Renault Clio E-Tech Full Hybrid: um clássico que oferece o melhor dos dois mundos
Para aqueles que querem alternativas ao gasóleo e a gasolina, mas ainda não estão prontos para dar o passo do carro totalmente elétrico, os modelos híbridos são a resposta mais certeira. Um bom exemplo é o Renault Clio E-Tech Full Hybrid, que chega reinventado, como uma lufada de ar fresco, ao mercado automóvel, envergando o título de clássico, mas com um pé no futuro. Sim, os elétricos não são para todos e o Clio mostra isso mesmo!
Renault Clio é um dos preferidos dos portugueses
Desde que a primeira geração chegou aos concessionários, em 1990, quase 16 milhões de automóveis Clio foram vendidos, em 120 países. Em Portugal e Renault Clio vendeu mais de meio milhão de unidades. Sim, este é sem dúvida o modelo preferido dos portugueses.
Como tal, este carro é já um modelo multigeracional, que viu ao volante avós, pais e... agora, os netos. Na altura, quando chegou ao mercado para assumir o lugar do Renault 5, o Clio revolucionou o segmento dos automóveis urbanos polivalentes.
Este modelo da Renault foi surgindo com novas características, tendo conseguido adaptar-se a cada década mediante vários upgrades.
Atualmente, com a "urgência da eletrificação", a Renault continua a procurar ser uma solução para os condutores, respondendo às necessidades e desejos de cada um.
Através da renovação do seu icónico modelo, no qual injetou uma nova energia e ao qual deu a forma que os condutores de hoje exigem, o Clio está mais moderno, mais desportivo e... híbrido!
Um design que abraça as ambições do mercado
Por forma a responder a mais clientes, o mais recente Clio está disponível em três especificações: Evolution, Techno e Esprit Alpine. Esta última foi a que tivemos oportunidade de testar, na versão híbrida, que combina gasolina e elétrico, e é, portanto, a que vamos explorar mais profundamente.
O Clio é um modelo compacto (4053 x 1988 x 142 mm), de condução fácil e suave. Visualmente moderno, o pequeno Renault chega com uma grelha dianteira renovada, mais desportiva e descontraída.
As jantes de liga leve de 17 polegadas tem um pormenor no centro em azul Alpine, conferindo harmonia e potencializando a beleza do carro. De forma subtil, é um modelo com potencial para receber atenção na estrada.
Com influência marcadamente Alpine, o interior é confortável, suficientemente espaçoso e... acomoda bem 4 ocupantes. No que toca à usabilidade a bordo deste hibrido, a Renault atualizou com a sua mais moderna tecnologia.
O ecrã de 9,3 polegadas, ao centro, assegura um sistema de infoentretenimento e, embora não seja o maior nem o mais equipado, é perfeitamente funcional com ligação ao Apple CarPlay e Android Auto.
Bom, mas o próprio sistema da Renault já, só por si, traz muitas funcionalidades multimédia e de navegação. Para grande parte das pessoas... chega perfeitamente!
O Renault Clio E-Tech Full Hybrid na estrada...
Este modelo E-Tech full hybrid 145 combina um motor a gasolina de 1,6 litros com um motor elétrico de 1,2 kWh, 145 cv de potência máxima kW, 205 + 50 de binário máximo e uma cilindrada de 1598 cm3.
Em termos de consumos, em WLTP o ciclo combinado é de 4.3litros aos 100 km. Nós conseguimos um pouco mais, a rondar os 6 litros, mas, confessamos, a culpa é do prazer de conduzir. Sim, o carro é viciante, pela sua aptidão desportiva. Rápido e seguro a sair das curvas.
O Clio vai dos 0 aos 100 km/h em 9,3 segundos e pode rolar a uma velocidade máxima de 175 km/h.
Em resumo:
- Motor: 1.598 cc, quatro cilindros a gasolina e motor elétrico, 145 cv a 5.600 rpm
- Transmissão: Automática de seis velocidades, tração dianteira
- Desempenho: 9,3 segundos 0 aos 100 km, velocidade máxima de 186 km/h (limitada)
- Peso: 1238 kg
- Dimensões (comprimento/largura/altura em mm): 4053/1798/1439
A abordagem híbrida abre a porta dos modelos eletrificados aos condutores mais reticentes, pois a ansiedade relativamente à autonomia desvanece-se na presença de um motor a gasolina.
Numa condução convencional, tranquila, o carro de facto tem consumos baixos. A sua caixa automática multimodal, permite transições suaves, havendo apenas um ligeiro tempo de quando pedimos aceleração a fundo.
