Hidrogénio “faz pouco sentido”: economistas defendem camiões elétricos a bateria
A transição energética tem sido pautada por experiências, com os governos e as empresas a procurarem equilibrar o impacto das potenciais mudanças na logística, nas carteiras e no ambiente. Apesar de o hidrogénio ser uma alternativa em cima da mesa para a descarbonização do transporte pesado, economistas franceses e alemães aconselham a que se dê prioridade aos elétricos a bateria.
Numa declaração conjunta publicada no final do mês passado, economistas das duas maiores economias da União Europeia (UE) descreveram a descarbonização do transporte rodoviário de mercadorias como "essencial" para atingir os objetivos climáticos do bloco.
Enquanto maiores economias da UE, a França e a Alemanha têm a responsabilidade especial de liderar o processo de descarbonização do transporte de mercadorias.
Escreveram os economistas dos dois países, conforme citado pelo The Driven.
Uma vez que o transporte rodoviário de mercadorias está fortemente dependente de camiões movidos a gasóleo, as previsões apontam que as emissões dos transportes continuem a aumentar. Isto, sem uma ação "decisiva".
Na perspetiva dos economistas, as políticas de descarbonização do setor do transporte de mercadorias devem centrar-se nos camiões elétricos a bateria, "uma vez que estes representam a tecnologia mais madura e pronta para o mercado do transporte rodoviário de mercadorias".
Conforme vimos anteriormente, essa descarbonização deveria incluir uma implementação acelerada de redes de carregamento rápido ao longo dos principais corredores de transporte de mercadorias e em instalações privadas.
Hidrogénio pode integrar a estratégia, mas não totalmente
Embora reconheçam o potencial dos camiões elétricos com células de combustível de hidrogénio como "outra opção para eletrificar o transporte rodoviário", os economistas da Alemanha e França destacaram uma série de obstáculos para que a tecnologia baseada no hidrogénio transforme, efetivamente, o setor do transporte de mercadorias, nomeadamente:
- Aumento da capacidade de armazenamento;
- Estações de reabastecimento de hidrogénio para mercadorias e não apenas para veículos de passageiros;
- A forma que o hidrogénio assumirá, quer seja gasosa ou líquida.
Segundo os economistas, um camião elétrico a bateria é mais eficiente, uma vez que, hoje em dia, na estrada, consome menos 50% de energia do que um camião a hidrogénio para percorrer a mesma distância. Isto, "devido às perdas de energia envolvidas na produção, transporte e conversão do hidrogénio".
Na sua perspetiva, a inovação em matéria de tecnologias alternativas deve acontecer de forma paralela, garantindo que "as opções complementares permaneçam disponíveis, se necessário".
Contudo, em termos simples, acreditam que o desenvolvimento de uma infraestrutura para estas alternativas com financiamento público "faz pouco sentido", neste momento, devido às incertezas existentes.
Sugerimos que se dê prioridade aos camiões elétricos a bateria como tecnologia central para descarbonizar o transporte rodoviário de mercadorias.
Disse Monika Schnitzer, copresidente do Conselho Franco-Alemão de Peritos Económicos, explicando que "uma estratégia governamental focada [nestes] como tecnologia central poderia proporcionar às fabricantes e operadoras de camiões a segurança de planeamento necessária para investimentos futuros".
Descobriram a roda…
é por causa dos economistas que o mundo é uma desgraça economica….
Ninguém com o mínimo conhecimento sobre o assunto acha o Hidrogénio boa ideia talvez para aviões e mesmo assim é dificil
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Para aviões é ainda menos provável do que para camiões, até a Airbus já concluiu que para fazer um avião voar a hidrogénio, não sobrava espaço para passageiros e carga. Quando verem e entrarem dentro de um Toyota Mirai vão entender porquê, um carro de 5 metros que não tem espaço aproveitável de um Opel corsa dos anos 90.
Em tempos transportava se grande parte da mercadoria de comboio, mas algum iluminado achou que era mais barato e sustentável de camião …. Enganou se.
Malvados comboios que andam com um fio de eletricidade por cima.
O Comboioo nunca chegaria a todo o lado em termos de infraestrtura é quase impossivel
Não é isso que vejo na Suiça, Alemanha, França, Espanha…. o camião só é usado na last mile. Mas pronto, tudo o que referi são países retrógados que constroem ou reabilitam milhares de km de via férrea, ao contrario do jardim á beira mar plantado.
