Japão está a projetar habitats espaciais que desafiam a gravidade

É um objetivo na lista de algumas empresas espaciais e pretende ver-se cumprido em horizontes temporais relativamente curtos - se será possível, ou não, só o tempo dirá. Em resposta a um dos problemas da vida fora da Terra, investigadores japoneses desenvolveram habitats que desafiam a gravidade.

Os investigadores revelam estar empenhados em garantir um plano que seja útil para os humanos.

A ideia de enviar humanos para habitar outros planetas já foi dada e é suportada por várias empresas espaciais. No entanto, antes disso ser uma realidade, é crucial perceber como é que algo dessa dimensão poderá ser feito, tendo em conta o ambiente inóspito das opções, como Marte e a Lua.

Por considerarem que a gravidade é um elemento essencial para o bem-estar dos futuros habitantes do espaço, investigadores da Universidade de Quioto, no Japão, juntaram-se à Kajima Corp. para desenvolverem habitats que desafiam a gravidade, garantindo a habitabilidade da Lua e de Marte, por exemplo.

Não existe um plano como este nos planos de desenvolvimento espacial de outros países. O nosso plano representa tecnologias importantes, cruciais para garantir que os seres humanos serão capazes de se deslocar para o espaço no futuro.

Disse Yosuke Yamashiki, diretor do SIC - Human Spaceology Center da Universidade de Quioto, no dia 5 de julho.

Num comunicado de imprensa, a equipa de investigadores referiu que “sem gravidade, os mamíferos poderão não ser capazes de se reproduzir e os seus bebés poderão não se desenvolver bem”. Além disso, explicou que se “uma pessoa crescesse num ambiente de gravidade zero ou baixa, o seu corpo mudaria para que não fosse capaz de se levantar na terra”.

À medida que a ideia de viver no espaço se torna mais realista, o problema da baixa gravidade, que intuitivamente tomei consciência quando era criança, é uma questão que temos de ultrapassar.

Explicou Takuya Ono, professor associado do projeto no centro e investigador sénior na Kajima.

Além da gravidade, os investigadores estão a pensar também num comboio espacial, que funcionaria da mesma forma que os da Terra, gerando, por sua vez, gravidade artificial. Este transporte não estaria limitado a um só planeta, mas antes seria capaz de parar em estações criadas na Terra, em Marte e na Lua. Ou seja, os investigadores estão a projetar uma espécie de comboio interplanetário…

Gravidade no espaço… é possível?

Os investigadores da Universidade de Quioto e da Kajima Corp. acreditam que sim, através da força centrífuga criada por movimentos de rotação. Num vídeo divulgado pela equipa, veem-se habitats construídos na perpendicular e colocados numa esfera. Uma vez rodeados por água e espaços verdes, tornam-se ambientes ideais para abrigar humanos.

Ainda que saibam que será possível colocar os seus planos em prática, os investigadores estão conscientes que estes planos altamente futuristas só serão concretizados no século XXII.

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