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Dacia vai produzir o motor mais avançado da Renault, que funciona com três combustíveis

                                    
                                

Autor: Vítor M.


  1. Indignado says:

    Eu só me pergunto qual será o custo de manutenção de um motor com 3 tecnologias diferentes.

    • Tug@Tek says:

      Manutenção não sei, mas probabilidades de possíveis problemas e reparações é a triplicar…

      • Realista says:

        Tecnicamente é só a duplicar porque com o motor elétrico a probabilidade de avariar é muito baixa.

        • Max says:

          Também não é a duplicar, porque se o motor elétrico tem pouca probabilidade de avariar, o motor de combustão é o mesmo, para gasolina e o GPL. Por ser híbrido no combustível, tem algumas alterações em relação ao motor a gasolina e por causa da injeção direta do GPL, mas não são dois motores.

          • Realista says:

            Não é bem mas é quase, porque para acontecimentos independentes:

            P(A U B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B)

          • Max says:

            Só que não tens dois motores, um a gasolina e outro a GPL, tens um. Tens que considerar um único motor e que as avarias são nas componentes associadas aos injetores de cada combustível.
            Se chamares a: A – avaria no injetor a gasolina, B – avaria no injetor a GPL e C – avaria no motor só a gasolina

            P(A U B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B) ≈ P(C)

            Traduzindo – a probabilidade de avaria no moto bi-fuel é aproximadamente igual ao do motor só a gasolina (muito longe de ser o dobro).

          • Realista says:

            Basicamente ao colocares P(C) estas a dizer o mesmo e confirmas o que digo. Se tens o mesmo motor para os dois então são fenómenos dependentes e mutuamente exclusivos.

            Assim a probabilidade de ter pelo menos uma avaria será de:

            P(A) = Probabilidade de avariar o motor a combustão = x%
            P(B) = Probabilidade de avariar o motor GLP = y%
            P(AUB) = Probabilidade de avariar pelo menos um deles.
            P(A∩B) = Não acontecem os dois ao mesmo tempo.

            P(A U B) = P(A) + P(B) e desta formula sabes que o resultado será o somatório de x% + y%.

            Já se não forem mutuamente exclusivos então:

            P(A U B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B)

            Pelo que o resultado será:

            – Máx (x,y) ≤P(A∪B) ≤ min (1-x+y)

            Assim a probabilidade de ter uma avaria será SEMPRE maior que probabilidade com a maior percentagem e menor que a probabilidade do somatório dos dois.

            Só não consegues saber com exatidão porque necessitas de saber P(A∣B), isto é, a probabilidade de A acontecer dado que B ocorre…

            Por exemplo se P(A)= 2% e P(B) = 2% então:

            Se forem fenómenos exclusivos tens P(AUB) = 4%
            Se forem não exclusivos tens como resultado 2% ≤ P(A∪B) ≤ 4%

            Mas que a probabilidade de ter uma avaria é muito maior do que ter só um sistema é inegável.

            hahaha

          • Realista says:

            Fica a nota:

            “P(A∩B) = Não acontecem os dois ao mesmo tempo. = 0 “

          • Nuno says:

            Falta ter em conta que cada motor trabalha menos do que quando esse motor é a única forma de locomoção de um carro.
            Ou seja, o motor ICE do meu híbrido trabalha menos que o motor ICE de um ICE puro. E o mesmo para o motor elétrico…

          • Realista says:

            No entanto arranca mais vezes, por isso existem outros pontos de possível avaria…

          • GM says:

            Só tem 2 motores. Um a combustível, e outro eléctrico. O de combustível, utiliza 2 combustíveis, daí ser designado bi-fuel. Os componentes são essencialmente os mesmos, salvo o necessário para o armazenamento dos 2 combustíveis e o necessário para os injectar nos cilindros.

        • Leonel matos says:

          Por essa lógica também não será tanto assim já que a gasolina e GPL já existe e o preço da manutenção está dentro do normal.

    • Grunho says:

      Que interessa isso? O gasto de uns é o ganho de outros. Portanto, somando o que a marca gqnha com o que os consumidores perdem, no fim dá sempre zero.

