União Europeia promove projeto para carros elétricos com autonomia de 1000 quilómetros
A União Europeia está a promover o projeto EVC1000. Consta desta iniciativa o suporte para a criação de carros elétricos para viagens diárias de 1000 quilómetros.
Este projeto é composto por 10 fabricantes de automóveis. Conforme descrito, estas empresas serão envolvidas no desenvolvimento de componentes e soluções, como motores elétricos integrados nas rodas dos veículos.
Horizonte 2020 – Programa-Quadro Comunitário de Investigação & Inovação
Esta iniciativa faz parte do programa Horizonte 2020. Desta forma, a UE quer promover o desenvolvimento e a inovação da indústria europeia para manter a sua competitividade ao nível mundial. Este projeto tem um orçamento generoso, foram alocados quase 80.000 milhões de euros.
Entretanto, o projeto EVC1000 recebeu um investimento de 6,8 milhões de euros por três anos.
As empresas de fabrico automóvel que fazem parte do EVC1000 são a Audi, JAC (sócio da Seat na China), AVL, Brembo, Elaphe, Fraunhofer, Ideias & Movimento, Tenneco, da Universidade Técnica de Ilmenau (Alemanha) e da Universidade de Surrey (Reino Unido).
Tecnologia de motores elétricos dentro das rodas
Este grupo de empresas tem a missão de criar um SUV 100% elétrico. Além disso, tem de ser capaz de atingir um desempenho superior a qualquer veículo até hoje fabricado. Dessa forma, a tecnologia estará no centro desta inovação, graças à tecnologia de motores elétricos dentro das rodas. Aliás, esta é uma tecnologia já explorada por uma empresa eslovena.
A escolha de uma carroçaria do tipo SUV deve-se à sua maior altura e espaço, que, junto com o fator motores, módulos de transmissão e potência a serem realojados nas rodas (motores de cubos), libertam um grande espaço que pode ser utilizado para instalar as baterias.
Mais espaço e comodidade de recarga
O objetivo perseguido não é apenas alcançar uma autonomia de 1.000 km por carga. Mais que isto é conseguir que os carros elétricos recuperem a sua autonomia total com uma carga de apenas 90 minutos.
A autonomia, assim como apostar em melhores baterias, com mais capacidade, têm como base a utilização de componentes mais eficientes. Assim, estão em cima da mesa sistemas de travagem eletrónica, um poderoso sistema regenerativo de travagem, um sistema otimizado ABS, motores elétricos mais eficientes, além de investigação para as baterias usarem outro tipo de tecnologia.
Contudo, mais que haver um veículo de grande autonomia, é ter forte poder de autorregeneração e rápida recarga elétrica. Atualmente, este tipo de ingredientes já estão a ser testados. Um exemplo dessas tecnologias pode ser encontrado no Porsche Taycan e no Audi e-tron GT, que têm um sistema protótipo de potência da carga de 350 kW.
Para 2021, as empresas que fazem parte deste projeto devem já ter conseguido apresentar algo. Os objetivos terão obrigatoriamente de passar por mostrar protótipos dos carros 100% elétricos com autonomia de 1.000 quilómetros por carga.
Estes protótipos terão como base os SUV elétricos e conhecidos do público. Assim, irão ter na essência o Audi e-tron e o JAC iEV6S.
Este artigo tem mais de um ano
Acho que não é só de carros elétricos com grande autonomia que se vai lá. As baterias usam materiais raros e consequentemente com o aumento do consumo vai-se tornar uma tecnologia que não será acessível a todos.
As próprias infraestruturas terão de ser actualizadas e é algo que já deveria estar a ser feito.
Para mim um carro elétrico com uma autonomia com cerca de 300klm já é bom, o melhor mesmo era poder recarregar em andamento. Já existe a tecnologia, só falta vontade
Concordo. A facilidade de recarga e a infraestrutura para o fazer é mais importante que a autonomia.
So o custo da bateria deve ser para cima de 30.000€, imagina o custo total por isso já sabemos qual vai ser a tua próxima desculpa para não comprar 😀
Devem ser baratos com certeza pra os que recebem menos de 1000 por mês…
E a aposta deve ser feita em carros a Hidrogénio esses sim acredito que vão ser o futuro da industria automóvel
Com o anúncio da Toyota na fabricação de carros elétricos, julgo que os “hidrogênio” foi uma miragem!
