Repsol vai transferir os investimentos em hidrogénio verde de Espanha para Portugal
Com o hidrogénio verde a ser apontado, por muitos, como a solução para um futuro mais sustentável, a Repsol decidiu transferir parte dos seus investimentos de Espanha para Portugal.
Conforme avançado pelo jornal El Mundo, na sequência de um forte protesto contra as medidas fiscais do Governo espanhol, que visam taxar as energéticas do país, a Repsol decidiu investir 15 milhões de euros num eletrolisador de quatro megawatts, em Sines, com uma capacidade de produção de 600 toneladas de hidrogénio verde por ano.
O diretor-executivo da Repsol, Josu Jon Imaz, já havia indicado, numa conferência com analistas, que a empresa estava a avaliar alternativas fora de Espanha, com Portugal a surgir como alternativa viável.
Projeto de hidrogénio verde pode estimular a economia portuguesa
Fontes da Repsol revelaram à Europa Press que a decisão de avançar com o projeto em Portugal está relacionada com o apoio recebido para a expansão do Complexo Industrial de Sines, considerado uma iniciativa de Potencial Interesse Nacional (PIN) pelo Governo português. Esta classificação é atribuída a projetos que trazem um impacto significativo para a economia do país.
Este projeto segue-se aos mais de 650 milhões de euros de investimento já estipulados para o Complexo Industrial de Sines, onde serão construídas duas novas fábricas de polímeros 100% recicláveis para as indústrias automóvel, farmacêutica, agroalimentar e outras.
Em Espanha, a Repsol tem sido afetada pelo imposto extraordinário sobre o setor energético, implementado pelo Governo espanhol em resposta à crise causada pela guerra na Ucrânia. Inicialmente aprovado para os anos de 2023 e 2024, este imposto já recebeu da Repsol quase 800 milhões de euros, sendo a petrolífera uma empresas das mais afetadas.
O governo espanhol com as maluqueiras socialistas, está a afastar o investimento no país.
«No passado mês de julho o Governo espanhol aprovou um pacote de quase 800 milhões de euros para financiar eletrolisadores de hidrogénio verde, dos quais a Repsol recebeu 355 milhões para os seus projetos em Escombreras (Cartagena) e na refinaria de Muskiz (Vizcaya).»
O aumento do imposto incide sobre as empresas energéticas e a banca. Se é justo ou não? Não sei.
Portanto mais investimento para se ter menos emissões na produção de combustível.
Espero que este investimento não utilize qualquer tipo de produção de eletricidade senão vai haver uma revolta social
Essa visão é muito redutora, este hidrogénio nem sequer é para combustível, é para vendar à UE para fornecimento de energia
O projecto da GALP é para produzir hidrogénio a ser usado no fabrico de combustível, que estava em projecto para Sines.
Não, não é para fornecimento de energia, para sim para ser usado na indústria, onde é largamente usado aos dias de hoje e onde a fonte é do gás natural com grandes emissões de CO2.
Hidrogénio não é nenhuma fonte de energia.
São projectos diferentes existem uns 5 projectos de hidrogénio para Sines. Como deves saber ainda não tens grande uso para o hidrogénio como combustível, esses projectos são a longo termo lá para 2030
Exato, daí para uso industrial que é onde faz mais sentido.
Os 5 são para produzir todos a mesma coisa, onde vai ser usado? Obviamente na utilização onde ele é atualmente mais usado.
Para transporte não faz sentido para já, até porque estes projectos vão aumentar imenso o custo dele, se já é caro para transporte, depois fica ainda pior.
O hidrogênio é uma vigarice. É um processo de perdas, devolve sempre menos de 2/3 da energia aplicada para o produzir. O que se passa é que os espanhóis arranjaram aqui um governo mais conivente com a vigarice que na própria Espanha.
Entretanto na zona de Valência vão investir 19 mil milhões de euros numa gicafatory. e mais uma carrada de empresas de EV e baterias. Porugal usa uns subsídios para uma coisa que só daqui a uns 10 talvez vá funcionar comercialmente enquanto os outros ganham dinehiro e empregos qualificados …
Em troca a Galp encerra a única refinaria que temos. Esperem para ver.
Nem por isso, senão não precisam de produzir hidrogénio, em troca a Repsol fica a vender este hidrogénio à GALP para estes usarem na produção de combustíveis.