    • GM says:

      3 tecnologias diferentes? Mais não é que um mild-hybrid bifuel. Um motor térmico consumir 3 combustíveis diferentes, um dos quais electricidade (!)? Há cada uma. Do que já li e vi noutras publicações, e nomeadamente no DACIA DUSTER, o motor eléctrico ficará apenso ao eixo traseiro, conferindo a capacidade 4WD. Mas, do que vi até à data, e foi pouco, não permite locomoção exclusivamente eléctrica.

    • Nuno says:

      A malta esqueceu-se que se andava a meter tanques de gás para carros a gasolina e o motor trabalhava na mesma…
      O motor não tem aumento de manutenção!
      Que manutenção fazes ao motor a gasolina de um carro que seja específica para motores a gasolina?

      • João says:

        Respondendo a questão por já ter tido 2 a gpl. Em carrros transformados,após a primeira muda de óleo que sai preto, após isso mesmo com 10-12.km a olho nú parece novo, limpinho. Pelo facto da combustão de gás ser bem mais limpa e sem resíduos ( menos co2 tb)
        Possíveis questões na transformação; a mistura ar/gás é menos densa criam mais esforço as bobines de ignição o que requer alteração da folga das velas para optimizar o arco eléctrico ou velas próprias para gpl

  2. Max says:

    Então, quais são as versões do motor HR12, um motor turbo de três cilindros e 3 L, segundo a Horse:
    – HR12 (gasolina) – de 96 kW (aprox. 130 cavalos) começou a ser fabricado em junho na Roménia, para ser instalado nos novos modelos Dacia Duster.
    – HR12 PHEV (híbrido plug-in), de 110 kW (152 cavalos) começou a ser fabricado em setembro de 2024, usado em veículos como o Renault Rafale E-Tech 4×4 Hybrid
    – HR 12 LPG MHEV (Mild Hybrid Electric Vehicle) com motor a gasolina e GPL, de 103 kW (140 cavalos), que começou a ser fabricado agora. Como diz o post é o primeiro motor do mundo a usar injeção direta para GPL e gasolina.
    Já agora, o que é um MHEV (Mild Hybrid Electric Vehicle), ou híbrido leve – combina um motor a combustão com um pequeno motor elétrico e uma bateria de baixa voltagem para melhorar a eficiência de combustível e reduzir emissões. Ele recupera energia durante a travagem e desaceleração para usar em momentos de aceleração, mas o motor elétrico não tem potência suficiente para mover o veículo sozinho. Esta caraterística e o motor elétrico não poder ser carregado diretamente distinguem-no do PHEV.

    • Grunho says:

      O MHEV não é híbrido: não tem tracção eléctrica às rodas. Conseguiu a homologação na UE à custa de cunhas políticas, para ter vantagens fiscais e de acesso a zonas de “baixas emissões”.

      • Max says:

        O PHEV tem tração às rodas quer o motor de combustão , quer o motor elétrico. Um MHEV só tem tração às rodas o motor de combustão – que é auxiliado, reduzindo o consumo de combustível, por um motor elétrico. Um MHEV não é PHEV, não é EREV ou outras coisas … é um MHEV. E daí, se não é um híbrido é o quê? É uma opção como as outras.
        Quanto ao efetivo consumo de combustível (e correspondente emissão de CO2) em relação aos valores da homologação estamos conversados – a começar nos PHEV. Um estudo oficial da UE, a partir dos dados reportados pelos próprios carros, demonstrou que, em média, um PHEV não se distingue de um carro só a combustível, apesar dos valores de homologação, dos laboratório das marcas, dizerem que é muito inferior. Se acontece com os PHEV também há de acontecer com os MHEV e outros híbridos.

        • Grunho says:

          À partida não tenho nada contra, mas por esse critério também se devia dar homologação de híbrido a qualquer carro a combustão com um buraco no chão para empurrar com o pé, por exemplo numa fila.

        • Nuno says:

          Pergunta genuína:
          O que é tração às rodas? Pergunto porque tenho um phev e tenho a sensação que o motor elétrico faz rodar o motor. Ou será que é só a caixa de velocidades?

