Onda de calor na Europa obriga ao encerramento de centrais nucleares
A onda de calor que se vive na Europa não está a passar ao lado de ninguém e, tendo em conta o caráter atípico, há medidas de prevenção que têm de ser tomadas para garantir a segurança de todos e o normal funcionamento das estruturas. Pelas condições provocadas por esse calor, centrais nucleares, em cinco países, foram fechadas ou viram a sua capacidade de produção reduzida.
As estruturas estão dependentes de água que tem estado demasiado quente.
Conforme recorda o Hipertextual, as centrais nucleares necessitam de muita água e o aquecimento global tem prejudicado o seu normal funcionamento. Aliás, a onda de calor que a Europa tem sentido está mesmo a forçar o encerramento ou a diminuição da capacidade das infraestruturas.
De acordo com a Reuters, em França, foram encerradas três centrais nucleares, na Suécia foi encerrado um reator e a Alemanha, Suíça e Finlândia viram-se obrigadas a reduzir a capacidade das suas estruturas.
Estes encerramentos foram necessários, uma vez que as ondas de calor não afetam apenas a temperatura ambiente, tendo também impacto na temperatura da água, um recurso essencial ao funcionamento das centrais nucleares.
Nos reatores que utilizam água a ferver, esta é vaporizada diretamente na própria caldeira do reator. Por sua vez, em reatores de água pressurizada, esta circula pelo exterior dos elementos de combustível e depois transfere o calor para um gerador de vapor.
Ambos os processos estão dependentes de água que vem do exterior, como reservatórios, rios, lagos e oceanos. Tendo a temperatura dessas águas aumentado tão significativamente, não podem ser utilizadas, provocando o encerramento ou abrandamento da produção de energia.
Além das centrais nucleares, existem outras estruturas que não suportam o calor de ultimamente. Exemplo disso são a Google a Oracle que tiveram de encerrar os servidores dos seus centros de dados, por ser impossível mantê-los à temperatura necessária.
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Não é a temperatura da água à entrada que causa o problema. É a temperatura da água à saída da central nuclear que é considerada excessiva para os rios ou lagos.
Obg pelo esclarecimento, assim a notícia faz mais sentido.
O nuclear será essencial para reduzir emissões de carbono.
A dessalinização será essencial para enfrentar secas (as barragens em tempo de secas prolongadas e sucessivas não servem para nada).
É juntar uma coisa à outra, e estabelecer condutas de arrefecimento para a água que vem dos reactores ir parar a diferentes pontos do mar, e mais fria.
Já devia estar a ser feito em Portugal, com centrais nucleares nos rios junto à fronteira de Espanha (Douro, Tejo, Guadiana) e cada uma delas ligada a uma rede de dessalinizadoras.
Parabens! Podia dizer que resumistes a informação ao essencial mas não! Apenas informastes corretamente. Estes textos estão cada vez pior. Ainda vou descobrir ondem fazem copy paste…e mal!
Estamos no verão e nunca tivemos uma onda de calor, palmas.
Os verões de antigamente parece que não tinham calores destes…. mas sei bem que tinham.
Vêm sempre com a história de constantes records.