Eu acho que ou conseguem produzir as baterias a um custo drasticamente inferior (1/4 dos valores atuais), ou para 80% do mercado não vale a pena pensar em autonomias acima de 200km. Se pensarmos que 80% das pessoas não precisam de mais de 200km de autonomia para o dia a dia, o resto da bateria está lá a fazer peso, aumentar o custo do carro e vai desvalorizar e perder capacidade com o passar do tempo. Ou seja os carros que temos atualmente com autonomias de 200km chegam para a esmagadora maioria das viagens, só é preciso que as pessoas os comprem (baixar um bocado os preços) e criar alternativas para quem compra um carro com 200km de autonomia possa fazer 1 ou 2 viagens por ano maiores (seja carga rápida, seja com carros alugados/emprestados para situações pontuais).
Queres ir de Lisboa ao Algarve ou de Lisboa ao Porto ou uma viagem mais longa e estás lixado com uma autonomia de 200 KMS….No mínimo 400 ou 500 KMS já é algo
Concordo. 400Km no mínimo. Ando à espera, à espera de concorrência dentro destas autonomias, mas …hoje em dia são ainda muito caros
Mas a grande maioria das pessoas não tem a necessidade de ir de Lisboa ao Algarve todos os dias.
Os produtos devem ser o mais adequados possível à utilização no dia a dia. Pois não é benefico andar a carregar 500kg de baterias em todas as viagens quando só vão ser usadas em 1% das viagens. Gastas mais energia, mais pneus, amortecedores, e tem um custo inicial muito maior.
Uma bateria modular com módulos removíveis que podassem ser alugados era uma gestão muito mais inteligente.
Muito boa ideia ! Baterias removiveis e recarregáveis. Porque não ?!
Só um reparo! Eu tenho um ZOE40 e estou muito satisfeito! Se é verdade que com 250/300km de autonomia atesto o carro 2/3x semana se vivesse em França ou na Alemanha acho que não valeria a pena este tipo de carro pois nem todos os países são tao pequenos como o nosso e tao concentrado! Eléctrico até 300/400 km será sempre Citadino! Um eléctrico de 1000 km já será um carro sem grandes limitações, 90 minutos de carga rápida é 1h30min parado a abastecer, se do Algarve ao Porto levamos 5/6horas passamos eventualmente (em caso de necessidade de abastecimento) 1/4da viagem a abastecer (passa para 6h/7.5h a mesma viagem
Em muitas cidades do mundo a maioria das pessoas utiliza o carro para no máximo 200 km. Se quiser andar mais, por exemplo, nos fins de semana, e tão alugue um automóvel.
Logo que seja iniciado o fabrico de baterias de estado sólido em massa, na teoria, já não terás o problema do lítio e a sua obtenção e custo elevado. Tendo em conta que as baterias de estado sólido podem ser fabricadas com eletrólitos cerâmicos como o vidro entre outros materiais. Tem havido vários estudos e pesquisas nesse campo.
Quanto à infraestrutura concordo que poderemos vir a ter um problema na adaptação à crescente evolução da mobilidade eléctrica, mas só o futuro o dirá.
Portugal tem a maior reserva de bom Litio mas curiosamente ninguém fala disto.
porque não tirar proveito disso e termos carros mais baratos.
Em Portugal há lítio mas NÃO é do povo.
Quem explorar esse lítio ficará ainda mais rico, o resto dos portugueses não vê um tostão nem vantagens a nível de preço final. O habitual é quem explora exporta para a Alemanha, são feitos os carros e vem para venda a preço “ultra Premium”. No final quem ganhou não foram os portugueses.
Portugal vê esses tostões e vantagens através de impostos directos e indirectos.
Sem que para isso o estado tenha riscos ou investimentos.
Nós, o estado, não tem dinheiro ou experiência para fazer a exploração, se o fizéssemos, em vez de carros mais baratos irias ter impostos mais altos para pagar o investimento, que tu certamente virias dizer que foi um mau investimento, além de tudo isso, existe a falta de experiência que aumenta o risco de algo correr mal.
Não entendo comentários que dizem “Só precisamos de uma autonomia de 200 km”. Essas pessoas vivem em Lisboa ou no Porto. O carro eléctrico tem que ser alternativa viável aos nossos carros, não se pode ficar pela metade. Eu quero um carro eléctrico que me permita ir buscar o meu filho à universidade a 100Km de distância, quero um carro que me permita visitar um familiar a 200Km de distância ao fim de semana, quero um carro que me permita ir ao Algarve a 750 km de distância. O carro eléctrico tem que dar para isto tudo como o meu carro a gasóleo atualmente dá. Enquanto não tiver isto não sou “amigo” do ambiente, e acreditem cuido mais do ambiente que se calhar muitos dos que comentam aqui.
Os que dizem que autonomia de km é o que precisamos, devem de ser aqueles que “carregam” 10€ no deposito e chega, pois os €€ são poucos.