O problema é que a ferrovia não dá tanto dinheiro nem alcavalas como as autoestradas.
É só iluminados… Experimente enviar do norte para o Algarve (já nem falo para a Europa) , que tem linha directa, uma mercadoria e vai ver quanto paga e quanto tempo demora a chegar…
É que os empresários são todos burros, só você é que é o inteligente
António, burros não são mas talvez pouco pro-ativos através das asssociações que os representam se não fazem “lobby” junto de quem decide depois não se queixem ! Seria excelente estar ao nível de uma Espanha já para não falar de uma França, Alemanha ou uma Suíça conforme refer o @Mário.
+1 toda a gente sabe isso mas infelizmente neste país nos movemos por interesses pequeninos.
O problema aqui não é onde o camião chega. É o gravete não chegar aos bolsos dos donos do camião. E eles têm muita influência e muito poder. É por isso que esse negócio jurássico e cretássico ainda sobrevive gastando 7X mais energia por tonelada transportada.
+1000
Na minha opinião a ser utilizado o hidrogénio faz mais sentido precisamente nos pesados e navios, acho pouco racional é utilizar nos veículos ligeiros, mas é apenas a minha opinião.
O hidrogénio mais barato de produzir é obtido a partir do gás natural, que tem metano, que são 4 átomos de hidrogénio e um de carbono. Libertando CO2, claro, e contendo menos energia que o próprio gás de onde é obtido. Depois de produzido, ainda é preciso comprimir, liquefazer e transportar. Portanto, é ruína, mais vale os pesados e navios usarem directamente gás. O dos electrolisadores sai ainda mais caro. Lógico; primeir é preciso alimentá-los com energia, e o H2 que produzem devolve menos de 2/3 – brutos, líquidos são ainda menos – da energia que se gasta.
É uma madeira de cumprirem o tempo de descanso legal.
O que acontece hoje é uma vergonha….
Há sempre a possibilidade de levar 2 motoristas e o camião circular durante 20 horas/24. Estou curioso para ver como vão fazer isso com camiões elektros.
Mais curioso era ver com fazem isso com camiões a hidrogénio, até porque têm menos autonomia.
Duvido que tenham menos. Mas mesmo que tenham menos, o reabastecimento é muito mais rápido.
Tanto nos camiões como nos carros têm menos.
O abastecimento depende, se for num dia de calor, não é, se chegar atrás de um que acabou de abastecer, também não é, e à velocidade que os carregamentos estão a aumentar, ainda andam a dizer que hidrogénio é o futuro e a verem os carregamentos a serem mais rápidos para maior autonomia.
Não vejo nada.
O que vejo é pagar fortunas por carregamento rápido e depois não passar dos 170 de pico (Ionity). Valentes secas, isso sim.
A autonomia dos carros a H2 é superior aos elektros. E o abastecimento faz-se no mesmo tempo q um a gasolina. Não invente.
Se não vê é porque não quer, é só pesquisar.
Se pagam fortunas por carregamento, é multiplicar isso por 5 no caso dos abastecimentos.
No caso dos abastecimentos anunciam 5 minutos e depois são 5 horas, ou melhor, 4.5 horas.
Não é superior, é inferior, já encontra modelos bem mais baratos eléctricos com maior autonomia que aqueles que existem a hidrogénio, tanto em carros como em camiões.
Tanto não faz que os utilizadores da Califórnia que têm uma rede com 20 anos passam lá horas, e continuam a fechar.
Você é que é um tretas, porque não vê a realidade.
Eu pago metade no zagoil e já estou a ser amigo.
Entretanto aguarde pelo mais que previsível aumento no preço da electricidade. Isto se continuarem com a mania de comprarem gás aos americas em detrimento dos russos.
Errado, segundo o JL carregar uma carro electrico demora de 3 a 4 segundos. Um camião deve levar uns 20 segundos no máximo pois não é necessário ficar a segurar na mangueira!
E quanto paga pelo H2 ?
Depende onde abastece e carrega.
Se a electricidade aumentar o H2 vai atrás, portanto pior para estes últimos.
Eu nunca disse quanto tempo demorava, eu disse o tempo que eu gastava.
Com H2 vai ser igual, vou gastar 10 a 20x mais tempo para abastecer.
E novidades ?
