Apenas 3 países detêm mais de 60% de todos os pontos de carga da UE
A Europa ainda não está munida para dar uma resposta eficiente à cada vez maior procura por pontos de carga. Aliás, um novo relatório da Associação dos Construtores Europeus de Automóveis (ACEA) indica que apenas três países detêm mais de 60% de todos os pontos de carregamento de elétricos da União Europeia (UE).
A ACEA partilha, frequentemente, análises do mercado e do status quo em matéria de mobilidade, nomeadamente elétrica.
Desta vez, mostrou um mapa interativo, por via do qual é possível visualizar a correlação entre as quotas de mercado dos novos automóveis elétricos a bateria vendidos e a disponibilidade de infraestruturas de carregamento para cada um dos 27 Estados-membros da UE. Os dados são referentes a 2023.
Entre as principais conclusões, a ACEA refere que apenas três países da UE, que cobrem mais de 20% da superfície do bloco - detêm quase dois terços (61%) de todos os pontos de carga. São eles os Países Baixos, França e Alemanha.
Os restantes países, que cobrem quase 80% da superfície da UE, detêm 39% de todos os pontos de carregamento. Falamos de 24 Estados-membros.
Nas conclusões da ACEA lê-se, também, que os Países Baixos, o país com a maior percentagem de infraestruturas, têm mais de 52 vezes mais pontos de carga do que a Roménia (2754). Esta é, por sua vez, cerca de sete vezes maior.
Segundo a mesma fonte, existe uma correlação significativa entre a disponibilidade de pontos de carga públicos e as vendas de veículos elétricos a bateria.
Países como a Alemanha, Países Baixos, França e Bélgica, que se encontram entre os cinco primeiros em termos do maior número de pontos de carga, apresentam, também, algumas das maiores quotas de mercado de veículos elétricos a bateria.
Em Portugal, os veículos elétricos a bateria têm uma quota de 18,2%, em 2023, e o país alberga 7306 pontos de carga - um valor que nos coloca a meio do espetro que enumera de 0 a 150.000.
Serão os pontos de carga que existem atualmente suficientes?
Anteriormente, a ACEA já havia partilhado que o atual ritmo de implementação de pontos de carga é insuficiente, considerando os objetivos de descarbonização da UE.
Conforme partilhado pela associação noutro relatório, no ano passado, foram instalados pouco mais de 150.000 pontos de carregamento públicos em toda a UE (menos de 3000 por semana, em média), atingindo um total de mais de 630.000.
Pelas suas contas, contudo, será necessário instalar 1,2 milhões de pontos de carga por ano (ou mais de 22.000 por semana), num total de 8,8 milhões de pontos de carregamento até 2030.
Leia aqui:
ao preço que é atualmente cobrado para se carregar num posto público e considerando o que se gasta para carregar num posto doméstico, só mesmo por necessidade imperiosa alguém, em portugal, carregará num posto público.
em aveiro, ao contrário do que se passava há uns tempos, os postos públicos quase sempre têm lugares disponíveis para se carregar. muitos vezes estão até às moscas durante dias a fio
Correctíssimo! Carregar na rua em postos públicos chega a ser mais caro do que abastecer até a gasolina. E olhando para o relatório de carregamento olhamos que o valor de energia é ridiculo em relação a todos os outros custos de taxas e taxinhas! Seria muito mais eficaz e atrativo para quem pensa comprar BEV ou PHEV não ver que quem já tem se queixa imenso dos valores cobrados!
É triste o que se passa em Portugal por culpa dos interesses da mobi.e
“São eles os Países Baixos, França e Alemanha.” Evidentemente. São países com uma economia forte que têm todos os meios para proporcionar todo o tipo de benefícios aos seus cidadãos.
Errado.
São países cujos cidadãos se esforçaram para que todos os aspectos da nação (baixa corrupção, boa prestação do serviço público, exigências altas, pessoas que se esforçam por serem cultas a muitos níveis (e não só na comida, bebida, futebol, vida alheia e jogos de computador) e isso resulta em países seguros e fortes a muitos níveis. Com isso sabem investir em infra-estruturas.
Um país como o nosso importa-se em ter corrupção “legal”, que o futebol funcione, com a vida dos outros e encher o bandulho baratinho. E logo ao final do dia, que a confeitaria tenha croissants, torradas com manteiga e uma meia de leite ou mini.
Ferroviária avançada? Não
Aeroportos a abranger mais do país? Não
Energias com benefício para o cidadão em vez de só os bolsos dos acionistas da EDP? Não
Sistema público a funcionar bem? Não
Acabar com corrupção nas autarquias para que tudo funcione bem e os investimentos públicos e privados? Não
E a lista podia ser 20x maior…
Claro que comparar Portugal em numero de postos de carregamento é um pouco enganador. o Valor dos 150.000 postos em PT não é comparável. Deveríamos sim, comparar o numero de carregadores por area e aí estaríamos bem melhor.
Tenho viajado por quase toda a Espanha e encontrar lá um carregador é uma sorte e muitos dos que vi são da EDP.
Reduzam a cobrança de taxas e taxinhas nos carregamentos públicos e verão que os que existem passarão a ser realmente utilizados com mais regularidade!
Por área, por 100 km de rede viária, por habitante. Nunca em valor absoluto.
Também era curioso saber o rate entre o número de postos de carregamento e o número de carros elétricos, embora seja uma métrica que não deva ser utilizada, porque a infraestrutura deverá existir sempre, independentemente do número de veículos a circular. Uma boa rede de carregamento é que poderá incentivar à compra.
Os Países Baixos não só tem mais carregadores que países como Alemanha e França, mas também é um país muito mais pequeno.
Isto faz com que a rede seja mais densa da lista por uma larga escala. Normalmente a distância ao carregador mais próximo mede-se em dezenas de metros na maioria das zonas urbanas.
Mais importante q a área, é o racio per .
capita.
Não me digam q vão criticar a Roménia por não instalar carregadores nas montanhas impressionantes, os Cárpatos, que se estendem por todo o país.
Srs, a Roménia é maior mas tem apenas 19 milhões de habitantes. A Holanda tem 17 milhões!!! Haja bom senso.
Daqui a nada estamos a comparar a taxa de carregadores por km²com a Sibéria ou com o deserto do Saara.
Já não há pachorra para aturar as falácias do clã elekkktro. Fdx