Também não entendo os comentários pois para os telemóveis querem autonomias para dias de carga. Para os carros, já não interessa muito…
concordo totalmente contigo até ao ponto em que dizes que enquanto não tiveres isso não estás interessado.
olha para as nossas cidades grande e pequenas e até para as nossas vilas. muitos veículos que vês a a circular são, precisamente, citadinos e muitos são segundos carros de família. nestes casos os veículos elétricos com uma autonomia de 250/300 quilómetros reais como o zoe ze40 são o carro ideal.
colocam-se, contudo, alguns problemas. o primeiro é a mentalidade das pessoas, é difícil mudar e a resistência à mudança é enorme. depois temos o preço. um zoe ze40 ainda é muito caro para um particular (no caso de uma empresa já não é assim).
em terceiro temos o problema da infraestrutura de carregamento. um vastíssimo número de portugueses não vive em moradias e não tem garagem ou lugar de estacionamento privado o que dificulta imenso os carregamentos. com a rede pública no estado miserável em que se encontra, o carregamento é um obstáculo enorme à compra deste tipo de veículo.
por último temos o problema do preço de um carregamento num posto público rápido. a minha esposa fez um carregamento na passada quinta feira num desses postos para experimentar (carro da empresa claro). fazendo as contas: custo total a dividir por número de kW é igual a 0,50 cêntimos por kW. é um absurdo! mais, é um roubo!
este problema conjugado com o que referi relativo aos portugueses não terem moradias, ou garagens coloca obstáculos gigantes ao avanço da mobilidade elétrica e que toda a gente parece querer fazer de conta que não existem
Já existe essa tecnologia eléctrica, chama-se nanoflowcell. Investiguem. Não percebo porque não se fala nessa tecnologia!!!
Nanoflowcell não é a solução que precisamos pois a bateria tem que ser carregada com abastecimento de iões.então continuamos com a dependia de terceiros que vão explorar o povo de novo como os combustíveis.
Errado! Aconselho uma leitura pela informação divulgada pela Nanoflowcell. O carregamento é feito com dois liquidos, soluções salinas, que irão gerar o hidrogénio.
E concordo, esta solução quase desapareceu… tudo indica que é incómoda para alguns barões das baterias.
Caro João Reis…. em cheio…!! Completamente de acordo nos mais pequenos detalhes….
Quando eu quiser ir de Lisboa a Paris ou a Barcelona?Também não entendo porque razão uma bateria não se carrega como as atuais,em andamento.
Quando eu quiser ir de Lisboa a Paris ou a Barcelona?Também não entendo porque razão uma bateria não se carrega como as atuais,em andamento.
Fazes os 1000 km que já a Zaragoza, paras 1:30 para comer e descansar, carregas e segues.
Sinceramente, 200 ou 400 km de autonomia acho ridículo agora a maioria dos carros convencionais não faz 1000 km e ninguém deve de conduzir tantos km sem parar 2 horas para sua segurança e dos outros
Os telemóveis também davam para 1 ou 2 semanas de autonomia depois vieram os smartphones e passaram a andar com um telemóvel significativamente maior com 10x menos autonomia e se quiserem metem um smartphone com 2 semanas de autonomia, mas depois ninguém quer andar com 1kg de bateria no dia a dia. Temos de pensar no que realmente precisamos para o dia a dia e depois para as exepcoes pontuais arranjar alternativas que não comprometam o que precisamos para o dia a dia.
Pessoalmente acho que uma autonomia real de, pelo menos, 500 Km já é suficiente, o problema ainda será o preço durante os próximos 3/4 anos, depois disso acredito que os preços irão baixar muito, aguardemos.
Será também necessário uma rede eficiente de carregamento e sua manutenção pois á medida que vão haver mais carros elétricos podemos ter de andar às voltas à procura de posto de carregamento livre e funcional.
Alternativa passa por baterias de grafeno que tem de ser produzidas em produção industrial pois elas tem uma autonomia muito acima de 1000 km e também podem ser carregada em nove minutos com carga total. Portugal tem muito dessa matéria prima mas vende ao desbarato para outros países porque o governo não incentiva ninguém para produzir grafeno .
A Espanha nostros irmãos já estão de olho em nós pois eles já tem duas ou três em
Empresas que produzem grafeno.
Temos mentes brilhantes portuguesas que não são aproveitadas por falta de incentivos do governo e partem para outros países que lá sim tem de tudo para brilharem e fazem grandes progressos para a humanidade e dão um grande retorno do seu investimento ao governo do país que estão.tenho pena que quem está no nosso governo tenha uma visão tão medíocre sobre este assunto carro elétrico está na moda e quem sair na frente vai ganhar muito dinheiro e o país também.