mais tempo nas redes sociais e cyberbullying.
Na opinião de Holly Scott, psicóloga da University of Glasgow, os “próximos passos importantes são compreender, na perspetiva dos adolescentes, quais os benefícios e desafios que as redes sociais oferecem, de modo a que possamos aproveitar esta evidência que as mede em horas por dia”. Isto, por forma a “desenvolver uma visão bem fundamentada das oportunidades e barreiras que o mundo social online de hoje, 24 horas por dia e 7 dias por semana, pode criar para os nossos jovens”.
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Afecta porque a maior parte das raparigas é mais preocupada com os likes do que a maior parte dos rapazes…
Isto certamente levará a decisões políticas de obrigar as redes sociais a só deixar entrar pessoas com mais de 21 anos.
Este estudo é conveniente para os políticos no Reino Unido que andam a tentar barrar o acesso fácil às rede sociais há imenso tempo… o empecilho? A falta de um maldito documento de identificação pessoal similar ao cartão de cidadão. Os britânicos, continuam a recusar à séria tal documento com todas as suas forças e então o estado continua a ver-se forçado a recorrer a outros documentos como o passaporte ou a carta de condução para identificar os cidadãos…. por algum motivo o quero e posso mesmo neste assunto dos políticos ainda não prevaleceu sobre a vontade dos cidadãos que se recusam verdadeiramente a qualquer coisa dessas… e aquilo é mesmo cultural, seria de esperar que o estado já tivesse feito algo para obrigar as pessoas a mudar a sua forma de pensar, e eles tantas formas de enganar o povo que admira que não o tenham feito já.
sim, das influencers que só têm 2 neurónios.