          • Max says:

            Um PHEV tem dois motores, um elétrico e um a combustível. Para o veículo se deslocar pode usar um ou outro dos motores ou o modo híbrido (ambos).
            O sistema de transmissão transmite a força do motor às rodas motorizes (dianteiras, traseiras, ou 4×4, conforme sistema de tração do veiculo)).
            O sistema de transmissão de um veiculo elétrico é diferente de um com motor de combustão interna (térmico). O sistema de transmissão de um PHEV inclui componentes específicos para cada motor, tanto para o motor elétrico como para o térmico, que funcionam de forma integrada.
            – Para o motor elétrico: o motor elétrico propriamente dito, o inversor/controlador, a caixa de velocidades, o eixo de transmissão e o sistema de travagem regenerativa
            – Para o motor térmico – o embrague/acoplamento (que conecta e desconecta o motor térmico da transmissão), a caixa de velocidades e eixo de transmissão e o diferencial.
            Ficou de fora a parte eletrónica.
            Quando dizes que o motor elétrico faz rodar o motor (de combustão), penso que queres dizer que o pode manter a trabalhar. Se, num carro só com o motor de combustão com injeção eletrónica é possível mantê-lo a trabalhar sem gastar combustível (apenas numa descida, engatado) não me custa a crer que num PHEV, como são sistemas integrados, o motor elétrico possa manter o motor de combustão a trabalhar sem gastar combustível. Mas isso já é eletrónica e mecânica a mais para mim, pode ser que alguém saiba.

          • Nuno says:

            O que eu referia era que o motor elétrico faz rodar ou o motor ou, pelo menos, a caixa de velocidades. Isto porque a entrega de potência tem quebras como quando ando a combustão e troca de mudança…
            Mas se calhar, tanto um motor como o outro estão a fornecer potência à entrada da caixa de velocidades…

          • Max says:

            O que está escrito é que os PHEV só têm uma caixa de velocidades, que gere automaticamente a potência dos dois motores. Eu não diria que o motor elétrico faz girar a caixa de velocidades, mas sim que a caixa de velocidades aumenta ou reduz a potência do motor elétrico (e do motor a combustão … e dos dois ao mesmo tempo).

  3. Max says:

    Acima: Esta caraterística – e a bateria – não poder ser carregada diretamente distinguem-no do PHEV.

  4. Inculto says:

    A Berliet Tramagal já fazia isso… Dava uns 20 combustíveis…

  5. Anonimo says:

    GPL, Gás Propano Liquido.

  6. Rui says:

    Poderá ser inédito que origem mas já vi alguns híbridos que converteram o carro para GPL e ficou com os 3 “combustiveis” ao que se chama na internet de tri-fuel

    • Max says:

      De fábrica há bi-fuel gasolina+GPL. E há os adapatados a gasolina para GPL, que se mantivessem a capacidade de utilizar gasolina também são bi-fuel.
      Tri-fuel (gasolina+GPL+elétrico) este é o primeiro de fábrica. Havia híbridos gasolina+elétrico, adaptados por empresas especializadas no motor de combustão para bi-fuel, ficando tri-fuel.

      • Rui says:

        Obrigado por repetires exatamente o que eu disse mas nao era preiso

        • Max says:

          Não te abespinhes. foi só para sistematizar. O que parece simples, de contar pelos dedos, raramente é. Mas devo ter acrescentado alguma coisa.
          Se não acrescentei, acrescento agora – a Dacia não produz os motores da Horse, são empresas diferentes. A Dacia, em alguns modelos de carros, utiliza motores da Horse, tal como outras marcas.

  7. Joao says:

    Primeiro ee injecção directa de GPL ?! Desde 2015 que já havia marcas comercializar estes kits .mais caros sim, mas com muito melhores prestações

  8. Nuno José Almeida says:

    “Além disso, o motor elétrico de 48V”

    Imagino que queriam escrever 48 CV

    • Vítor M. says:

      Não, estamos a falar do motor de 48V, alguns modelos da Dacia, por exemplo, já dispõem de sistemas híbridos ligeiros de 48V. Trata-se de um sistema mild-hybrid, em que o motor a combustão continua a ser o principal responsável pela tração, mas recebe o apoio de um motor-gerador elétrico de 48V.

    • Max says:

      No HR 12 LPG MHEV, os 48V referem-se à bateria que é relativamente pequena. Armazena energia recuperada de travagens e desacelerações, que o motor elétrico utiliza para apoiar o motor de combustão sobretudo no arranque e aceleração.
      A articulação bateria/ motor elétrico/ motor de combustão num MHEV é bastante diferente de um PHEV. Num PHEV é que se fala de CV do motor elétrico e da potência total.