Um Clio mais tecnológico, mas sem exageros
Hoje, as marcas já não podem descurar a vertente tecnológica. Aliando-se-lhe, conseguem potencializar os mecanismos de segurança e conforto da condução. Neste sentido, a Renault equipou o Clio com alguns must-have:
- Deteção da pressão dos pneus
- Chamada de emergência Renault
- Assistência à travagem de emergência
- Sistema de assistência na transposição involuntária de via
- Sistema de travagem de emergência ativa com deteção de peões e ciclistas
- Alerta de excesso de velocidade c/reconhecimento de sinais de trânsito
- Aviso e prevenção de saída da faixa de rodagem
- Alerta de tráfego cruzado em manobras de marcha-atrás
- Alerta de ângulo morto
- Travão de estacionamento automático
Relativamente à condução, estão presentes os seguintes mecanismos:
- Ecrã do painel de instrumentos de 10''
- Cruise control adaptativo
- MULTI-SENSE (personalização da condução)
- ESP + Sistema de ajuda ao arranque em subida (HSA)
- Retrovisores exteriores rebatíveis eletricamente c/função de desembaciamento e iluminação
Veredicto
É impossível não dar o gosto ao pé direito. Começamos já por aqui. Depois, o carro oferece segurança, conforto, sem perder a raça. E não se trata de todo de um carro aborrecido. É um citadino, hibrido com garra que não o vai deixar ansioso, com medo de ficar com a bateria drenada. Aqui as octanas ainda dão cartas. E, quem sabe, não darão por muitos anos.
O nosso veredicto não pode fugir aos fatos. Este é um carro só para alguns, os que querem segurança, qualidade de condução, preço acessível e consumos adaptados ao tal pé direito, que pode ter mais ou menos juízo, por isso, o consumo será maior ou menor. Mas é certamente desafiante conseguir o equilíbrio (é desafiante, mas consegue-se).
Olhando com atenção, também percebemos que as mudanças no Clio são mínimas, mas isso não é uma crítica. A nova versão é o mesmo hatchback simpático com o qual estamos acostumados, mas agora tem um pouco mais de tecnologia e um exterior atualizado. Uma bagageira grande, um design elegante e uma escolha de motorizações eficientes continuarão a trabalhar a seu favor, pelo que continua a ser um dos melhores hatchbacks pequenos do mercado.
Preço e disponibilidade
O Renault Clio está disponível a partir de 19.450€ na versão Evolution TCe de 90cv. Por sua vez, a versão que tivemos em mãos, a Esprit Alpine E-TECH Full Hybrid 145 cv, está disponível a partir de 28.400€.
Quanto à disponibilidade... passe num concessionário e desafie-se a fazer um teste drive. Depois diga se não temos ou não razão!
Para quem faz 30 ou 40 km por dia será melhor um destes clio hibrido ou esperar pelo R5?
Obrigado.
Tudo depende do preço a que (realmente) for comercializado o R5. Na minha opinião, se os preços forem mais ou menos os mesmos, para fazer (apenas) 30 ou 40 km´s por dia a solução mais razoável será o R5 totalmente elétrico. Terá de o carregar uma vez por semana e tem a vantagem de não pagar pela manutenção da parte “mecânica” do clio no entanto, se for para fazer 30 ou 40 km´s por dia e em alguns fins de semana dar uma volta de passeio que pode incluir férias, etc, aí penso que a opção (aos dias de hoje) seria o Clio. É a minha opinião (que certamente será refutada por muitos dos leitores mais avisados)
Os carros elektros são mais caros de manter.
Eu não tenho nenhum carro elétrico e até acho que, pela diferença do preço, (ainda) não compensa comprar, mas não entendo como é que pode dizer que a manutenção dos elétricos é mais cara. Diz isso a pensar na bateria? As baterias estão cada vez mais eficientes e quem procura um carro para fazer 30 a 40 Km´s por dia não se deve interessar se ao fim de 8 anos a bateria faz 250 km´s quando nova faria 300 km´s. Acredito que tenha as suas razões para fazer esta referência ao preço da manutenção dos elétricos mas não a entendo.
Yamaha, e sem dúvida mais caro de manter, 3 anos que ando com o Zoe, zero avarias, 3 revisões a custar cada 90 EUR na marca. Moro na ilha da Madeira, carregamentos só em casa. O português tem pouca literacia financeira !
E energia produzida a partir do fuel óleo e gás natural na madeira…
a renovável ainda é residual.
Portanto esta a dizer q um carro a combustão com 23 anos é mais fiável q um elektro com 3 anos? Concordo!
Yá os PHEV são carros a combustão com uma marreca pequena, ainda assim uma marreca desnecessária, perigosa e problemática. O problema está na marreca.