Elementar, quem tem conhecimentos mínimos sabe disto há anos. Muita gente anda completamente enganada porque a Toyota decidiu por as fichas todas no hidrogénio e criar uma guerra aos elétricos que era impossível ganhar. Já deviam ter rolado cabeças, aliás há uns anos desconfio que se suicidavam de vergonha, mas agora os japoneses já evoluíram nesse aspecto e até contratam CEOs estrangeiros que não tem a mesma vergonha.
O UK acabou de alargar a oportunidade aos híbridos para além de 2030 e, por enquanto, até 2035. Sejam HEV ou PHEV, o que em parte, vem dar razão à Toyota.
Portanto os a combustão continuam condenados.
Sim, vem dar razão à Toyota e a outras, daí a Toyota ter vindo dizer que continua a apostar em todas as tecnologias, mas as novidades que apresentou são todas eléctricas a 100%. Lol
Ou seja, a Toyota continua na mesma conversa mas na prática já nem por isso….
Nop.
Não se esqueça do novo motor a combustão e da nova célula de combustível mais barata e mais eficiente.
O novo motor a combustão é para desportivos, para nichos de mercado, a nova célula de combustível foi anunciada, mas onde estão aplicadas em carros ? Foi isso que eu disse, apostam em todas as frentes, mas no fim as novidades práticas que apresentaram foram apenas BEV’s.
Desportivos?!
Um 1.5 e outro 2.0 não me parece que sejam para nichos.
Alem disso têm a particularidade de comerem tudo:
Gasóleo, gasolina e H2. Ao mesmo tempo que são muito leves, compactos e grandes máquinas.
Esta é uma das novidades.
A outra é exactamente o stage3 da célula de combustível. Uma boa evolução.
Os carros a bateria não são novidades. Já estão obsoletos antes de sairem.
Poderão ser considerados novidades qd lançarem a bateria de estado solido que aguardamos desde há uns 20 anos.
Até agora só apresentaram um de 2.0 com 400cv, portanto é para desportivos, e aliás, foi isso que disseram.
Motores que consomem tudo não são eficientes, isso é treta, nunca um motor que trabalha a diesel pode ser eficiente com gasolina, e muito com H2.
Dizem eles que aumentaram em 20% a eficiência, mas onde está o carro para provar isso ?
Carros a hidrogénio é que estão obsoletos, já todas as marcas tiveram os seus protótipos e a grande maioria desistiu, não é por acaso que a mesma marca está a apostar em melhores baterias, se fosse obsoleto não anunciavam 15 modelos até 2027 e apenas 1 a hidrogénio.
Não diga disparates. Há muito que se sabe do 1.5:
“1.5-litre NA, turbo, and 2.0-litre turbo engines have been developed”
https://www.autofans.in/2024/06/toyota-shows-new-engines-that-can-run.
Os 20% referem-se ao tamanho do motor. Não à eficiência.
Compreendo o seu receio e a sua frustração. A Toyota acaba por inovar mais nos combustão do q nos elektros.
Vc ainda não percebeu que é impossível ter um carro diferenciado se ele for elektro. São todos iguais. Uns podem ser teoricamente mais duráveis q outros, assim como a Miele é teoricamente mais durável q a Ariston mas não deixam de ser todos electrodomésticos.
https://www.autocarindia.com/industry-amp/new-toyota-engine-can-run-on-petrol-synthetic-fuel-hydrogen-431887
Esse link nem sequer dá nada.
Meu caro, veja o vídeo da apresentação que a razão fez, tem lá tudo.
20% era em relação à fuel cell, não tem nada a ver com motores.
Frustração ? Não entendi ?
Se acaba por inovar mais porque só apresentou novidades relacionadas com BEV ?
Nós a combustão é igual, não são todos iguais ?
Sim porque no caso dos a combustão nenhum é durável, até vão à oficina todos os anos para trocar peças.
E volto a repetir, um motor que funciona com tudo não é eficiente com combustível nenhum.
OK. Quantos Toyotas a H2 viste hoje a circular e quantos EV de bateria? Pois, também acho que fizerem bem em por lá todas as fichas, aquilo vende que nem paezinhos quentes.
A Toyota vende o Mirai faz 11 anos…
Nunca vi um a circular, exceto parados na montra da Toyota.
Só num trimestre a Toyota vendeu mais BZ4x que aquilo que vendeu durante 11 anos de Mirai.
Nada como dar tempo ao tempo.
60 anos não chegou para os meterem na estrada ?
Nem 126 anos para os elektros.
Mas esses andam cá, e vendem, já os outros não…