Ford Modelo T: o carro que colocou o mundo sobre rodas há 117 anos
Em 1908, a Ford lançou um automóvel que viria a mudar para sempre a forma como o mundo se deslocava. O Modelo T não foi apenas um carro: foi o símbolo da democratização do transporte individual. Como há 117 anos, hoje o mundo observa uma nova revolução automobilística.
O nascimento de uma revolução automóvel
Foi precisamente no dia 27 de setembro de 1908, que o primeiro Ford Modelo T saiu da linha de montagem da fábrica da Piquette Avenue, em Detroit. A grande inovação não foi apenas o carro em si, mas o processo de fabrico.
Henry Ford introduziu em 1913 a linha de montagem em série, que reduziu drasticamente o tempo de produção, de mais de 12 horas para cerca de 90 minutos por veículo.

Henry Ford (1863-1947) foi um empresário norte-americano, o fundador da Ford Motor Company. Foi o primeiro a implantar a linha de montagem em série no fabrico de automóveis. Foi um grande inventor, responsável por 161 patentes.
Factos técnicos e características marcantes
O Modelo T era um carro simples, robusto e pensado para resistir às estradas irregulares da época.
- Motor: 4 cilindros em linha, 2.9 litros, 20 cavalos de potência.
- Transmissão: sistema planetário de 2 velocidades.
- Velocidade máxima: cerca de 72 km/h.
- Consumo médio: entre 11 e 18 litros/100 km, dependendo das condições.
Uma curiosidade é que o Modelo T podia ser abastecido tanto com gasolina como com etanol, algo visionário para a época.
Vendas e preço acessível
Entre 1908 e 1927 foram produzidas mais de 15 milhões de unidades, tornando-o o automóvel mais vendido do mundo até ser ultrapassado pelo Volkswagen Carocha décadas mais tarde.
O preço foi outro fator determinante para o seu sucesso. Em 1908, custava cerca de 850 dólares (o equivalente a mais de 25.000 dólares atuais, ou 21 mil euros), mas com a produção em massa o preço caiu para apenas 260 dólares (222 euros) em 1925, tornando-o acessível à classe média americana.
Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, em 1914, os Fords Modelo T participaram da ação. Estes Modelos T foram adquiridos por organizações aliadas e associadas de concessionárias Ford na Grã-Bretanha e na França, com as primeiras ambulâncias do Serviço de Campo Americano aparecendo na linha de frente, trabalhando no transporte de feridos franceses em 1915.
10 curiosidades sobre o Ford Modelo T
- Qualquer cor, desde que fosse preta: apesar da fama, nem sempre foi assim: até 1914 o Modelo T era vendido em várias cores. A padronização para o preto deveu-se ao facto de esta tinta secar mais rápido, acelerando a produção.
- Primeiro carro produzido em massa: a introdução da linha de montagem em 1913 reduziu o tempo de fabrico de 12 horas para apenas 90 minutos por veículo.
- Mais de 15 milhões vendidos: entre 1908 e 1927 foram fabricados mais de 15 milhões de unidades, recorde mundial que só foi batido pelo Volkswagen Carocha em 1972.
- Preço a cair para todos comprarem: o Modelo T começou a custar cerca de 850 dólares, mas em 1925 já era vendido a apenas 260 dólares, o que o tornou acessível a grande parte das famílias americanas.
- Arranque complicado: os primeiros Modelos T não tinham motor de arranque elétrico: era preciso usar uma manivela na frente do carro, um processo arriscado que podia até partir o pulso do condutor.
- Multicombustível antes do tempo: o Modelo T podia funcionar tanto a gasolina como a etanol, algo bastante avançado para a época.
- Suspensão adaptada às estradas rurais: o carro foi desenhado para resistir a estradas de terra e lama. A altura ao solo e os pneus robustos faziam dele um verdadeiro “todo-o-terreno” do início do século XX.
- Comandos pouco intuitivos: a caixa de duas velocidades era acionada por pedais, não por alavancas, tornando a condução do Modelo T muito diferente dos carros atuais.
- O “carro universal”: era conhecido como o “Universal Car”, porque podia ser usado tanto por famílias, como por agricultores ou pequenos empresários, adaptando-se a várias funções.
- Fim de produção em 1927: o último Modelo T saiu da linha de montagem em 26 de maio de 1927. Henry Ford participou pessoalmente na cerimónia, acompanhado pelo seu filho Edsel.
Do Modelo T ao futuro elétrico
O Ford Modelo T representou a democratização do automóvel, levando a mobilidade a milhões de pessoas e transformando a sociedade do início do século XX.
Hoje, mais de um século depois, vivemos uma nova transição: do motor de combustão para os carros elétricos.
Tal como o Modelo T abriu caminho para a massificação dos veículos a gasolina, os próximos anos dirão quais serão os “Modelos T elétricos” capazes de tornar a mobilidade sustentável acessível a todos.

























Tinha uma particularidade por imposição de Henry Ford: “Podia ser de qualquer cor … desde que fosse preto”.
Uma particularidade que reduziu os custo de produção e o custo final ao cliente.
Nem tudo foi assim bonito.
Este foi o primeiro carro a combustão que ardeu ao JL, julgo que em 1918.
Lá vêem os mentirosos do costume
Fique descansado, por aqui da Ford Cortina de 72 e um Fiesta em 9x.
Esses foram os que ficaram totalmente carbonizados? Os outros 38 ainda se aproveitaram para a sucata?
Não, e apenas um ficou totalmente carbonizado, como de costume não sabem ler ou têm pouca memória, o outro teve um incêndio parcial e foi reocupado. Não era nenhum destes, era um Fiat Uno.
Deixa-te de coisas.
Ou arderam ou não arderam e mentiste. Ninguém tem a culpa de acrescentares informação conforme te convém. O meu carro por exemplo arde todos os dias que o meto a trabalhar LOOOOOL
Não menti, disse exatamente o mesmo que digo agora, você é que gosta de mentir.
Se for um fiesta ecoboost não arde. Em vez disso a correia de apodrece no óleo e desintegra-se/dissolve-se. Mas é absolutamente seguro, porque o carro para.
Você agora esteve bem. Muito bom. LOL.
O mais cómico é que nem alguém que tivesse carro em 1918 teria somado a quantidade de carros do JL até aos dias de hoje LOL
Esse parece ser o Ford Touring de 1913.
Devem ser poucos hoje em dia que conseguem manobrar uma máquina dessas.
O etanol é o álcool etílico. O carburador era ajustável para álcool ou gasolina, optava-se pelo respetiva variante. Diz que foi com a “lei seca” (2020-2033), que também andou atrás dos produtores de álcool, que o consumo de etanol diminuiu drasticamente tornando-se a gasolina a opção dominante.
Tinha a sua utilidade – quem cheirasse a álcool podia dizer que foi dos gases de. escape
E ainda há exemplares a funcionar!
Os carros elétricos atuais não duram 10 anos.
Tanto duram que há por aqui 3 veículos com mais que isso, e 1 com quase 3 vezes mais.
Também há eléctricos desta altura a funcionar.