Meus caros, quem o diz é a ConsumerReports. Mas se estão cheios de confiança avancem no 1º caso e continuem no 2º.
Não o creio
https://www.consumerreports.org/car-repair-maintenance/pay-less-for-vehicle-maintenance-with-an-ev/
https://betterenergy.org/blog/consumer-reports-study-finds-electric-vehicle-maintenance-costs-are-50-less-than-gas-powered-cars/
Se ele diz que é a consumer reports, quem és tu para o contradizer com factos?
Aliás, eu que possuo carro elétrico e nos últimos 20 anos carros a combustão confirmo o que dizem os teus links, mas eu não sou estúpido ao ponto de contrariar o Yamahia com factos e experiência empirica.
Meus caros, lamento que andem iludidos ainda com a conversa velha de criar hype no carro elektro. Esses esses links são são de 2020 e abordam o mesmo assunto. Nessa época o comprador do carro elektro acreditava mais na lavagem cerebral que tinham em cima e não sabiam, do que acreditavam no que os seus próprios olhos viam e a carteira sentia..
Ultimamente o consmidor elektro já vai perdendo a vergonha em admitir que foi enganado e já barafusta!
De facto o último relatório da Consumer Reports aponta que os carros elétricos, têm algumas desvantagens em termos de manutenção e reparação. Segundo o relatório, os carros elektros tendem a ficar mais tempo nas oficinas para concluir as reparações e a manutenção é mais cara em comparação com os carros a gasolina. A complexidade das tecnologias envolvidas e a menor familiaridade das oficinas com esses sistemas são factores que contribuem para essa realidade.
Cito:
“On average, new EVs have 79 percent more problems than ICE vehicles”
E isto é em carros com até 3 anos.
Esperem pela pancada qd chegar a hora de trocar a bateria.
https://www.consumerreports.org/media-room/press-releases/2023/11/electric-vehicles-are-improving-but-charging-and-battery-issues-persist-in-consumer-reports-2023-annual-auto-reliability-survey/
3 anos ? Está me a parecer que não soube ler, usaram 3 anos de dados para classificar os modelos para 2024, o estudo inclui os problemas ocorridos em carros desde o ano 2000.
” This year, CR gathered data on more than 330,000 vehicles from the 2000 to 2023 model years, with a few newly-introduced 2024 models.”
E quanto tempo ficam lá os híbridos ? Que têm mais do dobro dos problemas ?.
Então e os híbridos são melhores onde ? Ou agora já vai dizer que a consumer reports não sabe o que diz ?
“. Plug-in hybrid electric vehicles (PHEV) fare even worse with an average of 146 percent more problems.”
E q eu saiba de 2020 para 2023 vão 3 anos. Qual é a duvida?
Qt aos PHEV tb em lado nenhum foi dito que avariavam menos.
Pelo contrário, há uns tempos que os 100% elektros, a seita elektra é q veio com a história que os PHEV incediavam menos que os combustão. É incrível até onde vai a falta de noção desta gente e como espalham a mentira sem pingo de vergonha na cara.
Que eu saída de 2000 a 2023 são 23 anos.
Mas segundo você phev são veículos a combustão, portanto os a combustão avariam muito mais que os eléctricos, espero que agora não dê o dito por não dito.
Vieram ? Quando ? Os phev sempre foram os que incendiavam mais, e segundo você são veículos a combustão, ainda assim incendeiam mais que os 100% a combustão.
Portanto esta a dizer q um carro a combustão com 23 anos é mais fiável q um elektro com 3 anos? Concordo!
Yá os PHEV são carros a combustão com uma marreca pequena, ainda assim uma marreca desnecessária, perigosa e problemática. O problema está na marreca.
Não, eles não dizem isso, só você.
Sim, o problema está na marreca que têm na frente, quanto à outra, parece ser um bicho de 7 cabeças para os mecânicos que estão habituados a trocar peças.
Depende do amor que cada um tenha ao seu guito. Eu escolhia a bicla elétrica para fazer esses KMS. Só a raiva que isso faz ao lobby automóvel vale o resto.
Em termos económicos esta versão E-Tech Full Hybrid não faz qualquer sentido face ao Tce de 90Cv. (pelo apresentado no artigo são 9K de diferença.. que acredito que seja um pouco menos se for outra versão menos equipada) e consumos reais elevados… logo não sei onde se vai buscar o retorno do “investimento” inicial pelo Hybrid. Se ao menos os 145cv do E-Tech ainda fossem “animados”, mas nem isso… dos 0-100kms em 9,3Seg? A única vantagem é ter um motor 4 cilindos…
Parece ser um bom produto!