AeroShark: Película inspirada na pele de tubarão reduz consumo dos aviões
Um dos trunfos dos aviões modernos é o seu consumo de combustível. Isto é, aquele avião com menor consumo de combustível pode esperar um sucesso de vendas. Em grosso modo, este foi um dos trunfos da Airbus sobre a Boeing, aquando da apresentação da família A320. No entanto, as novidades não estagnam e foi anunciado o desenvolvimento de uma película inspirada na pele de tubarão que reduz bastante o consumo de combustível das aeronaves.
A aplicação deste material irá poupar toneladas de combustível e de emissões de CO2 por ano.
SharkSkin ou pele de tubarão inspira indústria da aviação
As aeronaves com emissões zero ainda estão muito longe, mas a Lufthansa e a BASF desenvolveram uma forma de acelerar este caminho de forma célere. Chama-se AeroShark e é uma película adesiva de pele de tubarão que reduz imediatamente o consumo de combustível. Como consequência, também reduz as emissões dos aviões.
Não é a primeira vez que a pele do tubarão serve de inspiração para aplicações na vida dos humanos.
Os tubarões têm a pele ligeiramente enrugada, o que reduz suficientemente o arrasto para se tornar uma vantagem. O que funciona em hidrodinâmica traduz-se frequentemente bem em aerodinâmica, pelo que a equipa da AeroShark voltou-se para o estudo desta textura aplicada ao exterior das grandes aeronaves.
A película resultante não parece radicalmente diferente; os milhões de "riblets" em forma de prisma na superfície da película AeroShark não são mais de 50 micrómetros (1/20 de milímetro).
A companhia aérea Swiss calculou que se 950 metros quadrados deste filme forem aplicados num Boeing 777, em padrões específicos alinhados com o fluxo de ar em torno das superfícies da fuselagem e do nariz do motor, a redução do arrastamento aerodinâmico reduz imediatamente o consumo de combustível em 1,1%.
Como resultado, a empresa suíça está a instalar a AeroShark em 12 dos seus aviões 777, o que, segundo a empresa, poupará uma quantidade enorme de 4.800 toneladas de combustível por ano e reduzirá as emissões de CO2 em cerca de 15.200 toneladas.
A Lufthansa já tinha anunciado que iria também implementar esta tecnologia em toda a sua frota de carga, ou seja, mais nos Boeing 777, poupando 3.700 toneladas de combustível para aviões a jato e 11.700 toneladas de emissões de CO2 por ano.
Tecnologia funciona melhor em aviões "sem janelas"
A equipa da AeroShark diz que é provável que seja ligeiramente mais eficaz em aviões de carga que não têm filas de janelas para trabalhar. A equipa diz ser fácil de aplicar e altamente resistente à radiação UV, água, óleo e às grandes alterações de temperatura e pressão que ocorrem no exterior das aeronaves de longo curso.
Já foi testado com mais de 1.500 horas de voo, num Boeing 747-400, uma modificação que foi certificada pela EASA. A sua aplicação nas superfícies das asas também pode ajudar a gerar elevação extra.
A Lufthansa Technic e a BASF estão a trabalhar para desenvolver ainda mais a tecnologia e lançar aplicações para outros tipos de aeronaves, e a equipa afirma que esta película inspirada na pele de tubarão poderia reduzir o consumo de combustível e as emissões até 3%.
É evidente que este tipo de tecnologia de redução de resistência aerodinâmica também terá relevância para além da atual era do voo alimentado por querosene.
Este artigo tem mais de um ano
Reduz imediatamente o consumo de combustível em 1,1%?!
Portanto vão continuar a gastar 98,9% em cada voo os aviões com esta pele!
Revolucionário!
Um avião pequeno em 5500 km produz cerca de 180 toneladas de CO2. Tendo em conta que só a lufthansa them 750 aviões e 2/3 estão sempre a voar, assim por baixo:
– 750 x 180 (uns viajam mais de 5500 km outros menos) = 135000 toneladas de CO2/ dia.
Pois se poupa 1.1%, são 1500 toneladas de CO2 MENOS ao dia!
Num ano só está empresa iria emitir 530.000 toneladas menos de CO2!!!
Só falta saber quanto CO2 produzem para devenvolver/aplicar esta “escama”.
Fora a poupança o combustivel
Exacto, é isso mesmo, segundo esse exemplo que deste, apenas poupam 530.000 toneladas em 50.000.000 toneladas produzidas num ano!
Portanto em relação ao que os aviões produzem a diminuição é insignificante e o impacto no ambiente será insignificante.
Não conheces nem um bocadinho desta industria ahah, já ninguem vai inventar a roda ou se muda completamente o paradigma ou o que dá para melhorar são pequenas coisas que muitas vezes são caras como presumo que deve ser o caso desta, uma melhoria de 530 mil toneladas só nos aviões de uma companhia é uma melhoia significativa.
Ainda te vou dar uma novidade se alguma companhia implementar isto não é de certeza por causa do CO2 e sim pelo combustivel poupado
Andam loucos loucos para tirar as janelas!
Espero que nunca tenham aprovação, eu iria detestar… até me dá voltas ao estômago
Tirar as janelas? Como assim?
Existem vários “benefícios” em retirar as janelas
– Menos custos na assemblagem
– A fuselagem passa a ser mais sólida sem os buracos
– As janelas são uma parte muito complexa e precisam de muitos cuidados na sua criação
– As janelas são das partes que necessitam de mais manutenção.
– Menos custos na manutenção
E como este artigo menciona.
“Tecnologia funciona melhor em aviões “sem janelas”
A equipa da AeroShark diz que é provável que seja ligeiramente mais eficaz em aviões de carga que não têm filas de janelas para trabalhar. ”
Só para teres noção, as companhias já têm protótipos de ecrãs a substituir as janelas. Só não estão ainda “no ar” porque existe um receio grande por parte dos clientes e muitos receios de aumentar a sensação de claustrofobia (estão a tentar resolver com ecrãs e etc)
Por mim podem substituir as janelas por ecrãs mas comprendo que não seja do agrado de todos.
Acho curioso a novidade já que a forma de escama para aerodinâmica já é utilizada na bola de golfe há muito tempo… com o mesmo propósito de fazer a bola voar mais longe…
Na natação existem fatos com esse tipo de material uma vez que a parte irregular aumenta a camada limite e com isso aumenta a deslocação do ar/agua diminuindo o arrasto.
Apenas vejo agora um material hi-tech aplicado à superfície do avião em vez da tinta… demorou mas chegou.
Bem visto