Hummer EV: Falha na atualização remota obriga estes carros elétricos a voltar à fábrica
Cada vez mais os carros, e em especial os elétricos, são construídos de forma a poderem ser atualizados remotamente. De forma simples e rápida, novas funcionalidades ou correções de problemas são enviado e aplicados de forma transparente.
A GM queria usar esta funcionalidade no seu novo Hummer EV, mas parece estar impedida de o fazer. É apenas uma falha no software das luzes traseiras, mas requer o regresso destes carros à fábrica para serem corrigido.
Mesmo não sendo algo normal, as falhas nos carros mais modernos podem muitas vezes ser resolvidas de forma remota. Uma simples atualização de software traz as soluções e limita os problemas, que dispensam assim a presença destes carros nas oficinas.
Esperava-se que uma simples falha nas luzes traseiras do novo Hummer EV pudesse ser resolvida desta forma simples. Uma atualização via Internet e poucos minutos depois a falha identificada estaria resolvida, provavelmente sem o utilizador ter noção disso.
A General Motors decidiu que determinados veículos GMC Hummer EV do ano 2022 não estão em conformidade com a Norma Federal de Segurança de Veículos Motorizados (FMVSS) No. 108. Lâmpadas, dispositivos refletores e equipamentos associados.
Nestes veículos, o software embutido nas luzes traseiras pode fazer com que uma ou ambas as luzes traseiras (a) fiquem inoperantes ou (b) permaneçam total ou parcialmente iluminadas. Se a luz traseira estiver inoperante, todas as funções da lanterna traseira (luz de travagem, pisca-pisca, luz de marcha atrás, marcador lateral e luz traseira) serão desativadas. Se uma luz traseira permanecer total ou parcialmente iluminada, algumas ou todas essas funções da luz traseira permanecerão ligadas o tempo todo, mesmo após o veículo ser desligado.
Infelizmente, e do que se pode saber agora, esta alternativa parece não estar a funcionar. A atualização que resolvia este problema não pode ser aplicada e os Hummer EV da GM vão mesmo ter de se deslocar à marca para ver a situação resolvida.
A falha poderá ser de tal forma grave que a GM está a ir mais longe na sua solução. Em muitos casos as luzes traseiras do Hummer EV vão ter de ser substituídas para que a falha identificada seja resolvida de forma definitiva.
Curiosamente, e por razões óbvias, este é um problema que parece muito limitado. O Hummer EV é o primeiro carro da GM a usar a plataforma Ultium, criada para os seus carros elétricos. Claro que o preço deste carro é de tal forma elevado que apenas se esperam que 10 carros sejam afetados.
Ainda assim, fica claro que no futuro não será tudo resolvido de forma remota e em pouco tempo nos carros elétricos. A Tesla tem aplicado esta fórmula com sucesso, mas em alguns casos teve de receber nas suas oficinas as viaturas afetadas para tratar de falhas.
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Não entendi, foi apenas o firmware/ software que não actualizou correctamente de tal forma que impediu que novo firmware pudesse ser enviados para corrigir o erro anterior, ou existe algum componente físico a impedir o correcto funcionamento que actualizações de firmware/ software não conseguem solucionar?
Se algum firmware/ software introduzir erros que impeçam o correcto funcionamento, os clientes têm forma de reverter para uma versão anterior de forma fácil e segura?
Algo do género “Dual Bios” da BIOSTAR… onde se alguma actualização da Bios correr mal (ou for contaminada por malware), o cliente pode simplesmente carregar num botão e aquilo transfere de um chip permanente para o outro. Ambos os chips podem ser actualizados, mas o chip que tiver com problemas como não arranca o computador, a pessoa selecciona o outro, actualiza o firmware carregando o mesmo na Bios que funciona e depois antes de aceitar actualizar a Bios avariada, muda o botão novamente para a Bios que não funciona e aquilo vai actualizar essa que estiver seleccionada.
Naturalmente que nos automóveis poderia ter uma função que não permitia que o cliente actualizasse a “segura” / “de reserva”, nem houvesse actualização online para nunca haver a possibilidade de actualizarem esse firmware sem querer… e assim haver pelo menos uma que não pudesse falhar devido a más actualizações remotas ou por parte do cliente.