  9. joão says:

    Estou como a Alcinda Lameiras:” não despreze uma ciência que a partida desconhece!

  10. António Silva says:

    Várias notas. Quem produz o motor é a HORSE que é uma joint-venture entre a RENAULT e a GEELY. A DACIA será a primeira marca do grupo RENAULT a utilizar o motor num dos seus modelos.

    Em segundo lugar, em Itália (que é o maior mercado GPL do mundo) já são vendidas versões TRI-ENERGY: gasolina, elétrico e GPL; nomeadamente modelos do grupo HYUNDAI/KIA.

    • Vítor M. says:

      É correto que a HORSE seja a fabricante do motor, mas isso não invalida o destaque da Dacia. A grande novidade é precisamente o facto de a marca romena ser a primeira do grupo Renault a produzir em larga escala e a lançar este motor num modelo de volume, como o Duster. Isso dá-lhe um papel pioneiro e estratégico dentro do grupo, o que justifica o foco na notícia.

      Quanto ao mercado italiano, é verdade que já existem soluções TRI-ENERGY, mas não são equivalentes. O HR12 da HORSE é o primeiro motor GLP com injeção direta, algo inédito a nível mundial. Portanto, mesmo em países com forte tradição no GPL, como Itália, este motor representa uma inovação tecnológica que diferencia a Dacia e o grupo Renault/Geely dos restantes fabricantes.

  11. Santos says:

    Será puma boa inovação , mas deveria ter caixa automática

  12. Bernardo says:

    Conheçam a minha experiência com um elétrico.

    https ://cnnportugal.iol.pt/veiculos-eletricos/carro-electrico/bernardo-mota-veiga-fui-de-carro-eletrico-de-ferias-para-o-algarve-conduzi-lo-foi-confortavel-carrega-lo-foi-um-suplicio/20250901/68b58e3ed34ef72ee44a0578

    • Max says:

      Resumo da viagem Porto-Algarve quanto a carregamentos:
      – (Santarém) Burger King – “carregador inoperacional”, apesar da app Miio dizer que estava a funcionar
      – (Santarém) Continente – “tudo livre, mas para carregar, a aplicação exigia a instalação da App Conti[n[ente, o que recusei”
      – (Santarém) Lidl – “o carregador estava fora de serviço”.
      – (Santarém) Aldi – “Finalmente, consegui carregar. Aprendi à força que a capacidade do carregador (que anunciava 120 kW) se mede para um uso único: se lá estiver outro carro a carregar, a potência divide-se por dois.”
      “Passaram-se cerca de duas horas desde que saímos da rota para carregar até que o carro ficou outra vez com a bateria cheia de kW até ao topo. Até ao Algarve, fosse na A13 ou na A2, os carregadores estavam todos cheios, o que confirmou que a decisão de parar mais cedo tinha sido a acertada.
      – (Algarve) Lidl – “a aplicação Mi[io] dizia ser rápido e barato, o cartão bloqueou após três tentativas falhadas por anomalias no carregador. Era sábado, e a linha de apoio ao cliente só funcionava nos dias úteis.”
      – (Algarve) Galp – “Recorri à aplicação Mi[io] e consegui fazer um carregamento pré-pago nesta mesma aplicação. Estimo que paguei cerca de 20 euros por 30 kW, quase o dobro do custo de um abastecimento equivalente de gasolina”-
      – (Vilamoura) – “está bem servida de postos, mas o difícil é estarem vagos – muitos condutores de TVDE ocupam os postos – e perceber os preços que praticam”
      – “Se na gasolina há diferenças de 5% de um posto para outro, nos eléctricos essa diferença pode chegar quase aos 300%. Convém estar minimamente atento”
      O carro pode ser muito confortável e fácil de conduzir … mas não é para mim.

  13. kmlml says:

    Boas intenções, mas tem tudo para dar errado.
    3 cilindros não costumam ser grande coisa… e ainda misturar três tecnologias de alimentação diferentes?!

  14. JJ says:

    Não é nada de novo, é basicamente um Hibrido a GPL

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